segunda-feira, 2 de julho de 2007

3 - O Baptismo do Espírito Santo

Viriato Martins elaborou esta sebenta sobre a doutrina do Espírito Santo e dividiu-a em onze capítulos.

1. O Derramamento do Espírito Santo

2. O Convencimento do Espírito Santo

3. O Baptismo do Espírito Santo

4. O Enchimento do Espírito Santo

5. Os Dons e milagres do Espírito Santo

6. Os Ministérios do Espírito Santo

7. A Unção do Espírito Santo

8. As Línguas ou glossalia

9. A Cura Divina

10.Os Movimentos de Fé

11.O Reavivamento Divino

Muitas vezes, nesta questão das doutrinas do Espírito Santo, vigora mais a tradição de cada Igreja do que um estudo baseado unicamente na Bíblia. E todos pensam que é a sua tradição que está certa e a dos outros irmãos está errada!

Por essa razão, esta sebenta foi elaborada integralmente na base de textos bíblicos. Cerca de um terço da sebenta é a simples transcrição de textos bíblicos, expostos para apoiar os meus pontos de vista.

O Baptismo do Espírito Santo

A. O Baptismo segue-se ao derramamento e convencimento do Espírito
1. Baptismo do E.Santo é consequência do derramamento
2. É o Senhor Jesus que batiza com o Espírito Santo
3. As duas grandes operações do Batismo do Espírito Santo
4. Batismo do Espírito Santo e Batismo de Poder.
5. Cuidado ao analisar o dia de Pentecostes
6. O erro dos meios tradicionais e o dos meios pentecostais

B. As experiências que acompanham o Baptismo do Espírito Santo.
1. A recepção do Espírito
2. O novo nascimento
3. A lavagem e regeneração
4. O selo e o penhor do Espírito Santo
5. A Vida Eterna
6. A Justificação diante de Deus
7. A santificação e os frutos do Espírito Santo
8. A adopção na família de Deus
9. Membro do corpo de Cristo
10. A assistência e o apoio do Espírito Santo.
11. Satanás perde o poder decisivo e absoluto sobre o crente.
12. Nota importante sobre o Enchimento do Espírito Santo
13. O equipamento do Espirito Santo para o serviço.

C. A experiência dos discipulos em Samaria e de Joao.
1. Os discípulos em Samaria
2. Os discípulos de João Baptista

D. Alguns pontos importantes do Baptismo do Espírito
1. Não há sinais específicos no baptismo do Espírito.
2. O Espírito Santo igual no crente do AT como do NT
3. Apesar do baptismo do Espírito, o crente pode ser carnal
4. Apesar do baptismo, o crente pode entristecer o Espírito.
5. O baptismo do Espírito nunca perde o seu efeito salvador.


A. O Baptismo segue-se ao derramamento e convencimento do Espírito

1. Baptismo do E.Santo é consequência do derramamento

O Baptismo do Espírito Santo é uma consequência do derramamento do Espírito Santo.

Quando o Espírito Santo se derrama e convence alguém do pecado e da morte de Cristo em seu lugar, se a pessoa deixar-se convencer e aceitar a Jesus Cristo como seu Salvador pessoal é baptizada no Espírito Santo e mergulhada no corpo universal de Cristo.

Mateus 3:11 Eu vos baptizo com água, para arrependimento; mas aquele que vem depois de mim é mais poderoso do que eu, cujas sandálias não sou digno de levar. Ele vos batizará com o espírito Santo e com fogo.

João 1:32 E João testemunhou, dizendo: Vi o espírito descer do céu como pomba e pousar sobre ele. 33 Eu não o conhecia; aquele, porém, que me enviou a baptizar com água me disse: Aquele sobre quem vires descer e pousar o espírito, esse é o que baptiza com o Espírito Santo.

Actos 1:5 Porque João, na verdade, baptizou com água, mas vós sereis baptizados com o Espírito Santo, não muito depois destes dias.

I Corintios 12:13 Pois todos fomos batizados em um Espírito formando um corpo ... e todos temos bebido de um Espírito.

2. É o Senhor Jesus que batiza com o Espírito Santo

Podemos ver claramente pelas expressões em baixo, que de facto é o Senhor Jesus Cristo quem batiza com o Espírito Santo:

Mateus 3:11 "Ele vos batizará com o Espírito Santo e com fogo"

João 1:33 "Esse é o que baptiza com o Espírito Santo"

Actos 1:5 "Mas vós sereis baptizados com o Espírito Santo"

I Corintios 12:13 "fomos batizados em um Espírito"


Para evitar cairmos em certos erros é importante compreendermos em primeiro lugar que não é o Espírito Santo que batiza, mas é Jesus quem batiza com o Espírito Santo como vimos nos versículos em cima.

3. As duas grandes operações do Batismo do Espírito Santo

Se não quisermos cair em certos erros de doutrina cometidos tanto do lado tradicional, como do lado pentecostal, é necessário entendermos bem a operação do Espírito Santo no momento da conversão e as operações do Espírito Santo na vida dos crentes a seguir à conversão.

Por essa razão, temos que compreender o seguinte:

Em primeiro lugar o Batismo do Espírito Santo é efectuado no acto da conversão, lavando e regenerando o pecador  arrependido que colocou a fé em Cristo e através deste batismo ele é integrado (ou mergulhado) no corpo de Cristo.

Em segundo lugar depois da conversão o Espírito Santo opera o enchimento e concede plenitude e poder aos crentes, para terem ousadia na evangelização dos perdidos e sejam equipados através dos diferentes dons e ministérios que concede a cada segundo a Sua vontade, para a edificação do corpo de Cristo.

4. Batismo do Espírito e Batismo de Poder

Há muitos teológos que preferem não dizer "Batismo do Espírito Santo", mas sim "Batismo no Espírito Santo", pois dizem que não é o Espírito Santo que batiza, mas é Jesus quem batiza com o Espírito Santo, como já dissemos em cima.

No entanto, nós sabemos que há duas grandes operações efectuadas pelo Espírito Santo, a primeira operação está ligada à conversão e a segunda operação está ligada à fase seguinte, e inclui a edificação, santificação e equipamento dos crentes para o ministério.

Desta forma, eu prefiro chamar de Batismo do Espírito Santo à primeira operação no da conversão, quando o pecador arrependido é lavado e regenerado e integrado no corpo de Cristo. Mas há alguns que preferem chamar de Baptismo no Espírito Santo, pois de facto é Jesus quem batiza no Espírito Santo.

À segunda operação, que está ligada à continuação da acção do Espírito Santo na vida dos crentes, eu prefiro chamar de Batismo de Poder (alguns preferem chamar de Baptismo de Plenitude). 

Esta  segunda operação fala do acto de enchimento, equipamento e poder ou plenitude dada aos crentes para a evangelização e edificação do Corpo de Cristo; este Batismo de plenitude ou de enchimento e concessão de dons é também efectuado por Cristo.

Se ler o meu trabalho sobre a Unção do Espírito Santo ou no Espírito Santo, também poderiamos chamar a esta etapa de "Unção para vivermos a vida cristã de uma maneira santa e servirmos no Corpo Vivo de Cristo para o bem da evangelização do mundo e da expansão da Igreja".

Afinal os termos não são mais importantes do que a experiência.  Termos diferentes podem afinal estar a falar da mesma experiência.

O mais importante é saber que quando a pessoa aceita Cristo passa pela experiência da salvação (em que nasce de novo pelo Baptismo do ou no Espírito Santo, e esta dávida é eterna é para sempre, a pessoa está salva para sempre), e depois passa pela a experiência de deixar o Senhor Jesus edificar a sua vida através da operação do Espírito Santo que quer santificar, ungir, encher e dar dons e poder para a obra de evangelização e edificação da Igreja.

Há crentes e Igrejas que se deixam encher, ungir com o Espírito Santo mais do que outras, e isto depende de muitos factores que não vamos analisar aqui.

5. Cuidado ao analisar o dia de Pentecostes

Devemos ter um certo cuidado quando analisamos os versículos de Actos 2:1-4, que fazem referência à descida do Espírito Santo no dia de Penteostes. E porquê?

Actos 2:1 "Ao cumprir-se o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo lugar; 2 de repente, veio do céu um som, como de um vento impetuoso, e encheu toda a casa onde estavam assentados. 3 E apareceram, distribuídas entre eles, línguas, como de fogo, e pousou uma sobre cada um deles. 4 Todos ficaram cheios do Espírito Santo e passaram a falar em outras línguas, segundo o Espírito lhes concedia que falassem".

Porque a manifestação do Espírito Santo no dia do Pentecostes é uma interligação de diversas operações do Espírito Santo

De certeza absoluta que no derramamento no dia de Pentecostes (e de uma maneira geral em qualquer derramamento do Espírito Santo) , o Espírito Santo produziu diversas operações.

a. A primeira operação é o próprio derramamento do Espírito.

A Bíblia é clara no versículo em baixo:

Actos 2:18 "até sobre os meus servos e sobre as minhas servas derramarei do meu Espírito naqueles dias, e profetizarão".


b. A segunda operação é o convencimento do Espírito.

João 16:8 "Quando ele vier, convencerá o mundo do pecado, da justiça e do juízo: 9 do pecado, porque não crêem em mim; 10 da justiça, porque vou para o Pai, e não me vereis mais; 11 do juízo, porque o príncipe deste mundo já está julgado".


c. A terceira operação é a do Baptismo do Espírito.

Actos 2:38 "Respondeu-lhes Pedro: Arrependei-vos, e cada um de vós seja baptizado em nome de Jesus Cristo para remissão dos vossos pecados, e recebereis o dom do Espírito Santo".

Quando o Espírito Santo derramou-se no dia do Pentecostes, e os servos de Deus falaram línguas estrangeiras, testemunhando com ousadia de Jesus Cristo, os descrentes que os ouviram e colocaram a fé em Cristo, arrependendo-se dos seus pecados receberam o dom do Espírito Santo

"que é o baptismo do Espírito Santo" ou como alguns teólogos preferem dizer "baptismo no Espírito Santo", pois é Jesus quem batiza com o Espírito Santo.

O mesmo acontece hoje, se alguém ouvir o Evangelho e colocar a fé em Cristo, arrependendo-se dos seus pecados, recebe o dom do Espírito Santo, ou seja é batizado no Espírito Santo.

d. A quarta operação é o enchimento do Espírito

O Espírito Santo derrama-se não só para convencer e baptizar os que creiem em Jesus, mas também para enchê-los com poder, de forma  a que possam viver vidas santificadas e vitoriosas e sejam testemunhas ousadas do Evangelho.

A operação de enchimento dos crentes é acompanhada de ousadia e muitas vezes de operações poderosas e milagrosas em suas vidas e na vidas daqueles que os ouvem e crêm em Cristo.


e. A quinta operação é a plenitude de poder do Espírito

Eu creio que os sinais e milagres efectuados por Jesus, eram messiânicos e os efectuados pelos discípulos eram sinais ligados às testemunhas oculares de Cristo e que redigiram o Novo Testamento debaixo de uma inspiração absoluta de Deus.

Visto deste prisma, estes sinais foram únicos ligados à missão de Cristo e dos seus discípulos.

No entanto, tendo cuidado de ter isto em conta e não querer imitar o que Cristo e os discípulos fizeram, o Espírito Santo irá sempre operar com sinais e milgares sempre que a Igreja levar com ousadis o Evangelho até aos confins da Terra, obedecendo à ordem da Gande Comissão.

Actos 1:8 "mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até aos confins da terra".

Est poder é prometido para que as testemunhas de Cristo levem o Evangelho até aos confins da terra.

Tendo em conta o que foi dito em cima, nós devíamos ter a ousadia dos discípulos quando oraram em Actos 4:28-3, oração esta que foi seguida do seguinte acontecimento miraculoso:

Actos 4:28 "agora, Senhor, olha para as suas ameaças e concede aos teus servos que anunciem com toda a intrepidez a tua palavra, 30 enquanto estendes a mão para fazer curas, sinais e prodígios por intermédio do nome do teu santo Servo Jesus. 31 Tendo eles orado, tremeu o lugar onde estavam reunidos; todos ficaram cheios do Espírito Santo e, com intrepidez, anunciavam a palavra de Deus".

e. A sexta operação é o derramamento sobre a terra e as suas estruturas

As estruturas da terra são os mares, campos, aldeias, vilas, cidades, sociedades e nações etc

O Espírito Santo derrama-se sobre toda a terra e sociedades para abençoar ou para julgar. O Antigo Testamento revela muito claramente esta operação de Deus sobre toda a Terra e sociedades.

Podem ler sobre esta operação nos livros dos profetas. Eu faço alguma menção disto na secção sobre a Unção do Espírito Santo que pode ver no meu blog.

6. O erro dos meios tradicionais e dos meios pentecostais

Em primeiro devemos salientar que as operações de derramamento e de enchimento, continuaram a manifestar-se através do livro de Actos. Não terminaram no Pentecostes mas continuaram pela Igreja fora.

Actos 4:29 "Agora, Senhor, olha para as suas ameaças e concede aos teus servos que anunciem com toda a intrepidez a tua palavra, 30 enquanto estendes a mão para fazer curas, sinais e prodígios por intermédio do nome do teu santo Servo Jesus. 31 Tendo eles orado, tremeu o lugar onde estavam reunidos; todos ficaram cheios do Espírito Santo e, com intrepidez, anunciavam a palavra de Deus.

Da mesma forma a operação de receber o dom do Espírito Santo referido em Actos 2:38 continuou a manifestar-se no livro de Actos e pela Igreja fora, pois sempre que alguém aceita o Senhor Jesus Cristo, recebe automaticamente o dom do Espírito Santo - "é baptizado no Espírito Santo".


a. Esclarecimento aos meios mais conservadores

Vejamos o esclarecimento ao meio tradicional:

A experiência do Pentecostes não é a experiência do baptismo do Espírito Santo. Os discípulos e povos que tinham vindo visitar Jerusalém para aquela grande Festa, assistiram no dia de Pentecostes a um derramamento do Espírito Santo, que já tinha sido prometido por Deus através do profeta Joel.

Actos 2:17 (Pedro cita Joel) "que do meu Espírito derramarei sobre toda a carne".

"sobre toda a carne", este derramamento foi dado para atingir uma escala universal, era tanto para os Judeus, Samaritanos como para todos os povos da terra. As línguas estrangeiras faladas durante aqueles dias, foram um símbolo ou sinal que o derramamento iria ter uma escala universal.

O objectivo do derramamento na altura do Pentecostes foi dar início à Igreja - o Corpo de Cristo. No entanto, este derramamento não terminou no dia do Pentecostes, mas continuou e continuará até o Evangelho ser pregado em todo o mundo até que todos os redimidos sejam congregados no corpo de Cristo - a Assembleia Universal dos Santos, que a Bíblia chama de Igreja.

O Pentecostes, não é pois o baptismo do Espírito Santo é um derramamento do Espírito Santo que continua pela Igreja a fora.

Devemos ter isto bem em mente.

O baptismo do Espírito Santo é uma outra operação, ou seja é uma das muitas consequências deste derramamento que teve o seu início no dia de Pentecostes.

"O baptismo do Espírito Santo fala exclusivamente da recepção do Espírito Santo pela pessoa que aceita a Jesus Cristo e se arrepende dos seus pecados".

A grande diferença entre o derramamento pentecostal e qualquer outro derramento antigo no Antigo Testamento, está na frase “derramarei sobre toda a carne”. O derramamento pentecostal, foi um derramamento universal, produzindo o baptismo do Espírito Santo a uma escala universal também.


b. Esclarecimento aos meios pentecostais

Vejamos agora o esclarecimento ao meio pentecostal e carismático: a experiência do Pentecostes não é a experiência do baptismo do Espírito Santo, mas sim um derramamento do Espírito Santo.

"O meio pentecostal e carismático como deduz que o derramamento do Pentecostes é o baptismo do Espírito Santo, ensina a teoria da segunda bênção".

Esta teoria diz que os crentes depois de terem aceite Jesus Cristo devem ser a seguir baptizados pelo Espírito Santo, tal como foram baptizados os discípulos no dia do Pentecostes, "acompanhado do dom de línguas".

Eles dividem isto em duas operações ou em duas bençãos distintas.

Na primeira operação ou benção a pessoa recebe a Cristo. Na segunda operação ou benção a pessoa recebe o Espírto Santo, e o sinal desta recepção são as línguas.

É um grande erro na interpretação das Escrituras.

Os discípulos não foram baptizados no Espírito Santo no dia do Pentecostes. Os discípulos já eram crentes no dia do Pentecostes, nascidos de novo. Eles não eram menos crentes que Abraão e David e Moisés e João Batista. O Espírito de Deus sempre esteve em acção na vida dos seus servos do Antigo Testamento.

Vemos isto em todo o Antigo Testamento e nos Evangelhos. É impossível ser-se crente a não ser através de uma operação do Espírito de Deus.

Se no Antigo Testamento os homens e mulheres de Deus não beneficiassem de qualquer modo que fosse, de uma operação sobrenatural do Espírito de Deus em suas vidas, deveríamos excluir Hebreus 11 que fala da Fé desses crentes.

A palavra que aparece mais vezes em Hebreus 11 é "pela Fé" ... referindo-se aos crentes antigos.

Agora, é um facto que a descida do Espírito Santo iria trazer uma nova era, uma nova dimensão da operação do Espírito Santo sobre os homens e a terra.

Primeiro, veio trazer uma dimensão a nível universal, e não só a nível da nação Judaica.

Segundo, veio trazer uma nova dimensão a nível da Unção.

Veio trazer uma unção não só sobre os sacerdotes levitas, sobre os reis e os profetas judeus, mas a nível de todos os crentes, capacitando-os a serem equipados com dons, visão e poder, para poderem desempenhar os seus ministérios na Igreja, que estava a começar, e iriam ser comissionados a irem pregar o Evangelho a toda a criatura.

Foi esta unção de plenitude e de poder que os discípulos conheceram no dia de Pentecostes. Eles não se converteram no dia do Pentecostes, ele foram cheios desta unção de carácter universal que o Espírito Santo veio trazer a toda a terra.

"Eles não receberam nenhuma segunda bênção nesse dia". Eles eram crentes, certamente já habitados por Deus, pelo Espírito, pois é impossível ser-se crente, sem ser-se habitado por Deus, mas foram cheios do Espírito Santo para dar início a uma nova era na operação do Espírito de Deus sobre os homens e a terra.

Portanto, a teoria da segunda bênção, como sendo o baptismo do Espírito Santo, não existe. Esta doutrina surgiu do facto de não se conhecer bem a natureza da experiência do Pentecostes, conferindo-lhe uma incorrecta designação, ou seja, de baptismo do Espírito Santo, quando é um derramamento do Espírito Santo.

Os carismáticos mais radicais passam o tempo a desafiar as pessoas a receberem esta segunda benção, como se na Igreja houvessem crentes de 1ª classe – os que receberam o baptismo do Espírito Santo, e os de 2ª classe – os que ainda não receberam o baptismo do Espírito Santo.

O dom do Espírito Santo, recebido por todas as pessoas na altura da sua conversão, é o único baptismo do Espírito Santo que a Bíblia ensina, como podemos ler em baixo:

Actos 2:37 "E ouvindo eles isto, emocionaram-se em seu coração, e perguntaram a Pedro e aos demais apóstolos: que faremos varões irmãos? 38 Respondeu-lhes Pedro: Arrependei-vos, e cada um de vós seja baptizado em nome de Jesus Cristo para remissão dos vossos pecados, e recebereis o dom do Espírito Santo".

Se queremos desafiar as pessoas, desafiemo-las a procurarem mais enchimento, mais plenitude, mais unção, mais poder, mais dons, mais visão, mais outras operações que o Espírito Santo quer operar no meio da Igreja e do nosso mundo.

A título de explicar e separar as duas operações, poderemos chamar:

O Baptismo do Espírito Santo - dado a todos os crente no acto da conversão.

O Baptismo no Espírito Santo - acto do Espírito Santo ungir, encher, equipar, derramar poder sobre os crentes para pregarem o Evangelho e edificarem a Igreja de Cristo.


c. As experiências que seguem o Baptismo do Espírito Santo

O baptismo do Espírito Santo é acompanhado de diversas experiências que acontecem na vida do baptizado e que são irreversíveis. São irreversíveis, "porque alguém que é baptizado no Espírito Santo, nunca perde mais o efeito salvador deste baptismo. Portanto, o crente nunca perde a salvação".

O crente pode é nunca chegar a participar de toda a plenitude que Deus lhe quer dar, como do enchimento do Espírito ou de outras manifestações que estamos a ver nestes estudos sobre o Espírito Santo.

As experiências que acompanham o baptismo do Espírito Santo acontecem uma única vez e para sempre na vida da pessoa que as recebe. Portanto, a pessoa que recebe o baptismo do Espírito Santo, não pode perder esta salvação bendita e eterna baseada exclusivamente na obra e nos méritos de Cristo.

Vamos ver então as experiências que se seguem na vida de uma pessoa que se converte e recebe o Baptismo do Espírito Santo:

B. As experiências que se seguem ao Baptismo do Espírito Santo

1. A recepção do Espírito

2. O novo nascimento

3. A lavagem e regeneração

4. O selo e o penhor do Espírito Santo

5. A Vida Eterna

6. A Justificação diante de Deus

7. A santificação e os frutos do Espírito Santo

8. A adopção na família de Deus

9. Membro do corpo de Cristo

10. A assistência e o apoio do Espírito Santo

11. Satanás perde o poder decisivo e absoluto sobre o crente.

12. Nota importante sobre o Enchimento do Espírito Santo

13. O Espírito Santo equipa a Igreja.

1. A recepção do Espírito Santo

O Baptismo do Espírito Santo é acompanhado da recepção do Espírito. A pessoa recebe o Espírito logo que crê em Jesus Cristo.

João 7:39 Isto Ele disse com respeito ao espírito que haviam de receber os que nele cressem; pois o Espírito até aquele momento não fora dado, porque Jesus não havia sido ainda glorificado.

João 14:17 o espírito da verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê, nem o conhece; vós o conheceis, porque ele habita convosco e estará em vós.

I Coríntios 3:16 Não sabeis que sois santuário de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós? Se alguém destruir o santuário de Deus, Deus o destruirá; porque o santuário de Deus, que sois vós, é sagrado.

2. O novo nascimento

João 1:12 Mas a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus 13 Os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus.

João 3:5 Respondeu Jesus: Em verdade, em verdade te digo: quem não nascer da água e do espírito não pode entrar no reino de Deus. 6 O que é nascido da carne é carne; e o que é nascido do espírito é espírito 8 O vento sopra onde quer, ouves a sua voz, mas não sabes donde vem, nem para onde vai; assim é todo o que é nascido do espírito.

Ao receber o espírito o crente nasce espiritualmente.

3. A lavagem e regeneração

Não pode haver novo nascimento se a pessoa não for lavada interiormente pelo Espírito Santo. Esta operação de lavagem e purificação chama-se regeneração.

Tito 3:5 não por obras de justiça praticadas por nós, mas segundo sua misericórdia, ele nos salvou mediante o lavar regenerador e renovador do espírito Santo.

Esta lavagem não é a santificação que inclui a lavagem ou regeneração da alma e do corpo. É a lavagem do nosso espírito, afim de restabelecermos a comunhão com Deus.

João 13:8 Disse-lhe Pedro: Nunca me lavarás os pés. Respondeu-lhe Jesus Se eu não te lavar, não tens parte comigo. 9 Então, Pedro lhe pediu: Senhor, não somente os pés, mas também as mãos e a cabeça. 10 Declarou-lhe Jesus: Quem já se banhou não necessita de lavar senão os pés; quanto ao mais, está todo limpo. Ora, vós estais limpos, mas não todos.

4. O selo e o penhor do Espírito Santo

O crente é selado pelo Espírito, podendo ter a certeza da sua salvação, pois este selo é uma garantia que somos filhos de Deus.

O penhor fala de uma pequena amostra da gloriosa herança que um dia iremos receber como filhos de Deus que somos, penhor este que o Espírito Santo coloca em nós quando cremos em Cristo.

II. Coríntios 5:5 Ora, foi o próprio Deus quem nos preparou para isto, outorgando-nos o penhor do espírito.

Efésios 1:13 em quem também vós, depois que ouvistes o evangelho da vossa salvação, tendo nele também crido, fostes selados com o Santo Espírito da promessa; 14 o qual é o penhor da nossa herança, até ao resgate da sua propriedade,

Efésios 4:30 E não entristeçais o Espírito de Deus, no qual fostes selados para o dia da redenção.

5. A Vida Eterna

Quando alguém crê sinceramente em Jesus Cristo e é baptizado pelo Espírito Santo, recebe a Vida Eterna.

João 3:16 Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigénito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.

João 5:24 Em verdade, em verdade vos digo: quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou tem a vida eterna, não entra em juízo, mas passou da morte para a vida.

João 6:47 Em verdade, em verdade vos digo: quem crê em mim tem a vida eterna.

João 10:28 Eu lhes dou a vida eterna; jamais perecerão, e ninguém as arrebatará da minha mão.

Romanos 6:23 porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor.

I João 5:11 E o testemunho é este: que Deus nos deu a vida eterna; e esta vida está no seu Filho. 13 Estas coisas vos escrevi, a fim de saberdes que tendes a vida eterna, a vós outros que credes em o nome do Filho de Deus.

A Vida Eterna é uma dádiva exclusiva da graça de Deus, que é recebida através da fé em Jesus Cristo.

Efésios 2:8 Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus; 9 não de obras, para que ninguém se glorie.

Tito 3:7 a fim de que, justificados por graça, nos tornemos seus herdeiros, segundo a esperança da vida eterna.

6. A Justificação diante de Deus


Pergunta: "O que é justificação?"Para colocar de forma simples, justificar significa declarar justo; fazer alguém justo diante de Deus. Justificação é quando Deus declara justo todo aquele que recebe a Cristo, baseado na justiça de Cristo sendo debitada às contas daqueles que O recebem. Apesar de que podemos achar justificação como um princípio por todas as Escrituras, a passagem principal que descreve justificação em relação aos crentes é Romanos 3:21-26:

"Mas agora, sem lei, se manifestou a justiça de Deus testemunhada pela lei e pelos profetas; justiça de Deus mediante a fé em Jesus Cristo, para todos {e sobre todos} os que crêem; porque não há distinção, pois todos pecaram e carecem da glória de Deus, sendo justificados gratuitamente, por sua graça, mediante a redenção que há em Cristo Jesus, a quem Deus propôs, no seu sangue, como propiciação, mediante a fé, para manifestar a sua justiça, por ter Deus, na sua tolerância, deixado impunes os pecados anteriormente cometidos; tendo em vista a manifestação da sua justiça no tempo presente, para ele mesmo ser justo e o justificador daquele que tem fé em Jesus."

Somos justificados (declarados justos) no momento de nossa salvação. Justificação não nos faz justos, mas declara nossa justiça. Nossa justiça vem de colocarmos nossa fé no trabalho completo de Jesus Cristo. Seu sacrifício cobre o nosso pecado, permitindo com que Deus nos veja como perfeitos e sem qualquer mancha. Por causa do fato de que como crentes estamos em Cristo, Deus vê a justiça de Cristo quando Ele olha para nós. Isso alcança as exigências de Deus para perfeição; portanto, Ele nos declara justos – Ele nos justifica.

Romanos 5:18-19 resume esse conceito muito bem: "Pois assim como, por uma só ofensa, veio o juízo sobre todos os homens para condenação, assim também, por um só ato de justiça, veio a graça sobre todos os homens para a justificação que dá vida. Porque, como, pela desobediência de um só homem, muitos se tornaram pecadores, assim também, por meio da obediência de um só, muitos se tornarão justos." Por que esse pronunciamento de justiça é tão importante? "Justificados, pois, mediante a fé, temos paz com Deus por meio de nosso Senhor Jesus Cristo" (Romanos 5:1). É por causa da justificação que a paz de Deus pode governar em nossas vidas. É por causa do FATO de justificação que crentes podem ter a garantia de salvação. É o FATO de justificação que deixa Deus começar o processo de santificação – o processo pelo qual Deus torna realidade em nossas vidas a posição que já ocupamos em Cristo.

Este ponto 6. foi tirado do gotquestions 

http://www.gotquestions.org/Portugues/justificacao.html#ixzz3BEYidiRG

7. A santificação e os frutos do Espírito Santo

Quando o Espírito Santo baptiza uma pessoa, esta recebe o Espírito, nasce de novo e é selada; a partir daí o Espírito começa a operar nela a obra de santificação. A obra de santificação inclui a conversão da vida passada, em que gradualmente a pessoa decide abandonar os hábitos pecaminosos antigos e começa a conhecer e a crescer no fruto do Espírito Santo. Ao mesmo tempo, esta pessoa, já crente, integra-se gradualmente numa Igreja local até tornar-se um membro efectivo na Igreja – corpo vivo de Cristo.


Romanos 6:19 Falo como homem, por causa da fraqueza da vossa carne. Assim como oferecestes os vossos membros para a escravidão da impureza e da maldade para a maldade, assim oferecei, agora, os vossos membros para servirem à justiça para a santificação. 22 Agora, porém, libertados do pecado, transformados em servos de Deus, tendes o vosso fruto para a santificação e, por fim, a vida eterna;

Gálatas 5:22 Mas o fruto do espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade,

I Tessalonicenses 4:3 Pois esta é a vontade de Deus: a vossa santificação, que vos separeis da prostituição; 4 que cada um de vós saiba possuir o próprio corpo em santificação e honra, 7 porquanto Deus não nos chamou para a impureza, e sim para a santificação.

I Tessalonicenses 5:23 O mesmo Deus da paz vos santifique em tudo; e o vosso espírito, alma e corpo sejam conservados íntegros e irrepreensíveis na vinda de nosso Senhor Jesus Cristo.

8. A adopção na família de Deus

No meio desta sucessão de experiências que se seguem ao baptismo do Espírito Santo, a pessoa recebe a revelação que foi adoptada na família de Deus. Desta forma, o Espírito Santo testemunha ao seu espírito que ela é um filho de Deus, dando-lhe a garantia da paternidade de Deus, por isso ela pode dizer: Aba, Pai.

Romanos 8:14 Pois todos os que são guiados pelo espírito de Deus são filhos de Deus. 15 Porque não recebestes o espírito de escravidão, para viverdes, outra vez, atemorizados, mas recebestes o espírito de adopção, baseados no qual clamamos: Aba, Pai. 16 O próprio espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus.

9. Membro do corpo de Cristo

Quando alguém aceita Jesus Cristo e como consequência é baptizado pelo Espírito Santo, é desde logo imergido pelo Espírito Santo no corpo místico de Cristo – a Igreja Universal.

Um crente pode não tornar-se logo membro de uma Igreja Local, mas ao beber do Espírito torna-se imediatamente um membro do corpo de Cristo – a Igreja Universal.


I Coríntios 12:13 Pois, em um só Espírito, todos nós fomos baptizados em um corpo, quer judeus, quer gregos, quer escravos, quer livres. E a todos nós foi dado beber de um só Espírito.


10. A assistência e o apoio do Espírito Santo


Deus sabe que o convertido é uma pessoa cheia de temores e fraquezas e que precisa do apoio do Espírito Santo para poder avançar na vida cristã e conhecer a vontade de Deus em tudo.


Romanos 8:26 Também o espírito, semelhantemente, nos assiste em nossa fraqueza; porque não sabemos orar como convém, mas o mesmo Espírito intercede por nós sobremaneira, com gemidos inexprimíveis.


11. Satanás perde o poder decisivo e absoluto sobre o crente.

Colossences 2:14-16 Havendo riscado a cédula que era contra nós nas suas ordenanças, a qual de alguma maneira nos era contrária, e a tirou do meio de nós, cravando-a na cruz. E, despojando os principados e potestades, os expôs publicamente e deles triunfou em si mesmo.



O texto em analise começa nos dizendo que Jesus Cristo riscou a cédula de dívida que era contra nós.
Que dívida era essa que havia contra nós?
A dívida era o nosso pecado, e jamais poderíamos pagá-la.
A expressão riscar, no original grego é o mesmo que apagar, limpar (expressões semelhantes às utilizadas nos seguintes textos Apocalipse 7.17; 21.4).
Então, foi exatamente isso que Jesus fez, apagou, limpou, riscou a nossa cédula de dívida. Passou uma esponja e não deixou mais nenhum resquício.
Prosseguindo nossa analise, observamos que a “cédula era contra nós”.
Esta cédula era a Lei. Toda a Lei de Moisés era contra nós.
A Lei não previa redenção – Só condenação.
Como a Lei era contra nós, pois por ela jamais alcançaríamos a salvação, o Senhor Jesus a “tirou do meio de nós”. Aleluia! Para que não permanecêssemos debaixo de sua maldição.
E cravou-a na cruz. Aleluia!
Isto mesmo.
Jesus Cristo cravou a nossa cédula de divida que era a Lei na cruz do Calvário.
O Senhor Jesus Cristo crucificou aquilo que nos trazia culpa, condenação e morte. (Romanos 3.19,20; 6.23; 8.2,3; 2 Coríntios 3.4-11; Efésios 2.14-16).
Mas o texto sagrado nos diz ainda que o Senhor “despojou principados e potestades”. Aleluia!
Despojar é o mesmo que privar da posse, tirar à força.
Jesus venceu uma grande batalha, travada na cruz do Calvário, e, então, Ele tendo sido vencedor, despojou o Diabo com todas as suas potestades, tirando-nos a força das suas garras malignas. Dessa forma o Diabo foi despojado do poder que tinha que pela transgressão da Lei, acusar, condenar e matar o homem por meio do pecado. Aleluia!

O Diabo ainda pode tentar os crentes, mas já não tem poder decisivo e absoluto sobre o crentes, como antes de serem crentes, pois este poder lhe foi tirado pela obra de Cristo na cruz.
12. Nota Importante Sobre o Enchimento do Espirito Santo

Efésios 5:18 E não vos embriagueis com vinho, no qual há dissolução, mas enchei-vos do Espírito.


O Batismo do Espírito Santo e o enchimento do Espírito Santo são duas operações distintas.

Todas as pessoas ao converterem-se recebem o Batismo do Espírito Santo e somente depois começam a buscar o Enchimento do Espírito, mas o enchimento devia ser consequentemente o desejo do crente, logo após ao Batismo do Espirito Santo. 

Claro que, como todas as doutrinas, o enchimento deve ser ensinado aos crentes e desta forma estes sabendo desta operação serão encorajados a buscar o enchimento no seu dia a dia.


Há certas conversões em que a pessoa ao converter-se, recebendo o Batismo do Espírito Santo pode ter uma experiência de Enchimento muito forte

Pode ser o caso de pessoas que sofrem das drogas, álcool, prostituição e outros problemas graves, em que a pessoa tem necessidade de uma operação de libertação muito grande no momento da conversão, e o Espírito Santo tenha que enchê-la de uma maneira especial para que esta libertação tenha lugar na vida da pessoa.

Para que a pessoa logo desde o início da conversão possa dizer NÃO a tal adição.

Mas, basicamente falando, as operações do Batismo do Espírito e do Enchimento do Espírito são duas operações distintas. 

Os crentes batizados pelo Espírito Santo devem buscar diariamente o enchimento do Espírito

Procurar ser cheio do Espírito Santo é um imperativo da Palavra de Deus imposto aos crentes e às Igrejas.

Efésios 5:18 E não vos embriagueis com vinho, no qual há dissolução, mas enchei-vos do Espírito.

Antes de começar a falar naquilo que acho que o imperativo "enchei-vos do Espírito" que dizer, deixem-me o que isto não quer dizer.

Em primeiro lugar, Paulo não está a dizer que os crentes devem encher-se de algo que não têm. Todos os crentes têm o Espírito Santo, que receberam no momento da conversão. Paulo está sim a dizer que os crentes devem deixar-se encher pelo Espírito Santo que já têm. Por outros palavras, os crentes devem deixar o Espírito Santo que já habita neles, tomar cada vez mais posse das suas vidas, enchê-los e levá-los de plenitude em plenitude.

Em segundo lugar, Paulo não está a dizer com isso que os crentes devem ser batizados pelo Espírito Santo. Pois todos os crentes foram batizados no momento da conversão. Paulo está a dizer simplesmente que eles devem "encher-se do Espírito" que já habita neles, pois os batizou no momento da conversão.

"Os crentes devem buscar o enchimento do Espírito Santo, sem cessar, e devem criar tempo e condições para que isto se torne possível no seu tempo a sós com Deus, nos cultos da Igreja e outras actividades espirituais".

Veja em baixo o meu post sobre o Enchimento do Espírito Santo.


  • 4 - Enchimento do Espírito Santo

  • 13.  O Espírito Santo Equipa a Igreja

  • Nos tempos do Velho Testamento o Espírito equipou indivíduos para várias 
  • tarefas: juízes para julgar (Juízes 6.34); reis para governar (1 Sam. 10.9-10); 
  • profetas para profetizar (Ezequiel 2.2); Bezalel construiu o Tabernáculo (Ex. 
  • 31.3

  • No Novo Testamento o Espírito é dado à Igreja, e Ele equipa crentes 
  • individualmente para sua função dentro do grupo. A Igreja toda é comparada a 
  • um corpo e os indivíduos são membros ou partes diferentes deste corpo. 

  • O Espírito (1Cor 12.11) assegura que a Igreja está plenamente equipada para 
  • sua tarefa. Os dons extraordinários e miraculosos dados aos Apóstolos para 
  • eles cumprirem a sua missão apostólica passaram, mas O Espirito 
  • Santo continua a dar os dons e e quipa os crentes com tudo o que for 
  • necessário para o bem da Igreja e de um evangelismo de sucesso eficaz.

  • Paulo nos diz que Cristo, tendo ascendido aos céus, "deu uns para apóstolos; e 
  • outros para profetas; e outros, como evangelistas; e outros, como pastores e 
  • mestres; para o aperfeiçoamento dos santos, para o trabalho do ministério, 
  • para a edificação do corpo de Cristo" (Ef 4.11-12). 

  • Ele fez isso dando o Seu Espírito no dia de pentecostes. O Espírito dá aos 
  • crentes os dons necessários, que eles precisam para cumprir o papel vital 
  • dentro do corpo.

C. Os discipulos de Samaria e os discipulos de João


No entanto, temos que considerar duas excepções do baptismo do Espírito Santo à regra bíblica e é que iremos ver agora:

1. Os discípulos em Samaria


Atos 8:14 "Ouvindo os apóstolos, que estavam em Jerusalém, que Samaria recebera a palavra de Deus, enviaram-lhe Pedro e João; 15 os quais, descendo para lá, oraram por eles para que recebessem o Espírito Santo; 16 porquanto não havia ainda descido sobre nenhum deles, mas somente haviam sido baptizados em o nome do Senhor Jesus. 17 Então, lhes impunham as mãos, e recebiam estes o Espírito Santo.

2. Os discípulos de João Baptista

Atos 19:2 "perguntou-lhes: Recebestes, porventura, o Espírito Santo quando crestes? Ao que lhe responderam: Pelo contrário, nem mesmo ouvimos que existe o Espírito Santo. 6 E, impondo-lhes Paulo as mãos, veio sobre eles o Espírito Santo; e tanto falavam em línguas como profetizavam".

Nestas duas passagens uma coisa está clara é que o Espírito Santo foi dado pela imposição das mãos a pessoas que já criam na Palavra, pois os textos de 8:14 e 19:2 levam a crer que eles já eram crentes.

8:14 "que Samaria recebera a palavra de Deus"

19:5 "quando crestes?"

Nós vemos também que Apolo era um discipulo de João, era certamente um crente já habitado pelo Espirito de Deus, pois testemunhava poderosamente do Cristo das Escrituras, na base das Escrituras Antigas.

Atos 18:24 Nesse meio tempo, chegou a Éfeso um judeu, natural de Alexandria, chamado Apolo, homem eloqüente e poderoso nas Escrituras. 25 Era ele instruído no caminho do Senhor; e, sendo fervoroso de espírito, falava e ensinava com precisão a respeito de Jesus, conhecendo apenas o batismo de João. 26 Ele, pois, começou a falar ousadamente na sinagoga. Ouvindo-o, porém, Priscila e Áqüila, tomaram-no consigo e, com mais exatidão, lhe expuseram o caminho de Deus.

Portanto, tanto os discipulos de Samaria, como os discipulos de João e Apolo que também foi batizado por João, eram verdadeiros crentes, por isso, seja-nos difícil de compreender ou não, eles tinham que ter já recebido o Espirito de Deus e terem sido regenerados.

De que Batismo falava então Paulo, quando perguntou: "recebeste o Espirito Santo, quando crestes?"

Paulo só podia estar a falar do Batismo de Poder, prometido aos discipulos, quando Jesus lhes disse: "e destas coisas sois vós testemunhas. Ficai porém na cidade, até que do alto sejais revestidos de poder" Lucas 24:48-49 Ver Atos 1:8

Apolo era crente, mas no entanto só conhecia o baptismo de João, Paulo falava com os discipulos de João, que eram crentes, e ao impôr-lhes as mãos, o Poder do Espirito Santo desceu sobre eles como no dia do Pentecostes, e, por isso, falaram linguas e profetizaram.

Os discipulos impuseram as mãos aos crentes de Samaria, e o poder do Espirito Santo desceu sobre eles, como no dia do pentecostes.

Atos 11:15 "E, quando comecei a falar, caiu sobre eles o Espírito Santo, como também sobre nós ao princípio"

Jesus falava aos discipulos, crentes, quando prometeu-lhes o Poder do alto para Evangelizarem o mundo. E, disse-lhes para eles não evangelizarem sem primeiro terem recebido este Poder do Alto.

A Biblia não se contradiz a si mesma. Uma coisa é a recepção do Espirito Santo, que é o Batismo do Espirito Santo. Outra coisa é o Batismo de Poder do Espirito Santo (podemos chamar de plenitude, unção ou enchimento etc) prometido para Evangelizar o mundo e que normalmente é acompanhado de sinais, prodigios, milagres e maravilhas.

Todos os crentes são habitados pelo Espirito Santo, quando creiem. Mas só serão batizados pelo Poder do Espirito Santo aqueles que quiserem receber o chamado de Deus, para levarem a peito a Evangelização do Mundo. Estes receberão o poder do Espírito Santo, e conhecerão sinais, milagres e maravilhas a acompanharem a Proclamação do Evangelho, efectuados no Poder do Espirito.

Embora seja difícil anular todas as contradições em que caímos quando queremos analisar a descida do Espírito Santo no dia de Pentecostes e mais tarde sobre os samaritanos e os discipulos, estes casos dos discipulos de Joao e de Samaria e Apolo, não deviam permitir a introdução dos seguintes erros:


a. Erros vindos do lado tradicional:

Que dizem que a experiência do Pentecostes é o Baptismo universal dos crentes, primeiro dos judeus e a seguir dos samaritanos e depois dos gentios.

Os tradicionais mais radicais chegam a dizer que o Espírito Santo baptizou toda a Igreja no dia do Pentecostes. Neste dia a Igreja recebeu tudo o que precisa receber. Este ensino induz a Igreja a cair na passividade e ignorar as poderosas operações de poder do Espírito Santo que se seguem ao Baptismo do Espírito Santo.

Depois da experiência inicial da habitação do Espírito Santo, há muitas outras experiências que se seguem, experiências poderosas e profundas que o crente pode conhecer se as buscar.

O Espírito Santo não termina a sua obra no crente com a obra inicial do baptismo do Espírito Santo. Esta experiência é só o princípio da vida cristã. Ele quer continuar e encher os discipulos de Poder, equipar com dons, alguns miraculosos, para poderem levar a cabo a tarefa da Grande Comissão de Cristo no mundo.


b. Erros tais como do lado pentecostal/carismático

Ou então o erro de dizer que o Baptismo do Espírito Santo é uma experiência aparte da conversão e citar estes dois casos. Daí se chamar erradamente ao Baptismo do Espírito Santo de 2ª bênção.

Não é assim, pois vemos que o Baptismo do Espírito Santo e as suas, pelo menos, "9 experiências" seguem-se automaticamente à conversão da pessoa a Jesus Cristo.

É por esta razão que tenho vindo a distinguir as operações do Espírito Santo da seguinte maneira:

O Baptismo do Espírito Santo - dado no acto da regeneração, justifcação, salvação e a imersão no Corpo de Cristo. Apolo, os discipulos de João, os discipulos de Samaria e os discipulos de Cristo conheciam este Batismo.

O Baptismo no Espírito Santo - dado para os dicipulos receberem poder, dons e todo equipamento necessário para evangelizarem o mundo e edificarem a Igreja - o Corpo Vivo de Cristo.

Eu acho que foi foi este Batismo de Plenitude e de Poder no Espirito Santo que os discipulos de Cristo receberam em Atos 2 e que os discipulos de Samaria e de João e Apolo receberam em Atos 8:19 e 19:1-6


D. Alguns pontos importantes sobre o Baptismo do Espírito Santo

Mas devemos esclarecer ainda alguns pontos importantes sobre o baptismo do Espírito Santo.

1. Não há sinais específicos no baptismo do Espírito Santo

Alguns ensinam que deve haver sinais específicos a acompanhar o Baptismo do Espírito Santo. Isto porque, como já foi referido, fazem confusão entre baptismo e derramamento e enchimento do Espírito. Ensinam que o "dom de línguas" é um sinal específico que acompanha sempre o baptismo do Espírito Santo.

As únicas experiências que acompanham sempre o baptismo do Espírito Santo são as 9 experiências em cima nomeadas: "recepção do Espírito, novo nascimento, lavagem ou regeneração, adopção divina, vida eterna, santificação e os frutos do Espírito, membro do corpo de Cristo e receber a assistência espiritual do Espírito Santo".

É claro que, estas experiências, sendo a consequência do Baptismo do Espírito Santo, podem ser acompanhadas de sinais exteriores e até de natureza miraculosa. Não podemos esquecer que a pessoa ao ser baptizada pelo Espírito Santo, recebe o Espírito e coisas extraordinárias podem acontecer durante esta recepção espiritual!

Mas, também, pode não acontecer nada de exterior e de extraordinário durante o Baptismo do Espírito Santo, excepto as nove experiências que já vimos em cima, que aparentemente não têm nada de miraculoso!

No entanto, é diferente quando há um derramamento ou enchimento de plenitude e poder espiritual, pois a probabilidade de haver sinais exteriores é maior do que durante o baptismo do Espírito Santo, e alguns destes sinais podem ser manifestamente miraculosos.

O dom de línguas até poderá ser um destes sinais, isto se acreditarmos neste dom, da forma como ensinam nas Igrejas pentecostais e carismáticas, mas não é o sinal que acompanha sempre tais experiências. Há muitas outras manifestações e sinais, sem ser o dom de línguas, que acompanham um verdadeiro derramamento ou enchimento de plenitude e poder do Espírito Santo.

2. Espírito Santo opera igual no crente do AT como do NT

Alguns dizem que a obra que o Espírito fazia no A.T. no coração das pessoas, é diferente à obra que faz no N.T. no coração das pessoas.

Dizem que o Espírito Santo podia abandonar os crentes no A.T. mas já não pode abandoná-los no N.T. porque beneficiam de uma obra de regeneração completa, pois o Senhor Jesus já foi crucificado.

"Isto é muito relativo, não há nada na Bíblia que apoie esta ideia".

Que base bíblica temos para dizer que o crente do Antigo Testamento ao receber o Espírito Santo, não beneficiava "da mesma obra de regeneração em seu coração", como acontece com os crentes do Novo Testamento?


a. Alguns tomam como exemplo Saul.

I Samuel 18:12 Saul temia a Davi, porque o SENHOR era com este e se tinha retirado de Saul.

É claro que quando Samuel ungiu Davi, a Unção para governar, repousou sobre Davi. Logo, como Saul deixou de ser rei, não precisava mais desta Unção. A Unção passou para o novo rei.

I Samuel 16:13 Tomou Samuel o chifre do azeite e o ungiu no meio de seus irmãos; e, daquele dia em diante, o Espírito do SENHOR se apossou de Davi.

Portanto, estes textos não falam da obra de regeneração no coração deles, mas falam da Unção que repousou sobre eles para governar.

Esta Unção dada para desempenhar um ministério é que pode ser retirada ou perdida, mas não a obra de regeneração no coração! Esta obra no coração do regenerado nunca se perde.


b. Outros, podem citar Sansão

Juízes 16:19 Então, Dalila fez dormir Sansão nos joelhos dela e, tendo chamado um homem, mandou rapar-lhe as sete tranças da cabeça; passou ela a subjugá-lo; e retirou-se dele a sua força.

Juízes 16:20 E disse ela: Os filisteus vêm sobre ti, Sansão! Tendo ele despertado do seu sono, disse consigo mesmo: Sairei ainda esta vez como dantes e me livrarei; porque ele não sabia ainda que já o SENHOR se tinha retirado dele.

Mas é exactamente a mesma coisa que aconteceu a Saul, Deus retirou a Unção que concedia aquela força a Sansão. Mais tarde Deus ungiu-o de novo e ele fez o templo cair sobre os filisteus.

A passagem está a falar da força de Sansão que lhe foi retirada. Não está a falar da obra de regeneração que Deus eventualmente fez no coração de Sansão e quem sabe de Saul.


c. Davi é também referido como ter perdido o Espírito

Também falam de Davi, mas apesar dos pecados graves que ele cometeu, os Salmos 32 e 51 dão a entender que Davi não perdeu a salvação.

Salmos 51:11 Não me lances fora da tua presença, nem me retires o teu Santo Espírito.

Davi ao dizer para Deus não retirar-lhe o Espírito Santo, está a falar da Unção que Deus lhe tinha dado para reinar, não da sua salvação, como vemos no versículo a seguir.

Salmos 51:12 Restitui-me a alegria da tua salvação e sustenta-me com um espírito voluntário.

Davi escreveu estes salmos, depois de ouvir a repreensão do profeta Natã e arrepender-se. Nessa altura, ele pediu a Deus para restituir-lhe a alegria da salvação e restaurar o seu coração.

Eu sou estou a falar da conversão, da obra de regneração, não estou a falar de unção, plenitude, pois não não podemos ignorar que a descida do Espírito Santo trouxe uma nova dimensão ao trabalho de Deus na vida dos homens e na terra. Já referi isto atrás.

Embora haja uma nova dimensão na obra do Espírito Santo no Novo Testamento que não havia no Antigo Testamento, é difícil disitinguir "a obra de regeneração no coração dos crentes do A.T. da obra de regeneração no N.T."

Até podemos achar que é diferente, que devemos distinguir, mas não podemos dizer que o Espírito de Deus não trabalhava no coração dos crentes do Antigo Testamento criando Fé e arrependimento. E que Deus não os perdoava, como nos perdoa a nós!

A obra do Espírito de Deus, era feita na base do sacrifício de Cristo, que naquela altura já era tipificado e predito pelo sacrifício dos animais.

Se o Espírito Santo não fizesse a obra de regeneração no coração das pessoas do Antigo Testamento, não haveria crentes no A.T. e o salmista não diria:

Salmos 32:1 "Bem-aventurado aquele cuja iniquidade é perdoada, cujo pecado é coberto. 2 Bem-aventurado o homem a quem o SENHOR não atribui iniquidade e em cujo espírito não há dolo."

3. Apesar do baptismo do Espírito, o crente pode ser carnal.

Efésios 4:22 "Que, quanto ao trato passado, vos despojeis do velho homem, que se corrompe segundo as concupiscências do engano, 23 e vos renoveis no espírito do vosso entendimento, 24 e vos revistais do novo homem, criado segundo Deus, em justiça e rectidão procedentes da verdade"

I Coríntios 3:1 "Eu, porém, irmãos, não vos pude falar como a espirituais, e sim como a carnais, como a crianças em Cristo. 2 Leite vos dei a beber, não vos dei alimento sólido; porque ainda não podíeis suportá-lo. Nem ainda agora podeis, porque ainda sois carnais. 3 Porquanto, havendo entre vós ciúmes e contendas, não é assim que sois carnais e andais segundo o homem?"

Mateus 26:41 Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; o espírito na verdade, está pronto, mas a carne é fraca.

Se um crente não vigiar, pode cair na tentação, e pecar, pois o seu espírito pode beneficiar da salvação pois está debaixo do efeito salvador do Baptismo do Espírito Santo, mas a sua carne (alma e corpo) é fraca.

4. Apesar do baptismo, o crente pode entristecer o Espírito.

Efésios 4:22 25 "Por isso, deixando a mentira, fale cada um a verdade com o seu próximo, porque somos membros uns dos outros. 26 Irai-vos e não pequeis; não se ponha o sol sobre a vossa ira, 27 nem deis lugar ao diabo. 28 Aquele que furtava não furte mais; antes, trabalhe, fazendo com as próprias mãos o que é bom, para que tenha com que acudir ao necessitado. 29 Não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe, e sim unicamente a que for boa para edificação, conforme a necessidade, e, assim, transmita graça aos que ouvem. 30 E não entristeçais o Espírito de Deus, no qual fostes selados para o dia da redenção".

Apesar do Baptismo do Espírito Santo, e do seu efeito salvador na vida do crente, o crente pode entristecer o Espírito e viver na carne. Por essa razão, ele precisa ser constantemente repreendido, perdoado, restaurado e reavivado.

5. O baptismo do Espírito nunca perde o seu efeito salvador.

O crente pode nunca beneficiar da plenitude das bênçãos que o Espírito Santo quer conceder, mas nunca perde o efeito salvador do baptismo do Espírito Santo.

Ele pode até receber grandes bênçãos, mas perdê-las por negligência, falta de perseverança ou adormecimento, mas ele nunca perde a obra que o Espírito Santo fez no seu coração na altura da conversão, quando recebeu o Espírito, nasceu de novo, foi lavado, regenerado, selado, adoptado, recebeu a vida eterna e foi integrado no corpo de Cristo.

Portanto, o crente depois de ter recebido o baptismo do Espírito Santo, não perde mais a salvação, mas, no entanto, as escrituras revelam que pode tornar-se num crente que vive constantemente a entristecer o Espírito Santo e que, em vez de viver no Espírito, pode viver na carne, dominado pelo velho homem.



Conclusão sobre o baptismo do Espírito Santo:

As manifestações do Espírito Santo não terminam com a experiência do baptismo do Espírito Santo, mas continuam pela vida fora do crente se este tiver desejo de crescer na vida cristã.

O Espírito Santo tem coisas mais profundas para dar ao crente depois de ter sido baptizado pelo Espírito Santo. "Aliás, o baptismo do Espírito Santo é o início da vida cristã." As experiências referidas que acompanham o baptismo do Espírito Santo, são somente as primeiras experiências que o convertido tem com Deus.

Por essa razão, depois do Espírito Santo baptizar a pessoa e operar nela as 9 noperações acima descritas, o Espírito Santo almeja enchê-la e equipá-la com dons, poder e milagres para que a mensagem da Igreja se torne efectiva neste mundo onde existem muitas barreiras carnais, pecaminosas e culturais que se opõem ao Evangelho, tanto na vida das pessoas, como na vida das sociedades.

No entanto, o Espírito Santo não concederá os seus dons, poder, milagres e a maravilhas a um crente que não conheça e cresça na experiência de ser cheio do Espírito Santo. O enchimento com o Espírito Santo é a manifestação do Espírito que podemos ver na 4ª sebenta.

Há movimentos hoje que concorcam com a minha posição e preferem designar:

De Baptismo do Espírito Santo à obra da regeneração que se dá na conversão

De Baptismo de Poder às outras operações poderosas que se seguem à conversão, como o enchimento, a plenitude, a unção, a recepção de poder, dons e milagres etc.

Nós achamos que estas duas designações, Batismo do Espírito Santo e Batismo de Poder é boa designação, pois serve para esclarecer mal entendidos acerca das operações do Espírito Santo.

FIM

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