quarta-feira, 4 de julho de 2007

11 - Avivamento Divino

Viriato Martins elaborou esta sebenta sobre a doutrina do Espírito Santo e dividiu-a em onze capítulos.

1. O Derramamento do Espírito Santo

2. O Convencimento do Espírito Santo

3. O Baptismo do Espírito Santo

4. O Enchimento do Espírito Santo

5. Os Dons e milagres do Espírito Santo

6. Os Ministérios do Espírito Santo

7. A Unção do Espírito Santo

8. As Línguas ou Glossalia

9. A Cura Divina

10. Os Movimentos de Fé

11. O Reavivamento Divino

Vemos que nesta questão das doutrinas do Espírito Santo, vigora mais a tradição de cada Igreja do que um estudo baseado unicamente na Bíblia. E todos pensam que a sua tradição está certa, e a dos outros irmãos está errada!

Onde estamos a basear a nossa doutrina sobre o Espírito Santo, na Bíblia ou na nossa tradição?

Esta sebenta foi elaborada integralmente na base de textos bíblicos. Cerca de um terço da sebenta é constituída pela simples transcrição de textos bíblicos, expostos para apoiar os nossos pontos de vista.

 O Reavivamento Divino

I. O que é um reavivamento
A. É o sopro do Espírito de Deus
B. Desperta o gosto pela vida devocional
C. Desperta a paixão pelas almas perdidas
D. Desperta a Igreja para a caridade e a justiça
E. O reavivamento é produzido por um derramamento
F. Uma definição simples de reavivamento

I I. Os reavivamentos visto do ponto vista histórico
A. É um curto período de tempo
B. Em geral ocorre depois de uma decadência moral espiritual
C. Desperta a paixão pelas almas perdidas
D. Desperta a Igreja para a caridade e a justiça
E. Jesus volta a ocupar o lugar central
F. Surgem vocações pastorais e missionárias
G. O Reavivamento é vida nova
E. Mudança do estado carnal para o estado espiritual

I I I. Desvirtuando os reavivamentos
A. Há sempre erros que surgem por causa de reavivamentos
B. Os riscos em tempos de reavivamento
C. Temos que ter cuidado com coisas muito místicas
D. Temos que ter cuidado com o fanatismo
E. O risco da sede demasiada de milagres
F. O risco de demasiada dependência de emoções
G. O risco do fanatismo

I V. Os reavivamentos históricos
A. A Reforma protestante
B. O Reavivamento Morávio
C. Reavivamentos ocorridos nas colónias americanas
D. Os reavivamentos do século 19
E. Os reavivamentos de Gales

V. O avivamento nos últimos dias
A. O avivamento no final dos tempos da Igreja
B. O avivamento no meio do povo judeu

V I. Erros cometidos pelas Igrejas
A. Erros da Igreja pentecostal e carismática
B. Erros da Igreja tradicional
 
V I I. Testemunhos sobre reavivamentos
A. Primeiro testemunho
B. Segundo testemunho

V I I I.  Textos bíblicos que falam de derramamentos e avivamentos

A. Promessas de derramamento do Espírito sobre a terra

B. Personagens do A.T. sobre quem o Espírito se derramou
C. O derramamento no Novo Testamento



FIM

I. O que é um reavivamento

A. É o sopro do Espírito de Deus

O reavivamento é um sopro de Deus para tirar "a poeira que foi acumulada no decurso dos anos", no período de tempo compreendido entre o último avivamento e o momento actual".

"Não importa a espessura nem o tipo de poeira", Deus irá removê-la, porque o reavivamento é uma obra de Deus, periódica e poderosa. Deus coloca de novo a Igreja, em seu primeiro amor, produz convicção e confissão de pecado, santifica e dá uma nova mobilidade missionária à Igreja.

B. Desperta o gosto pela vida devocional

Através do reavivamento, Deus desperta o gosto e a disciplina de práticas devocionais particulares, como a leitura e meditação da Palavra de Deus, a oração, o desabafo, a análise pessoal, a confissão espontânea de fraquezas e fracassos, o sentimento de carência de Deus e de vigilância pessoal.

"O reavivamento leva a igreja a redescobrir a pessoa e a obra do Espírito Santo para dele se servir outra vez, como nos dias dos apóstolos".

O Rei Davi soube o que foi viver afastado do Espírito Santo, por causa do seu pecado, mas depois confessou o seu pecado orando:

Salmos 51:5 "Eu nasci na iniqüidade, e em pecado me concebeu minha mãe. 7 Purifica-me com hissopo, e ficarei limpo; lava-me, e ficarei mais alvo que a neve. 8 Faze-me ouvir júbilo e alegria, para que exultem os ossos que esmagaste. 9 Esconde o rosto dos meus pecados e apaga todas as minhas iniqüidades. 10 Cria em mim, ó Deus, um coração puro e renova dentro de mim um espírito inabalável. Não me repulses da tua presença, nem me retires o teu Santo Espírito. 12 Restitui-me a alegria da tua salvação e sustenta-me com um espírito voluntário.

C. Desperta a paixão pelas almas perdidas

O reavivamento gera de novo, a preocupação pelas almas perdidas, envolvendo a Igreja na proclamação do Evangelho e em missões nacionais e estrangeiras.

D. Desperta a Igreja para a caridade e a justiça

A história dos reavivamentos mostra também que este sopro do Espírito induz os crentes a fazerem obras de caridade e a levantar a sua voz contra a injustiça social, seja ela qual for o preço que tenha que pagar.

E. Os reavivamentos são produzidos por um derramamento

Depois de dar uma pequena ideia do que é um reavivamento, é bom salientar que afinal o avivamento é produzido por um derramamento especial do Espírito Santo sobre o mundo, e quando se fala do mundo, refere-se sobre a terra, a sociedade, a igreja, os servos de Deus e os homens em geral.

Não é um derramento simples e normal, é um derramamento especial que Deus derrama sobre a terra em momentos de crise, de apatia e de corrupção extrema, em que na maior parte das vezes afecta a sua própria Igreja que deixa de ser "o sal e a luz do mundo", ou seja a igreja adormece ou morre no meio de uma sociedade decadente, e deixa de exercer a sua função principal de estabelecer e estender o reino de Deus na terra.

F. Uma definição simples de reavivamento

Reavivamento é uma visita sobrenatural do Espírito soberano de Deus, pela qual uma comunidade inteira toma consciência de sua santa presença e é surpreendida por ela.

1. Os descrentes convencem-se do pecado

Arrependem-se e clamam a Deus por misericórdia, geralmente em números enormes e sem qualquer intervenção humana.

2. Os desviados são restaurados.

Abandonam o pecado e voltam para a Igreja

3. Os indecisos são revigorados.

Os indecisos que nunca chegaram a tomar uma decisão, ficando sempre na dúvida decidem-se finalmente para Cristo de uma forma vigorosa, uns aceitando a salvação, outros iniciando o discipulado com Cristo.

"E todo o povo de Deus, inundado de um profundo senso de majestade divina, manifesta em suas vidas o multifacetado fruto do Espírito, dedicando-se à obra da evangelização, missões, às boas obras e luta contra as injustiças sociais".


I I. Os reavivamentos visto do ponto vista histórico


A. É um curto período de tempo

Sob o ponto de vista histórico, reavivamento é aquele curto período de tempo em que o Espírito Santo de Deus actua maciçamente no meio de um grupo de crentes dum determinado lugar, levando-os a buscar a Deus de forma intensa, deixando de lado a rotina, a frieza e a inércia, e usando-os de uma maneira fora do comum para o engrandecimento do seu reino.

O avivamento em si pode durar pouco tempo, mas os efeitos que ele produz podem durar muito tempo.

B. Em geral ocorre depois de uma decadência moral espiritual

Em geral, o reavivamento ocorre depois de um período de decadência moral e espiritual, "depois da perda gradual e total do primeiro amor".

Como vemos em Apocalipse 2.2 Conheço as tuas obras, tanto o teu labor como a tua perseverança, e que não podes suportar homens maus, e que puseste à prova os que a si mesmos se declaram apóstolos e não são, e os achaste mentirosos; 3 e tens perseverança, e suportaste provas por causa do meu nome, e não te deixaste esmorecer. 4 Tenho, porém, contra ti que abandonaste o teu primeiro amor. 5
Lembra-te, pois, de onde caíste, arrepende-te e volta à prática das primeiras obras; e, se não, venho a ti e moverei do seu lugar o teu candeeiro, caso não te arrependas".

O reavivamento segue-se a uma época em que a igreja fez concessões perigosas do ponto vista da doutrina e da ética; os crentes ivem num vazio que se torna insuportável; a liturgia é fria e repetitiva; o púlpito é frio e Cristo já não é pregado; e onde vemos acontecer tragédias de âmbito nacional ou internacional, provocadas por crises económicas, epidemias, guerras e flagelos naturais.

Deus envia o avivamentono meio da desolação e revigora a igreja trazendo-a de volta à sua vocação inicial que é ser:

"sal e a luz do mundo" Mateus 5:13-15

e através do reavivamento Deus faz a igreja regressar ao seu:

"primeiro amor". Apocalipse 2:4

C. Produz a convicção de pecado

Durante o reavivamento, a concepção de um Deus absolutamente santo gera convicção de pecado, arrependimento e mudanças.

João 16:8-9 “Quando ele vier, convencerá o mundo do pecado, da justiça e juízo”.

Esta operação de convencimento é poderosa em tempos de reavivamento. Há testemunhos de pessoas que contam, "que mal entraram num salão onde o Espírito Santo produzia reavivamento", eles foram logo tocados, mal entraram na porta, sentiram logo o seu estado pecaminoso, começaram a chorar. e converteram-se imediatamente debaixo da convição dado pelo Espírito Santo.

D. As escrituras recuperam a autoridade

As Escrituras recuperam a sua autoridade de única regra de fé e prática. Volta-se à salvação pela graça mediante a fé e passa-se a acreditar outra vez que fora de Jesus não há salvação.

E. Jesus Cristo volta a ocupar o lugar central

Jesus Cristo torna a ocupar o lugar central na igreja e nos corações dos fiéis. Os crentes se enchem de ânimo e de alegria.

F. Surgem vocações pastorais e missionárias

Porque a consciência social e a consciência missionária tomam conta dos crentes, surgem novas e muitas vocações para o ministério pastoral, para os campos missionários e para as obras de caridade.

Como resultado prático, abrem-se novos seminários, novas agências missionárias, novas escolas evangélicas, novos ministérios e novas obras assistenciais, como orfanatos, creches e hospitais. As igrejas crescem em quantidade e em qualidade.

G. O Reavivamento é vida nova

Embora o reavivamento conduza ao evangelismo, este é uma coisa e aquele é outra.

"O evangelismo é a boa nova e o reavivamento é vida nova".

No evangelismo é o homem que trabalha para Deus, no reavivamento é Deus que trabalha de forma soberana em favor do homem... Toda a vida espiritual, seja no indivíduo ou na comunidade, na igreja ou na nação, é obra do Espírito Santo.

"Podemos orar por reavivamento, mas nenhum homem pode programar um reavivamento, porque só Deus é doador de vida".

H. Mudança do estado carnal para o estado espiritual

O máximo que o elemento humano pode fazer é orar por um reavivamento, como fez o salmista: “Porventura, não tornarás a vivificar-nos, para que em ti se regozije o teu povo?” Salmos 85.6.

Ou como o profeta: “Aviva a tua obra, ó Senhor, no decorrer dos anos, e, no decurso dos anos, faze-a conhecida” Habacuque 3.2.

Outra providência possível, já sob a acção do Espírito, é a passagem súbita ou gradual da igreja do estado carnal para a esfera espiritual, em que os frutos do Espírito
começam a ser colhidos.


I I I. Desvirtuando os reavivamentos

A. Há sempre erros que surgem por causa de reavivamentos

Na esteira dos reavivamentos religiosos, há sempre alguma coisa que faz empobrecer e desvirtua o movimento, embora não o impeça nem o danifique por completo.

Do clima emocional do início do século 19, insuflado por muitos avivamentos religiosos, surgiram também vários movimentos que afastaram-se ou distorceram muitos padrões bíblicos. Alguns deles só se mostraram perigosos vários anos depois.

B. Os riscos em tempos de reavivamento

A oração de Habacuque “Aviva a tua obra, ó Senhor, no decorrer dos anos, e, no decurso dos anos, fá-la conhecida” Habacuque 3.2, é sempre oportuna e bem-vinda.

Pois o cansaço, o desgaste, a rotina, o secularismo, o esquecimento, os desvios tanto de comportamento como de doutrina, o egoísmo, a descrença, o esfriamento do amor e do entusiasmo, a desobediência, o orgulho e coisas semelhantes deixam a igreja em situação de miséria.

E a brasa quase apagada exige um novo e vigoroso sopro do Espírito Santo. Então é preciso pedir que Deus visite constantemente a sua Igreja e restaure o seu vigor, como suplica o salmista Salmos 80.14-19 “… visita esta vinha …”.

Porém, há sempre riscos em tempos de reavivamento. Já que estes problemas existem e são uma verdade histórica, não é demais tomar-se a necessária precaução. Não se deve fazer restrições ao Espírito, mas nem sempre o que se ensina e se faz é do Espírito Santo.

Quantos pregadores, pretendendo ser revivalistas, e se calhar no princípio até podiam ter boas intenções, não se corromperam a ponto de criar movimentos heréticos.

Nós temos que ter o cuidado do povo de Bereia que “examinavam as Escrituras todos os dias para ver se as coisas eram de fato assim” Atos 17.11

C. Temos que ter cuidado com coisas muito místicas

Nunca podemos pensar que a fé cristã na sua essência envolve um “acto de pensar” e não é só uma coisa meramente mística. A Bíblia está repleta de lógica.

Por isso, embora devemos ter cuidado de não exagerar o uso do intelecto, não devemos cair naquela tendência de dar ênfase demais a aparições e visões.

Quase todas as seitas heréticas tiveram sua origem em visões fantásticas:

1. O Islamismo

A maior religião do mundo depois do cristianismo e a que mais cresce, é fruto das visões de Maomé por volta do ano 600.

2. A Mariologia

O culto a Maria. A igreja católica romana repousa em grande parte sobre as visões de Lourdes (1858), Fátima (1918) e Meljugorje (1981).

D. Temos que ter cuidado com o fanatismo

Uma entrega cega a uma doutrina, ou ideologia sem qualquer “reflexão” racional, nem uma “reflexão” sobre o que a Bíblia diz acerca de um determinada assunto, conduz fatalmente ao fanatismo.


E. O risco da sede demasiada de milagres

Milagres de cura aconteceram sempre antes de Cristo, durante o ministério de Jesus e dos apóstolos e depois de Cristo. Mas não são os únicos meios de se chegar à verdade, porque eles existem também fora do ambiente cristão, como a história bíblica revela Êxodos 7.11 e 22; 8:7 e como Jesus mesmo ensina Mateus 7.21-23.

O Apocalipse registra que a besta que emerge da terra curará a ferida mortal da besta que emerge do mar, fará descer fogo do céu à terra e comunicará fôlego à imagem da besta Apocalipse 13.11-18. Há caso de curas verdadeiras no protestantismo histórico, no protestantismo pentecostal, no catolicismo tradicional, na Renovação Carismática Católica e no meio não cristão.

A revista “Newsweek” de 1º de maio de 2000 relata a ocorrência de milagres e curas no catolicismo, no pentecostalismo, no judaísmo, no islamismo, no hinduísmo e no budismo. O Papa acaba de ir a Portugal para agradecer à virgem de Fátima o milagre que o teria salvo do atentado de 1981. O jornal “Gotas de Luz”, da Igreja Messiânica Mundial do Brasil, publica o testemunho do médico angolano que se tornou messiânico por ter sido curado de grave doença em Novembro de 1999.

F. O risco de demasiada dependência de emoções

Emoção não é pecado. É uma reacção natural frente ao prazer e ao desprazer. O cristianismo é uma fonte de emoções. Há uma porção enorme de experiências que provocam emoções: a descoberta de Deus, a aceitação do evangelho, o perdão de pecados, a prática da comunhão com Deus e com os irmãos, o fruto do Espírito -"amor, alegria, paz ...", a prática do desabafo espiritual, o exercício da esperança e assim por diante.

"O verdadeiro cristão não é seco. Ele vibra, alegra-se e também chora. Todavia, o crente não deve ser movido a emoções. As emoções falham muitas vezes. São circunstanciais".

Dependem de um belo dia, de um bom estado de saúde, de companhia, de boas notícias, de boa música. A vida vitoriosa não pode depender das emoções. Ela precisa depender da autoridade da Palavra de Deus.

O ambiente carregado de emoções, às vezes premeditada e artificialmente, pode facilitar um reavivamento, mas não lhe dá profundidade nem base teológica suficiente.

G. O risco do fanatismo

A distância entre o zelo e o fanatismo não é muito grande, mas a diferença entre um e outro é gigantesca. O Espírito Santo nos leva ao zelo, ao entusiasmo, à plena submissão, à devoção total, ao desprendimento, mas nunca ao fanatismo.

O fanatismo depende de renúncia do bom senso e do equilíbrio religioso.

Um fanático é um sujeito que não teimosamente não quer mudar de ideias nem de assunto.

O diabo detesta o zelo dos cristãos, mas adora o seu fanatismo.

H. O derramamento depois do Pentecostes é contínuo

Tudo parece indicar que depois do dia de Pentecostes era prática da Igreja primitiva pedir para o Espírito Santo derramar-se. Por exemplo, os discípulos a seguir ao dia de Pentecostes – já o Espírito tinha sido derramado – "pediram a Deus para o Espírito derramar-se e manifestar-se com poder e milagres sobre eles".

Vemos também noutros textos em baixo, o Espírito Santo a derramar-se sobre as pessoas.

Actos 4:29-31 "Agora, Senhor, olha para as suas ameaças e concede aos teus servos que anunciem com toda a intrepidez a tua palavra, 30 enquanto estendes a mão para fazer curas, sinais e prodígios por intermédio do nome do teu santo Servo Jesus. 31 Tendo eles orado, tremeu o lugar onde estavam reunidos; todos ficaram cheios do Espírito Santo e, com intrepidez, anunciavam a palavra de Deus."

Actos 11:15 Quando, porém, comecei a falar, caiu o espírito Santo sobre eles, como também sobre nós, no princípio. 16 Então, me lembrei da palavra do Senhor, quando disse: João, na verdade, batizou com água, mas vós sereis batizados com o espírito Santo.

Actos 19:6 E, impondo-lhes Paulo as mãos, veio sobre eles o espírito Santo; e tanto falavam em línguas como profetizavam

 A descida do Espírito Santo durante a festa do Pentecostes, para iniciar uma nova dispensação da actividade do Espírito de Deus na Terra, foi acompanhado de sinais únicos e históricos, como por exemplo, o barulho como o vento, as línguas de fogo, o poder de falar línguas estrangeiras e outros prodígios.

Mas isto não quer dizer que o Espírito Santo deixou de "derramar-se", pois a promessa de Atos 1:8 é muito clara:

Actos 1:8 mas recebereis poder, ao descer sobre vós o espírito Santo, e sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até aos confins da terra.

"Nós lemos nestes texto que a promessa que o Senhor Jesus fez, afirmando que o Espírito Santo iria descer ou derramar-se, diz respeito aos discípulos da época da Igreja, a quem Jesus imcubiu de serem testemunha atés aos confins da Terra.

O Espírito Santo foi derramado ou desceu no dia do Pentecostes para ter um efeito universal e conceder poder e ousadia aos discipulos de Cristo para irem por todo o mundo pregar o Evangelho a toda a criatura, até aos confins da terra.

Desta forma, não é errado nós orarmos para o Espírito Santo continuar esta operação de derramamento ou descida sobre a carne, até o Evangelho ser pregado a todas as gentes.

No Novo Testamento vemos muitos textos que fazem alusão a esta manifestação contínua do Espírito Santo, que quer continuar a manifestar-se ainda hoje com poder sobre o mundo e sobre a Igreja.

Portanto, o Espírito Santo que iniciou uma nova dispensação no dia do Pentecostes, quer continuar a derramar-se ainda hoje sobre o mundo e sobre a Igreja.



I V. Os reavivamentos históricos

Os reavivamentos mais famosos da história da igreja aconteceram na Europa e na América do Norte.

Entre eles estão:

A. A Reforma Protestante

A partir de João Wycliffe, João Hus, Martinho Lutero, João Calvino e João Knox).

B. O Reavivamento Morávio

Com o conde Nicolau von Zinzendorf, o Grande Reavivamento do Século 18, com João e Carlos Wesley e Jorge Whitefield.

C. Reavivamentos ocorridos nas colónias americanas

Entre 1725 e 1760, a partir de Teodoro Fredinghuysen e Jônatas Edwards.

D. Os reavivamentos do século 19

Com Charles Finney e D. L. Moody.

E. Os reavivamentos de Gales

No final do século XIX e princípio do século XX, no país de Gales, por exemplo com Evan Roberts em 1904-1905.

Procure na Internet sobre estes e outros avivamentos históricos.


V. O avivamento nos últimos dias                                                                                                      

Há algumas posições doutrinais que na base de alguns textos acreditam que haverá um grande derramamento no final dos tempos.

A. O avivamento no final dos tempos da Igreja

Alguns pensam que será no final dos tempos da Igreja: antes do regresso de Cristo a Igreja passará por um grande avivamento, alguns chamam de "grande reforma" a nível mundial, em que a Igreja será transformada e levará finalmente o Evangelho até aos confins da terra.

Esta ala da Igreja acha que vemos isto na profecia de Joel, que pensam ter um primeiro cumprimento no Pentecostes, mas algumas das coisas preditas na segunda parte da profecia só terá o seu cumprimento no final dos tempos da Igreja.

Segunda parte da profecia: "e farei aparecer prodígios em cima no céu, e sinais, em baixo, na terra ... o sol se converterá em trevas, e a lua em sangue, antes do grande e glorioso dia do Senhor ... e acontecerá que todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo" Atos 2:19-21

B. O avivamento no meio do povo judeu

Mas, para outros, embora acreditem que possa haver um avivamento futuro, antes da Igreja ser arrebatada, acham, contudo, que o final da profecia de Joel e outras profecias antigas estão a falar de um acontecimento que terá lugar  depois da Igreja ser arrebatada, no meio do povo de Israel, que beneficiará de um grande derramamento do Espírito Santo, em que todas profecias antigas sobre a "restauração do povo de Israel" terá lugar.

Os versículos em baixo e outros não citados, parecem falar do povo de Israel e não da Igreja:

Zacarias 12:10 E sobre a casa de Davi e sobre os habitantes de Jerusalém derramarei o espírito da graça e de súplicas; olharão para aquele a quem trespassaram; pranteá-lo-ão como quem pranteia por um unigênito e chorarão por ele como se chora amargamente pelo primogénito.

Ezequiel 36:26 Dar-vos-ei coração novo e porei dentro de vós espírito novo; tirarei de vós o coração de pedra e vos darei coração de carne.

Ezequiel 37:14 Porei em vós o meu espírito, e vivereis, e vos estabelecerei na vossa própria terra. Então, sabereis que eu, o SENHOR, disse isto e o fiz, diz o SENHOR.

Se estiver interessado em saber mais sobre este ponto deverá investigar na Internet e tentar formar a sua própria opinião


V I. Erros cometidos pelas Igrejas

Os avivamentos na história da Igreja são fruto de um derramamento do Espírito de Deus sobre uma determinada região do globo, sobre uma Igreja ou sobre um servo de Deus.

"Os pequenos e grandes avivamentos são sempre resultado de um derramamento do Espírito Santo".

Mas há alguns que dizem que já não precisamos de orar por mais derramamentos, outros dizem que o que aconteceu no dia do Pentecostes tem que acontecer tal e qual a mesma coisa nos nossos dias.

Não devemos misturar as coisas. Há que fazer uma separação.

É verdade que no dia do Pentecostes Deus deu início a uma nova etapa na história, enviando um derramamento que iria ter uma amplitude universal e que ainda hoje estamos a assistir aos seus efeitos, mas temos que evitar alguns erros de interpretação: 

A. Erros da Igreja pentecostal e carismática

Vejamos primeiramente o erro pentecostal e carismático que diz que todos os dias deviam ser Pentecostes, e que hoje devia acontecer exactamente a mesma coisa que aconteceu no dia ou época do Pentecostes.

Deste erro nasceu a doutrina que ensina que a Igreja tem que viver num estado permamente de avivamento, estando sempre a acontecer sinais, prodígios e maravilhas e coisas extraordinárias e novas, e desta forma, dão lugar a falsos avivamentos que dizem estar sempre a contecer aqui e ali, na maior parte "avivamentos" produzidos pelo homens e não por Deus.

Há ainda o erro que ensina que o baptismo do Espírito Santo é precedido do falar línguas como aconteceu no dia do Pentecostes.

Ou seja, eu não posso dizer que fui batizado pelo Espirito Santo, ou que o Espírito Santo desceu sobre mim, se não falar línguas.

Ensinam ainda que devemos e temos que fazer os mesmos sinais, prodigios e milagres que os "Jesus e Apóstolos fizeram naqueles dias", confundindo a missão de Jesus e a missão dos Apóstolos com a missão da Igreja.

Um outro erro, o mais grave, é considerar que o baptismo do Espírito Santo é uma "segunda bênção", que deve seguir-se à salvação. A salvação neste caso seria a "primeira benção" onde os crentes recebem a Cristo, mas, depois, os crentes devem buscar a "segunda benção" que é o baptismo do Espírito Santo, altura em que os crentes recebem o Espírito Santo.

Este erro parte da confusão que fazem entre a operação de receber o Espírito Santo, que a Bíblia chama de Batismo do ou no Espírito Santo, dado a todos os que crêm, e a operação de receber poder, plenitude, unção, enchimento do Espírito Santo para sermos equipados para a obra de evangelização.

De facto devíamos chamar:

1. À recepção do Espirito Santo de Batismo Do ou No Espírito Santo.

Alguns preferem chamar de Batismo No Espírito Santo, pois dizem que afinal é Jesus quem batiza com o Espírito Santo e têm razão, desta forma para mim Batismo do Espírito Santo está a falar de sermos batizados pelo Senhor Jesus no Espírito Santo

2. À recepção de poder, plenitude, unção e enchimento 

Podemos chamar de Batismo de Poder Do ou No Espírito Santo.  

É um enchimento ou unção que confere poder e plenitude aos crentes durante a obra de evangelização por todo o mundo, como aliás foi prometido em Atos 1:8 "E recebereis a virtude (ou poder) do Espírito Santo que há-de descer sobre vós ... se sereis minhas testemunhas ... até aos confins da Terra"

Falo disso, mais a fundo, no capítulo 4 que trata do Baptismo do Espírito Santo.

B. Erros da Igreja tradicional

Vejamos em, segundo lugar, o erro das Igejas mais tradicionais que que ensinam que o Espírito Santo já foi derramado de Pentecostes, por isso não devemos orar mais por derramamentos para sermos ungidos com poder e ousadia para podermos fazer a obra missionária.

Dizem que o Espírito Santo já desceu e não desce mais. Claro que há alas tradicionalistas que são mais moderadas e não iam ser tão estreitos como isso.

Portanto, a ala mais tradicional diria que agora a obra do Espírito Santo é interiora e silenciosa, já não há mais manifestações fortes e exteriores, como no dia do Pentecostes e nos tempos da Igreja primitiva.

Alguns da linha tradicional são mesmo muito radicais e ensinam que os milagres foram somente para a Igreja Primitiva, só existiram durante o tempo dos discípulos.

Em nossos dias não há mais milagres, nem dons miraculosos, nem mais manifestações sobrenaturais de Deus.

Mas, o versículo em baixo, revela que o poder do Espírito Santo foi prometido para todas as épocas da Igreja, como vemos no texto a seguir:

Atos 1:8 "mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até aos confins da terra".

Eu não apoio os erros pentecostais e carismáticos em cima referidos, que pensam que um derramamento hoje sobre alguém deve ser acompanhado pelos sinais do dia de Pentecostes. Que a Igreja deve viver num estado igual e permanente como nos dias do Pentecostes e da Igreja primitiva, que devemos fazer os mesmos milagres feitos pelos Apóstolos e ter a mesma autoridade que eles tinham.

Eu acho que proclamar o Evangelho em línguas estrangeiras, aquele barulho como o vento, as línguas de fogo de Atos 2 foram sinais únicos que prediziam que o Evangelho iria ser pregado em todo o mundo com poder.

E acho também que muitos sinais e prodigios registados no livro de Atos, faziam parte da missão dos Apóstolos de Cristo que:

Primeiro - foram testemunhas oculares da sua ressureição;

Segundo - foram os fundadores da Igreja

Terceiro - foram os escritores do Novo Testamento.

E esta autoridade e missão única que tiveram, foi confirmada com alguns sinais e milagres invulgares que fizeram.

Portanto, muitos dos sinais da época do Pentecostes e Apostólica foram para aqueles dias, mas o poder prometido foi para toda a Igreja e de uma maneira ou de outra acompanhará os discipulos até o Evangelho ser pregado aos confins da terra.

Nós somos somos os discípulos dos confins da terra.

Por isso, temos todo o direito de orar assim, rogando sempre a Deus por poder e avivamento:

"Nosso Deus e Pai, pedimos que o Espírito Santo desça sobre nós e nos conceda ousadia para pregarmos o Evangelho, com poder até aos confins da terra. Pedimos que o poder do Teu Espírito que derramaste no dia de Pentecostes nos acompanhe, com os milagres que preparaste para nós, pois a promessa que irias derramar o teu poder sobre toda a carne, e sobre os teus discípulos, é também para os nossos dias".

Em nome do Senhor Jesus Amem


V I I . Testemunhos sobre reavivamentos

A. Primeiro testemunho

Homens e mulheres enchiam a sala que já não tinha uma polegada de espaço. Aqueles que não conseguiram entrar ficaram a escutar fora ou ficavam a ouvir das janelas. Havia aproximadamente 2.000 pessoas. Era impossível travar a alegria das pessoas. As mulheres cantavam de tal maneira que os rostos ficavam rosados de calor.

Homens e mulheres vinham um após outro testemunhar o que Deus fez em suas vidas: um contou a sua história de beberão e como tinha deixado de beber.

"Uma mulher cigana, falou do seu arrependimento e restauração".

Passadas 3 horas a reunião não tinha perdido o seu ardor. Um dos pastores que estava no púlpito tentou outra vez começar um hino, mas em vão, era oração após oração, testemunho após testemunho. O reavivamento caia sobre o povo de Deus, as conversões sucediam-se umas atrás das outras, ali mesmo, os crentes abandonavam os seus pecados, e nem Evan Roberts conseguia travar os efeitos do despertamento.

O próximo a falar, era um polícia, que se tinha se oposto ao movimento do Espírito, mas quis ver com os seus próprios olhos: ele disse que "mal entrou no salão rebentou em rasgos de choro, confessou os seus pecados e aceitou o Senhor Jesus Cristo".

Havia reuniões todos os dias, crentes arrependiam-se dos pecados, e os descrentes convertiam-se, testemunhando juntos do amor de Jesus aos outros. Um membro disse que o reavivamento era o resultado da oração de grupos de senhoras que oraram por reavivamento durante muito tempo.

"Ele disse também que Evan Roberts, tinha orado diariamente por reavivamente durante 13 meses, num quarto, onde ele pregava sozinho. Evan gastou horas a orar e a pregar ao ponto de uma mulher que vivia ao lado pensar que ele estava louco".

A nota dominante do reavivamento era oração, adoração, arrependimento e desejo de pregar aos perdidos. Muitos pensam que só há reavivamento quando acontecem coisas anormais ou muita algazarra, não era nada disso que acontecia em Wales:

Outra nota dominante era a alegria radiante que dominava os evangelistas e Evan roberts, que contrastava com o espírito severo e repreensivo que dominava os pastores da época que fazia as pessoas terem medo de ir as reuniões.

Evan Roberts ria quando pregava, brincava, e dizia muitas vezes “eu me sinto tão feliz, às vezes parece que vou voar de felicidade e não me sinto cansado, Deus me dá força e coragem".

Evan Roberts pregava muito a vitória sobre a depressão maçadora e a dúvida contínua que domina o espírito doentio das pessoas dos tempos modernos. Não era de supreender que as pessoas voavam para as Igrejas em busca do despertamento

B. Segundo testemunho

Testemunho de crente que orou e viveu o avivamento:

Deus conduziu-me a conhecer um avivamento da seguinte maneira: Um pastor disse-me: “não faltes às reuniões”. “O que acontece se faltas e o Espírito descer naquela reunião. O que não irás perder?”

Eu respondi: “eu escolho o Espírito”. No entanto, quando via os jovens irem com os seus barcos para o rio, caia na tentação e queria ir com eles, mas dizia “lembra-te que prometeste ser fiel e não faltar às reuniões!”.

As reuniões eram: Oração na segunda. Oração na terça. Culto na quarta. Banda e classe bíblica na quinta e sexta feira. E depois os cultos aos domingos, de manhã e de tarde. Nunca faltei às reuniões, durante 11 anos, orando sempre por avivamento. “Eu chegava a ficar uma noite inteira a ler livros ou a falar com outros amigos sobre avivamento. O Espírito Santo estava a começar a mover-se lentamente entre nós”.

Então, uma noite, estava orar e de repente perdi a noção do tempo e do espaço. A sensação da presença de Deus era tão forte que tive medo a ponto de acordar o meu irmão que chegou a pensar que eu estava doente.

“Depois daquela experiência, eu acordava todas as noites por volta das 2 da manhã. Era estranho, pois eu dormia como uma pedra, nenhum barulho à minha volta conseguia acordar-me, mas a partir daquela noite, Deus acordava-me à mesma hora e eu ficava em comunhão profunda com Ele por cerca de 4 horas. Às 5 horas da manhã adormecia outra vez até ás 9 horas”

Isto manteve-se durante 3 meses. Acontece que numa reunião, o pastor a orar no final da reunião disse “quebranta-nos Senhor”.

Foi o Espírito que o fez dizer isto, pois nesse momento eu senti o Espírito Santo a dizer-me “é o que tu precisas” e eu orei “Senhor quebranta-me”.

Na reunião a seguir o pastor disse “hoje vamos ter uma reunião maravilhosa”. Eu já estava tão cheio do Espírito Santo que quase rebentava numa manifestação de exaltação quando ele disse isto.

A reunião começou com alguns a orar. Eu queria orar, mas perguntei a Deus “devo orar agora?”. Deus disse-me “espera um pouco”.

Então enquanto os outros iam orando eu sentia-me como que levantado por uma força divina e a cada oração eu perguntava a Deus “posso orar agora?”. Deus dizia “espera um pouco” e eu u sentia-me cada vez mais cheio do Espírito, quase a romper, o meu peito fervia de exaltação e de glória e teria rebentado se eu não orasse “quebranta-me Senhor, quebranta-me Senhor”.

Era o que o Espírito queria, que eu me humilhasse e que Deus quebrantasse totalmente o meu “EU”.

A dada altura, eu cai de joelhos, sentindo o peso do meu pecado. A congregação começou a cantar e comecei a pensar no Julgamento Final e nas almas perdidas que iriam para o Inferno. "Senti um grande peso no meu coração pelas almas perdidas e fui inundado por um desejo enorme de pregar-lhes o Evangelho".

Depois disto, uma onda de paz desceu sobre mim. O avivamento estava a começar, muitos estavam sendo varridos por esta onda de avivamento que atravessava o País de Gales, e daí passou para os Estados Unidos, chegando a todos os cantos da terra.

Poucos meses depois muitos milhares de pessoas integraram-se nas Igrejas em toda a Inglaterra, as igrejas passavam de 20 para 100 pessoas, outras que tinham 100 pessoas passaram a ter 300 e 400 pessoas.

E em todo o mundo, Milhões de almas eram salvas para Deus no espaço de poucos anos.


V I I I. Textos bíblicos que falam de derramamentos e avivamentos

A. Promessas de derramamento do Espírito sobre a terra

Isaías 32:15 até que se derrame sobre nós o espírito lá do alto; então, o deserto se tornará em pomar, e o pomar será tido por bosque;

Isaías 44:3 Porque derramarei água sobre o sedento e torrentes, sobre a terra seca; derramarei o meu espírito sobre a tua posteridade e a minha bênção, sobre os teus descendentes;

Ezequiel 36:26 Dar-vos-ei coração novo e porei dentro de vós espírito novo; tirarei de vós o coração de pedra e vos darei coração de carne.

Ezequiel 37:14 Porei em vós o meu espírito, e vivereis, e vos estabelecerei na vossa própria terra. Então, sabereis que eu, o SENHOR, disse isto e o fiz, diz o SENHOR.

Ezequiel 39:29 Já não esconderei deles o rosto, pois derramarei o meu espírito sobre a casa de Israel, diz o SENHOR Deus.

Joel 2:28 E acontecerá, depois, que derramarei o meu espírito sobre toda a carne; vossos filhos e vossas filhas profetizarão, vossos velhos sonharão, e vossos jovens terão visões; 29 até sobre os servos e sobre as servas derramarei o meu espírito naqueles dias.

Zacarias 12:10 E sobre a casa de Davi e sobre os habitantes de Jerusalém derramarei o espírito da graça e de súplicas; olharão para aquele a quem trespassaram; pranteá-lo-ão como quem pranteia por um unigênito e chorarão por ele como se chora amargamente pelo primogénito."Estas promessas dizem respeito ao Pentecostes, outras dizem respeito a derramamentos efectuados sobre a Nação de Israel ou sobre a terra e ao derramamento do dia do Pentecostes".

B. Personagens do A.T. sobre quem o Espírito se derramou

Bezalel e Aoliabe:

Êxodo 31:3 e o enchi do espírito de Deus, de habilidade, de inteligência e de conhecimento, em todo artifício.

Anciões:

Números 11:25 Então, o SENHOR desceu na nuvem e lhe falou; e, tirando do espírito que estava sobre ele, o pôs sobre aqueles setenta anciãos; quando o Espírito repousou sobre eles, profetizaram; mas, depois, nunca mais.

Eldade e Meade:

Números 11:26 Porém, no arraial, ficaram dois homens; um se chamava Eldade, e o outro, Medade. Repousou sobre eles o espírito, porquanto estavam entre os inscritos, ainda que não saíram à tenda; e profetizavam no arraial.

Josué:

Deuteronômio 34:9 Josué, filho de Num, estava cheio do espírito de sabedoria, porquanto Moisés impôs sobre ele as mãos; assim, os filhos de Israel lhe deram ouvidos e fizeram como o SENHOR ordenara a Moisés.

Otniel:

Juízes 3:10 Veio sobre ele o espírito do SENHOR, e ele julgou a Israel; saiu à peleja, e o SENHOR lhe entregou nas mãos a Cusã-Risataim, rei da Mesopotâmia, contra o qual ele prevaleceu.

Gideão:

Juízes 6:34 Então, o espírito do SENHOR revestiu a Gideão, o qual tocou a rebate, e os abiezritas se ajuntaram após dele.

Gefté:

Juízes 11:29 Então, o espírito do SENHOR veio sobre Jefté;

Sansão:

Juízes 14:6 Então, o espírito do SENHOR de tal maneira se apossou dele, que ele o rasgou como quem rasga um cabrito,sem nada ter na mão; todavia, nem a seu pai nem a sua mãe deu a saber o que fizera.

Saul:

I Samuel 10:610 Chegando eles a Gibeá, eis que um grupo de profetas lhes saiu ao encontro; o espírito de Deus se apossou de Saul, e ele profetizou no meio deles.

Davi:

I Samuel 16:13 Tomou Samuel o chifre do azeite e o ungiu no meio de seus irmãos; e, daquele dia em diante, o espírito do SENHOR se apossou de Davi. Então, Samuel se levantou e foi para Ramá.

Elias e Eliseu:

II Reis 2:9 Havendo eles passado, Elias disse a Eliseu: Pede-me o que queres que eu te faça, antes que seja tomado de ti. Disse Eliseu: Peço-te que me toque por herança porção dobrada do teu espírito.

II Reis 2:15 Vendo-o, pois, os discípulos dos profetas que estavam defronte, em Jericó, disseram: O espírito de Elias repousa sobre Eliseu. Vieram-lhe ao encontro e se prostraram diante dele em terra.

Azarias:

II Crônicas 15:1 Veio o espírito de Deus sobre Azarias, filho de Odede.

Zacarias:

II Crônicas 24:20 O espírito de Deus se apoderou de Zacarias, filho do sacerdote Joiada, o qual se pôs em pé diante do povo e lhes disse: Assim diz Deus: Por que transgredis os mandamentos do SENHOR, de modo que não prosperais? Porque deixastes o SENHOR, também ele vos deixará.

Ciro:

II Crônicas 36:22 Porém, no primeiro ano de Ciro, rei da Pérsia, para que se cumprisse a palavra do SENHOR, por boca de Jeremias, despertou o SENHOR o espírito de Ciro, rei da Pérsia, o qual fez passar pregão por todo o seu reino, como também por escrito, dizendo:

O povo despertado:

Esdras 1:5 Então, se levantaram os cabeças de famílias de Judá e de Benjamim, e os sacerdotes, e os levitas, com todos aqueles cujo espírito Deus despertou, para subirem a edificar a Casa do SENHOR, a qual está em Jerusalém.

O Messias prometido:

Isaías 42:1 Eis aqui o meu servo, a quem sustenho; o meu escolhido, em quem a minha alma se compraz; pus sobre ele o meu espírito, e ele promulgará o direito para os gentios.

Isaías 61:1 O espírito do SENHOR Deus está sobre mim, porque o SENHOR me ungiu para pregar boas-novas aos quebrantados, enviou-me a curar os quebrantados de coração, a proclamar libertação aos cativos e a pôr em liberdade os algemados;Ezequiel:

Ezequiel 11:5 Caiu, pois, sobre mim o espírito do SENHOR e disse-me: Fala: Assim diz o SENHOR: Assim tendes dito, ó casa de Israel; porque, quanto às coisas que vos surgem à mente, eu as conheço.

Daniel:

Daniel 4:18 Isto vi eu, rei Nabucodonosor, em sonhos. Tu, pois, ó Beltessazar, dize a interpretação, porquanto todos os sábios do meu reino não me puderam fazer saber a interpretação, mas tu podes; pois há em ti o espírito dos deuses santos.

Miqueias:

Miquéias 3:8 Eu, porém, estou cheio do poder do espírito do SENHOR, cheio de juízo e de força, para declarar a Jacó a sua transgressão e a Israel, o seu pecado.Zorobabel:

Ageu 1:14 O SENHOR despertou o espírito de Zorobabel, filho de Salatiel, governador de Judá, e o espírito de Josué, filho de Jozadaque, o sumo sacerdote, e o espírito do resto de todo o povo; eles vieram e se puseram ao trabalho na Casa do SENHOR dos Exércitos, seu Deus.

Nós vemos nestes versículos que Deus derramou o Seu Espírito sobre os seus servos no Antigo Testamento, afim de conceder-lhes poder, força, sabedoria, direcção, talento e vidência, em diversas situações do seu ministério, para poderem desempenhar o seu ministério com uma maior eficácia.Se Deus derramou o Seu poder sobre os seus servos na antiga aliança, quanto mais na nova aliança, em que os céus foram rasgados pela morte de Cristo e o Espírito Santo foi derramado sobre toda a carne!!!Nós devemos orar para novos e sucessivos derramamentos do Espírito Santo sobre o mundo, sobre a nossa nação e sobre a nossa Igreja.

No Novo Testamento há também muitos textos que fazem alusão a esta manifestação do derramamento do Espírito Santo, que quer descer ainda hoje com poder sobre o mundo e sobre a Igreja.

C. O derramamento no Novo Testamento

Mateus 10:20 visto que não sois vós os que falais, mas o espírito de vosso Pai é quem fala em vós.

Marcos 13:11 Quando, pois, vos levarem e vos entregarem, não vos preocupeis com o que haveis de dizer, mas o que vos for concedido naquela hora, isso falai; porque não sois vós os que falais, mas o espírito Santo.

Lucas 12:12 Porque o espírito Santo vos ensinará, naquela mesma hora, as coisas que deveis dizer.

Actos 1:8 mas recebereis poder, ao descer sobre vós o espírito Santo, e sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até aos confins da terra.

Actos 2:17 E acontecerá nos últimos dias, diz o Senhor, que derramarei do meu espírito sobre toda a carne; vossos filhos e vossas filhas profetizarão, vossos jovens terão visões, e sonharão vossos velhos;

Nos versículos em cima em Mateus, Marcos e Lucas, a Bíblia faz referência a manifestações do Espírito Santo, que iria derrmar-se sobre os discípulos para dirigi-los através de revelações feitas mesmo na hora.Tudo parece indicar que depois ddo dia de Pentecostes era prática da Igreja primitiva pedir para o Espírito Santo derramar-se.

Por exemplo, os discípulos a seguir ao dia de Pentecostes – já o Espírito tinha sido derramado, mas eles pediram a Deus para o Espírito derramar-se com poder e milagres sobre eles.

Actos 4:29-31 "Agora, Senhor, olha para as suas ameaças e concede aos teus servos que anunciem com toda a intrepidez a tua palavra, 30 enquanto estendes a mão para fazer curas, sinais e prodígios por intermédio do nome do teu santo Servo Jesus. 31 Tendo eles orado, tremeu o lugar onde estavam reunidos; todos ficaram cheios do Espírito Santo e, com intrepidez, anunciavam a palavra de Deus."

Vemos no texto em cima, que Deus respondeu à oração e eles foram cheios de tal maneira do Espírito Santo, que o lugar onde estavam reunidos estremeceu e pregaram a Palavra com grande ousadia.Esta é uma experiência que os discípulos de hoje deviam fazer: orar por poder, para pregarem a palavra com ousadia, enquanto Deus estende a sua mão para fazer curas, sinais e prodígios.



FIM

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