quinta-feira, 28 de junho de 2007

10/11 - Os Milagres e o Além

A Fé cristã vista do ponto vista filosófico e racional

Introdução geral

Abram nos Assuntos os 12 posts ligados com Este Tema sobre Religião e Filosofia, que especifico em baixo:

1. A Religião e a Filosofia

2 - A Religião

3 - O Conhecimento

4 - A ideia de Deus

5 - A ideia do Universo

6 - A ideia do Homem

7 - A ideia do Bem e do Mal

8 - A ideia de Deus e o Mundo

9 - A Ideia de Deus e do Homem

10/11 - Os Milagres e o Além

12 - Assuntos controversos

Eu fiz este trabalho a pensar em todos aqueles que se interessam pela filosofia, religião e as ciências em geral. 

O livro toca em muitas esferas da realidade e procura determinar aquilo que o cristianismo, a religião, a filosofia e a ciência dizem da realidade que podemos ver e da realidade que está para além dos nossos cinco sentidos.

Embora muitos estudiosos agarrem-se à ideia de que somos seres racionais, quando no entanto pensamos na pesquisa da realidade que está para além dos nossos cinco sentidos,  nós temos que incluir também o coração e não só a mente na busca dessa realidade sobrenatural.

Ninguém pode ter uma compreensão global da vida e do mundo só pelo uso do seu intelecto – ou razão. 

Afinal de contas a razão só nos permite conceber e compreender o mundo e a vida através da nossa própria perspectiva racional e cultural e de uma forma muito parcial.

É por essa razão que é errado dizer que nós somos unicamente seres racionais, pois além dos nossos pensamentos nós temos também sentimentos, emoções, impulsos e as crenças profundas que existem dentro da nossa alma.

Não se pode reduzir a nossa actividade cognitiva, assim como as nossas pesquisas filosóficas e religiosas unicamente à esfera do nosso raciocíno, ignorando o nosso lado sentimental e emocional e a faculdade que temos de crer num mundo sobrenatural que ultrapassa a esfera do racional e do natural.

Nós só podemos ter uma compreensão global da existência e dos relacionamentos humanos, se compreendermos que temos que envolver não somente o raciocínio, mas também o nosso coração nessa pesquisa/processo.

O raciocínio pode ser a sede dos nossos pensamentos, mas o coração é a sede dos nossos sentimentos, emoções, impulsos e crenças.

Por essa razão, neste trabalho, eu irei falar das três grandes actividades do ser humano na procura da compreensão global da existência, que são: o pensamento, o sentimento e a crença. Irei tentar mostrar que estas actividades não se contradizem, mas antes se completam. 

Claro que ao querer mostrar que o cristianismo é uma fé que “sente e crê”, irei salientar também que o cristianismo é uma fé  que “pensa”. É por isso que o título deste trabalho é A fé cristã vista do ponto vista filosófico e racional.

Neste livro eu procuro também dar uma explicação para questões misteriosas que estão ligadas com o nosso mundo natural, com a revelação bíblica e com o campo filosófico.

Vale a pena ler sobre a abordagem que faço acerca de alguns temas misteriosos relacionados com o universo, o homem e com Deus. 


Capítulo 10 e 11 – Os milagres e o além

I. Os milagres e a ciência
A. As evidências dos milagres.
B. A ressurreição de Cristo.
C. O método do processo histórico
D. Provas históricas da ressureição de Cristo.

I I. A ideia do além
1. As relações dos conhecimentos com a morte.
2. O Cristianismo e a morte.


I. Os milagres e a ciência

A ciência que se limita ao método científico para tentar explicar a realidade última do mundo físico, tem pretendido ser o único meio fiel para explicar as origens das coisas. Por isso, tem atacado todas as outras construções da realidade de uma forma insensata e, muitas vezes, ingénua.

Mas é verdade que a ciência não consegue defrontar certos desafios que lhe são feitos pela Filosofia e pelo Cristianismo. Vejamos uma temática cristã muito atacada pelos cientistas, que nos mostram a insensatez e a ingenuidade da ciência.

A. As evidências dos milagres


1. As três palavras usadas para milagre

A Bíblia relata muitos milagres. O Novo Testamento usa três palavras para milagre: "dunamis" - acto de poder, "teras" - maravilha e "semeion" - que significa sinal.

"Dunamis", foca a nossa atenção nas causas dos milagres.

"Teras", faz referência aos seus efeitos.

"Semeion", faz referência aos seus propósitos.

Em Actos 2:22 vemos estas três palavras: Varões israelitas, atendei a estas palavras: Jesus, o Nazareno, varão aprovado por Deus diante de vós com milagres, prodígios e sinais, os quais o próprio Deus realizou por intermédio dele entre vós, como vós mesmos sabeis.

No Antigo Testamento as palavras hebraicas que fazem referências aos milagres, também significam maravilhas e sinais.

2. Os milagres são inexplicáveis pelas leis naturais

Os milagres envolvem acontecimentos excepcionais extraordinários da natureza, a cura miraculosa de doentes e o expulsar demónios. A incredulidade das pessoas, surge pelo facto da ciência assumir a regularidade das leis da natureza, enquanto que os milagres falam de acontecimentos excepcionais que alteram essa regularidade.

"Os milagres falam de acontecimentos extraordinários contrários ao comportamento normal da natureza, descrito pelas leis científicas".

É muito difícil encontrar uma definição de milagre, aparte das definições bíblicas acima dadas.

Augustine disse: "um milagre é algo que sucede contrário ao curso normal e usual das leis da natureza".

Uma dificuldade encontrada nesta definição de Augustine, é o que hoje pode ser contrário às leis da natureza, pode com o progresso deixar de ser assim chamado. Além disso, todos os cientistas sabem que de vez em quando ocorrem na natureza acontecimentos ou fenómenos inexplicáveis.

Há muito controvérsia sobre isto e teríamos que perder muito tempo a argumentar. Como isto não é possível, por falta de tempo, passemos para uma pergunta importante:

3. Os milagres não podem ser explicados cientificamente

Terão os milagres de serem cientificamente explicados para que fiquem provados e consequentemente acreditados?

Alguns responderão a esta pergunta que os milagres são um trabalho directo de Deus e ficarão sempre rodeados de mistério.

Outros responderão que não se pode acreditar nos milagres que não puderem ser explicados pela ciência. O critério destes últimos é que "não se pode deixar afectar a nossa imaginação a ponto de levá-la para além dos limites fixados pelo nosso conhecimento científico".

No entanto, há acontecimentos físicos extraordinários, com ou sem relevância teológica, que acontecem de tempos a tempos, que apesar de não terem uma explicação imediata, são contudo tomados em consideração e a sua fenomenologia é estudada pelos cientistas.

Da mesma forma, os acontecimentos que fazem parte da fenomenologia religiosa que contrariam as leis da natureza, como é o caso dos milagres relatados na Bíblia, em vez de serem ingenuamente desacreditados pela ciência, deviam ser verificados e julgados à luz de outras fontes.

Aliás, a ciência não pode ser o método a ser usado na avaliação e comprovação de acontecimentos miraculosos de carácter religioso: "os aparelhos científicos não podem pesquisar ou medirem grande parte das realidades metafísicas".

Devido a isto, as evidências históricas têm um papel mais importante no julgamento de certos fenómenos religiosos, do que the scientific data.

Vejamos em baixo alguns casos que não podem ser avaliados, comprovados e muito menos julgados pelo método científico.

B. A ressurreição de Cristo


1. Acontecimento provado pela história

Primeiramente é a ressurreição de Cristo.

Os clamores acerca da ressurreição de Cristo são para serem julgados pelos cânones da investigação histórica e não pela ciência.

É um acontecimento histórico e não científico.


2. Testemunhos históricos da ressureição de Cristo

As evidências históricas disponíveis para nós hoje, que são testemunhos da ressurreição de Cristo são as seguintes:

a. Indirectas - não podem ser vistas.

São manifestações do Cristo ressurecto, que embora não sendo visto, deixa as marcas da suas manifestações na vida de pessoas e sociedades.


b. Cumulativas - acumulação de muitos fragmentos com valor histórico.

A história contém uma acumulação de acontecimentos, factos, valores, sociedades, associações e toda as espécie de obras literárias, arte etc que são evidências claras da ressureição de Cristo.


c. Directas - pessoas que dizem ter visto Cristo ressurrecto.

Vemos isto na Bíblia, muitos testemunhos acerca de pessoas que atestam ter visto Cristo ressuscitado. Não podemos esquecer que a Bíblia é o livro mais lido do mundo, o mais seguido e desta forma o mais credível.

d. Experimental – testemunho de experiência com o Cristo ressurrecto.

Muitos milhões de pessoas têm testemunhado através da história da Igreja terem tido uma experiência espiritual com o ressurecto.

Não podemos esquecer o seguinte, antes de avançarmos mais um pouco:

Existem cristãos deste o Novo Testamento até aos dias de hoje, que testemunham directamente da ressurreição de Cristo, tendo-o visto ou tendo tido uma experiência espiritual com Ele.

"São cristãos vindos de todas as culturas, idades, profissões, classe social e ideologias políticas".

Existem actualmente 1,5 bilião desses cristãos, embora muitos sejam nominais - cristãos só de nome, que testemunham da veracidade da ressureição e muitos deles testemunham terem tido uma experiência espiritual com o Cristo ressurecto.

O testemunho desses cristãos, especialmente dos convertidos (nascidos de novo), que estimamos em cerca de 750 milhões, se fosse um testemunho noutra esfera da vida, seriam tratados com toda a seriedade. Mas como é um assunto religioso, ninguém liga!

Os Juízes e a Leis tomam muito em consideração a justeza do carácter moral e social dos réus ou das testemunham, durante um julgamento. Isto é de capital importância para dar convicção e conclusão do veredicto.

Por que não se toma então em consideração o carácter das testemunhas cristãs, antigos e modernos, homens que deram a sua vida e cujo padrão de vida moral era muito elevado. Estes factos deviam ser também de capital importância, na construção de um julgamento sobre a veracidade ou a falsidade histórica da ressurreição.


C. Método do processo histórico

O processo histórico contêm três etapas:

1. A "recolha de data" (dados) é a primeira etapa.


2. A segunda etapa é a "avaliação da data" (dados)

Nesta segunda etapa, o testemunho de indivíduos têm um grande peso, procurando-se possíveis relações nas suas informações ou desconexões, que revelem coerência ou incoerência nos itens e dados que são apresentados pelas testemunhas.


3. A terceira etapa é propor uma conclusão ou hipótese sobre a data (dados) 

Ou sobre todos os itens que já foram devidamente avaliados.

Tendo em mente este processo, avaliemos um pouco a vida e o carácter das testemunhas da ressurreição de Jesus Cristo que servem também de prova para a ressurreição de Cristo.


a. A vida dos evangelistas e apóstolos

Não é fácil sustentar histórica e psicologicamente a ideia de que os relatos apresentados pelos evangelistas acerca da ressurreição de Cristo, não passaram de meras invenções.

"Isto seria chamar de enganadores aos evangelistas Mateus, Marcos, Lucas, João e aos apóstolos Paulo e Pedro e aos 500 irmãos que atestam que viram o Cristo ressurrecto". I Coríntios 15:1-8.

Isto seria também pôr em questão a mudança positiva de comportamento que eles atestam ter tido, devido à experiência viva que tiveram com o ressurrecto.

É fácil dizer que eles foram enganadores, que eles inventaram coisas, mas teremos que confrontar a seguinte objecção:

"para enganar desta forma, os discípulos teriam que ser homens sem carácter, fraudulentos, mentirosos e interesseiros".

No entanto, quando lemos os seus escritos é assim que os vemos, como homens sem carácter, fraudulentos, enganadores, mentirosos, interesseiros? Ou os vemos como homens santos, desinteressados, de moral elevada, cheios de justiça e de amor pelo próximo?


b. A vida das testemunhas de Cristo

Antes de crerem Cristo – vidas infelizes, orgulhosas, ambiciosas, corruptas, vazias, sem sentido, e pecaminosas.

Depois de crerem Cristo – vidas transformadas, adquirindo o bem correspondente ao mal que antes conheciam, felicidade, humildade, contentamento, moderação, sentido na vida e santidade.


c. O martírio das testemunhas de Cristo

As convicções das primeiras testemunhas de Cristo no primeiro século da era da Igreja, eram tão fortes que eles não se importavam de serem feitos mártires por amor de Jesus. Foram perseguidos, torturados, lançados à cova dos leões, pela sua Fé no Senhor ressurrecto.

Logo, avaliando esta parte da data recolhida dos testemunhos das testemunhas e dos discípulos de Cristo, teremos que concluir ou no mínimo formular a hipótese que Jesus Cristo de facto ressuscitou.


I I. A ideia do além

A. As relações dos conhecimentos com a morte.

A maior dificuldade que os conhecimentos encontram é diante da morte. Ou melhor, diante do além!

A ciência pode fazer tudo para aumentar a saúde e a longevidade dos homens. A Filosofia pode ensinar o homem a encarar a morte com resignação e dignidade.

"Mas o que pode a ciência ou a filosofia dizer ao homem sobre o além?"

É aqui que o dilema científico e filosófico começa, com o além: "haverá vida depois da morte?"

Nesta matéria não podemos correr o risco de esconder o pescoço debaixo da areia como a avestruz. Ou então dizer como diz o homem comum:

"quando morrer logo se vê!" ou ainda: "nunca veio ninguém dizer o que existe lá do outro lado?"

Mas mesmo que a ciência e a filosofia queiram encarar o além com seriedade, o que podem ensinar ao homem sobre o além?

O problema é que ciência só tem relação com as coisas palpáveis. A filosofia pode ter alguma relação com as coisas abstractas, mas o além é demasiadamente abstracto para ser filosofado!

"Aliás seria muito perigoso filosofar sobre o além. Se houver alguma coisa no além, nós precisamos de ter certeza absoluta".

Não se pode brincar com o além!

É por essa razão que a ciência e a filosofia devem humildemente aceitar que o além pertence à esfera do sobrenatural. Por isso, cabe somente à religião pronunciar-se sobre o além e sobre os castigos e recompensas que os homens vão receber no além.

Já vimos que a ciência tem pouco ou nada a dizer sobre o além? A Filosofia, sendo um conhecimento essencialmente racional também pouco ou nada pode dizer sobre o além.

No entanto, é claro que a filosofia que se pronuncia sobre a questão da moralidade e de Deus e sobre a natureza da alma humana, tem uma certa autoridade para se pronunciar sobre questões abstractas e subjectivas como o conceito de justiça, condenação, recompensa, castigo e a partir daí fazer algumas considerações sobre a possibilidade de existir vida depois da morte e haver uma atribuição de recompensas e castigos.

"Mas, apesar disso, a filosofia nunca poderá dar ao homem certezas absolutas sobre o além!"

Precisamos de uma autoridade mais competente para nos dar certezas sobre este assunto. Esta autoridade é a religião.

No entanto, isto conduz-nos a um grande dilema, "pois as religiões dizem coisas muito diferentes sobre o além".

Qual das religiões que existem tem razão?

As religiões orientais acreditam na reencarnação contínua da alma até atingir um grau de perfeição em que não voltará mais à terra.

Outras religiões, acreditam noutras coisas.

Mas o que diz a revelação bíblica sobre o além?

B. O cristianismo e a morte

Vamos analisar o que a Bíblia diz sobre a morte e o além de uma forma simples e concreta.

1. A morte é a maior situação limite

A morte é a maior situação limite que o homem confronta durante a sua experiência terrestre. O homem pode saber lidar com muitas situações: divórcio, doença, luto, sofrimento, pobreza, calúnia, guerra, catástrofes etc., pois afinal pode procurar superar estas situações e até encontrar soluções ou compensações para cada uma.

Mas o homem não pode superar a morte, nem encontrar soluções ou compensações para a mesma. A morte é uma situação limite única, que não pode nunca ser superada ou compensada. "Daí o pavor horrível que o homem tem da morte. O homem sabe que com a morte termina aquilo que afinal mais quer e mais deseja – a vida".

A morte só pode ser superada ou compensada quando é encarada do ponto vista espiritual. A esperança no além e num além muito melhor do que a vida terrestre muitas vezes marcada por grandes sofrimentos e grandes privações, cria no homem energia e visão espiritual que o ajudam a encarar esta situação, "não como uma situação limite terrível, mas como uma passagem para uma vida melhor".

O verdadeiro cristão pode dizer da morte: doce morte!

2. A Bíblia fala do céu e do inferno

A Bíblia diz claramente que há vida depois da morte.

É muito clara e fala do céu e do inferno.

O céu é associado com a Vida Eterna.

O inferno é associado com a perdição eterna.

Jesus Cristo disse claramente: "quem crê em mim tem a vida eterna … mas quem não crê já está condenado". S. João 6:47, 3:16-22.

Aliás, no "Evangelho de João, o leitor encontra cerca de 20 vezes a afirmação quem crê em mim ou quem nele crê tem a Vida Eterna".

O leitor, se quiser, pode ler os versículos em baixo ou fazer um pequeno estudo sobre a morte e o além na Bíblia.


3. A morte e a ressurreição do corpo

Sobre iste vou limitar-me a dar alguns versículos da Bíblia que o leitor poderá ler se quiser.

Marcos 9:31 "porque ensinava os seus discípulos e lhes dizia: O Filho do Homem será entregue nas mãos dos homens, e o matarão; mas, três dias depois da sua morte, ressuscitará".

Atos 2:31 "prevendo isto, referiu-se à ressurreição de Cristo, que nem foi deixado na morte, nem o seu corpo experimentou corrupção".

Romanos 6:5 "Porque, se fomos unidos com ele na semelhança da sua morte, certamente, o seremos também na semelhança da sua ressurreição"

I Coríntios 15:21 "Visto que a morte veio por um homem, também por um homem veio a ressurreição dos mortos".

I Coríntios 15:26 "O último inimigo a ser destruído é a morte.

I Coríntios 15:54 "E, quando este corpo corruptível se revestir de incorruptibilidade, e o que é mortal se revestir de imortalidade, então, se cumprirá a palavra que está escrita: Tragada foi a morte pela vitória".

João 5:24 "Em verdade, em verdade vos digo: quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou tem a vida eterna, não entra em juízo, mas passou da morte para a vida".

Romanos 6:23 "porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor".

II Timóteo 1:10 "e manifestada, agora, pelo aparecimento de nosso Salvador Cristo Jesus, o qual não só destruiu a morte, como trouxe à luz a vida e a imortalidade, mediante o evangelho",

Hebreus 2:14 "Visto, pois, que os filhos têm participação comum de carne e sangue, destes também ele, igualmente, participou, para que, por sua morte, destruísse aquele que tem o poder da morte, a saber, o diabo".

Apocalipse 2:11 Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas: O vencedor de nenhum modo sofrerá dano da segunda morte.

Apocalipse 20:6 Bem-aventurado e santo é aquele que tem parte na primeira ressurreição; sobre esses a segunda morte não tem autoridade;

Apocalipse 20:13 "Deu o mar os mortos que nele estavam. A morte e o além entregaram os mortos que neles havia. E foram julgados, um por um, segundo as suas obras".

Apocalipse 21:4 "E lhes enxugará dos olhos toda lágrima, e a morte já não existirá, já não haverá luto, nem pranto, nem dor, porque as primeiras coisas passaram".


4. A imortalidade da alma

Segundo o cristianismo a alma humana é imortal. Não pode ser destruída. Alguns bíblicos muito sinceros acreditam na "aniquilacionismo" - a aniquilação da alma. Ou seja, para eles a perdição eterna refere-se à destruição da alma.

A alma depois de julgada no juízo final e condenada segundo os pecados das pessoas, é lançada no lago de fogo, onde é aniquilada para sempre.

"Dizem que é a segunda morte que a Bíblia fala".

Estes eruditos da Bíblia tem dificuldade em aceitar um tormento eterno. As almas salvas, depois do julgamento, receberão uma recompensa eterna, as almas perdidas serão aniquiladas.

Este ponto de vista apresenta duas grandes dificuldades:

A primeira dificuldade é que anulam o facto da Bíblia falar de uma alma/espírito criada à semelhança de Deus. Logo possui imortalidade como Deus. A alma não pode nunca deixar de existir.

A segunda dificuldade é haver muitos textos bíblicos que falam de um tormento eterno para os perdidos. Aliás, a Bíblia fala do tormento eterno do diabo e dos que vão ser lançados no inferno com o diabo. Mateus 25, Apocalipse 20,21

A segunda morte que a Bíblia fala refere-se claramente à separação eterna da alma com Deus, o que aliás é o estado em que a alma pecadora já vive neste mundo, pois o homem nasce espiritualmente morto - separado de Deus. Romanos 3:23.

O homem já esta morto em vida, espiritualmente falando. A seguir, como consequência desta morte espiritual ele morre fisicamente. Deus disse a Adão: certamente morrerás. Este estado de morte espiritual seguido da morte física é a primeira morte. A segunda morte é a morte no além. Depois da alma ser condenada e ficar eternamente separada de Deus.

"A morte é segundo a Bíblia um estado de alma em relação a Deus, e não uma aniquilação total um deixar de existir!"

Quem tem uma compreensão geral das escrituras sagradas concorda plenamente com este ponto de vista.


5. O julgamento final

Nos versículos anteriores o leitor poderá encontrar alguns versículos que falam do julgamento final. Mas, além desses versículos, há muito outros que poderá encontrar com a ajuda de um dicionário bíblico ou com a ajuda de uma Bíblia on line.


F I M


Capítulo 1 INTRODUÇÃO
A Definição de Filosofia
O Cristianismo e a Filosofia


Capítulo 2 CRISTIANISMO E RELIGIÃO
As origens da Religião
Definição de Religião
Religião a vida humana e seus interesses
Religião e Ciência
Religião e Filosofia
Religião e Cultura
Religião e Revelação
Religião e Moralidade


Capítulo 3 CRISTIANISMO E FILOSOFIA
O Campo da Filosofia
O Cristianismo e o conhecimento
A Natureza do conhecimento
O Conhecimento religioso


Capítulo 4 A IDEIA DE DEUS
Deus e a razão humana.
As primeiras perguntas.
Provas teístas
Os Diversos argumentos
Natureza e atributos de Deus
Conceito moderno quasi-teísmo
É Deus inefável?
A natureza da experiência


Capítulo 5 A IDEIA DO UNIVERSO
Dualismo.
Monismo.
Pluralismo
Materialismo
Novo conflito – idealismo e realismo


Capítulo 6 A IDEIA DO HOMEM
A questão do pecado original
Conversão do homem segundo o cristianismo
Relação do homem e a sociedade
A personalidade e o livre arbítrio


Capítulo 7 A ideia do bom
As teorias do bom


A ideia do mal
O mal o sofrimento e Deus
As preposições: o mal existe e Deus existe
As Razões filosóficas válidas
Razões bíblicas válidas p/existência do mal


Capítulo 8 Deus e o mundo
O panteísmo.
O deísmo
O monoteísmo


Capítulo 9 Deus e o homem
A concepção da teologiaa natural
A relação entre a razão e a revelação
A Relação entre Deus e a humaanidade
É Deus finito ou é infinito


Capítulo 10 Os milagres
Evidências para os milagres
A ressurreição de Cristo
O método do processo histórico
As provas históricas evidentes da ressurreição de Cristo.


Capítulo 11 a ideia do além
As relações dos conhecimentos com a morte O Cristianismo e a morte


Capítulo 12 assuntos controversos
A posição sobre diversos campos:aborto, eutanásia, sodomia, divórcio, bebé proveta, manipulação genética, clonagem, guerra e paz, terrorismo, globalismo.

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