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sábado, 24 de novembro de 2012

Está a Noiva de Cristo a deixar a Igreja?

I. O reino de Deus pode tirar a noiva da igreja

Será que a noiva de Cristo está a abandonar a igreja? Posto isto por outras palavras: será que o Reino de Deus está a abandonar as chamadas comunidades cristãs e evangélicas?

Está a noiva de Cristo a deixar a igreja?

A razão para esta pergunta é porque nós vemos, cada vez mais, o seguintes sinais no seio das Igrejas:

No seio das Igrejas tradicionais, nós vemos sinais de “excessivo legalismo”

No seio das Igrejas carismáticas, nós vemos sinais de “excessiva libertinagem”.

E nas Igrejas Evangélicas em geral, nós vemos sinais de grande “complacência para com o pecado”, abandono do ensino da Palavra de Deus e abandono do evangelismo,  missões e a caridade”.

Por causa de tudo isto junto, vemos que a noiva de Cristo abandonando muitas Igrejas começa a aparecer com formatos e objectivos completamente diferentes às actuais Igrejas.

Eu penso que nós já estamos a ver isto a acontecer em todo o mundo - estamos a ver a noiva de Cristo a deixar as Igrejas Cristãs, incluindo as nossas comunidades evangélicas e a aparecer com novos formatos e objectivos.

Não é de estranhar, pois as igrejas primitivas tinham um formato e objectivo muito diferente aos das nossas actuais Igrejas.

Eram Igrejas com estruturas muito simples. A Igreja local perseverava na doutrina dos apóstolos em "reuniões feitas nos lares” ou  às “escondidas noutros locais” e o Evangelho era proclamado ao "ar livre", sem perder a mobilidade indo de um lugar para o outro em obediência à ordem de Cristo de proclamar o evangelho em toda a Judeia e Samaria e até aos confins da terra.

Não conheceu denominações ou convenções, nem catedrais ou templos, nem apoios do Estado. No entanto alimentou as viúvas e os órfãos, pregou o evangelho tanto em Jerusalém, como na Judeia e até aos confins da terra e fez milagres por onde andou.

Diferença entre a Igreja primitiva e a actual...


Eu não estou a dizer com isso que é errado construirem-se locais aonde as igrejas possam ter boas estruturas para servir a comunidade e que sirvam de base para o envio de evangelistas e missionários para todos os lugares, atingindo os perdidos e iniciando novas Igrejas e trabalhos.

Tenho conhecimento de Igrejas que abandonaram os seus templos antigos e construiram instalações mais adptadas aos nossos dias e que devido a isto estão a atingir mais efectivamente as suas comunidades com o Evangelho e estão enviando evangelistas e apoiando missionários.

Eu estou simplesmente a alertar para o facto da história revelar que as igrejas correm o risco de se desviarem dos princípios fundamentais do Reino de Deus quando atingem a fase da “instituicionalização” e começam a criar grandes estruturas que as leva a ficar a olharem para dentro de si em vez de olharem para fora de si, para o mundo perdido, cumprindo a Ordem da Grande Comissão de Cristo.

Podemos ver o que aconteceu à Igreja Católica e à Igreja Protestante que nasceu da reforma e ver o que está a começar a acontecer com as Igrejas Evangélicas!

É por essa razão que vemos muitos crentes a abandonarem as igrejas. É fácil para nós dizer que “não há uma igreja perfeita” e colocarmos a culpa toda do lado destes crentes. Mas será a culpa deles, ou da Igreja que se desviou dos "princípios do Reino de Deus"?

É verdade que alguns são crentes complicados e talvez seja a culpa deles, mas há outros que andam simplesmente à procura de uma igreja que ensine a Palavra de Deus e tenha paixão pela evangelizacão e pelos pobres, que não seja “fria e legalista” como as igrejas tradicionais, nem “carismaníaco” fruto dos “movimentos reteté” que giram muito à volta da experiência, barulho, emocionalismo, sensibilidade, misticismo e aonde não há ordem, nem decência.

Será que estamos a precisar de uma nova reforma? Eu penso que sim.

A noiva de Cristo está a deixar aos poucos a igreja actual, mas surgirão cada vez mais crentes, frutos da nova reforma, que procurarão viver acima de tudo os principios do Reino de Deus na terra!!!

Estes novos crentes são diferentes.

Os novos crentes NÃO fazem o que estão fazendo os crente de hoje, em que uns gastam o tempo todo a pretenderem que estão a estudar a Bíblia, outros passam o tempo todo com as mãos levantadas nos seus lugares de culto, pretendendo que estão a adorar a Deus, mas sem nunca abrir a boca para falar de Cristo, ou levantar um dedo para ajudar alguém.

Os novos crentes NÃO vão cair nem no legalismo de uns, nem na libertinagem espiritual de outros, nem na complaçência para com o pecado e no abandono da evangelização e da caridade.

Afinal, não foi isso que fez o povo de Israel, e foram advertidos pelos profetas?



Vemos que o povo de Israel caiu neste erro de dar mais valor ao Templo e ao Judaísmo e de ser muito complacente para com o pecado daqueles dias, em vez de espalhar os principios do Reino de Deus à volta deles.

Leia Isaias 1:10-20, Jeremias 7:1-11, Ezequiel 33:30-35, Amós 5:21-25 e muitos outros textos do Antigo Testamento. O Senhor Jesus resumiu esta temática toda em Mateus 15:18 "Este povo honra-me com os lábios, mas o seu coração está longe de mim" e em Mateus 9:13 "Ide, porém, e aprendei o que significa: Misericórdia quero, e não sacrifício".

Os novos crentes não serão assim, nem iguais ao povo de Israel, nem aos crentes das Igrejas de hoje.

O principal objectivo dos novos crentes, que não se identificarão com o estado actual da Igreja dos nossos dias, será o de proclamar o Evangelho do Reino e da Igreja pelo mundo a fora, praticando a caridade, tal e qual como fez a Igreja primitiva, em vez de ficar dentro das “4 paredes” da igreja, girando à volta de si própria e ignorando o que se passa lá fora.

Se esta for a sua convição, que temos de orar e trabalhar mais para uma nova “reforma”, para uma nova “noiva”, mais pura, mais obediente, então, ore e trabalhe para a contrução do Reino de Deus na terra, e para que nós os crentes sejamos de facto o sal e a luz do mundo.

Deus está a levantar homens e mulheres crentes, uma noiva de Cristo, reformada e purificada, cujo o alvo principal é a implantação do Seu Reino na terra, do qual a Igreja é o principal agente.

... o seu dente de ouro, deve ser ofertado a nossa Igreja...

Eu não estou a falar dos movimentos da Terceira Vaga, Teologia do Reino ou do Evangelho da Prosperidade.

Estes movimentos pensam ser os tais reformadores da igreja, mas não passam de cristãos (muitos nem são cristãos) que seduzidos pelo diabo vieram complicar ainda mais a situação da verdadeira Reforma da Igreja, por causa da confusão que têm lançado no meio evangélico.

Também, não estou a desafiar ninguém a abandonar a sua igreja, mas sim a viver como um crente reformado, não legalista, não libertino, não complacente, mas dinâmico e santo e que luta para a implantação do Reino de Deus no mundo e na sua igreja.

No entanto se sentir que há muito abuso espiritual na sua Igreja, ore a Deus, peça orientação e observe os seguintes principios:

A nossa luta não deve ser para destruir a igreja actual.
A nossa luta não deve ser carnal contra a igreja actual.
A nossa luta não deve ser legalista contra a igreja actual.
A nossa luta deve ser feita para reformar a igreja actual.

O Senhor Jesus era mestre a lidar com as pessoas e sabia quando devia utilizar de graça e quando devia utilizar a verdade.

Nós devemos aprender a utilizar a graça e a verdade nos nossos relacionamentos, seja que decidamos ficar na nossa igreja, seja se decidirmos abandonar a nossa Igreja caso o abuso espiritual e o abandono de Deus, já tenha ultrapassado o limite do razoável.

Nota importante: este post é a Conclusão do meu post sobre o Reino de Deus e a Igreja de Cristo, que depois, se quiser, pode dar uma olhadela, clicando em baixo:

O Reino de Deus e a Igreja de Cristo

Pode também dar uma olhadela:

https://religiao-filosofia.blogspot.com/2020/04/a-grande-comissao-de-cristo-2.html


FINAL