quinta-feira, 15 de setembro de 2011

FATOR ESTRANHO



 

Eu disse no post “Strange Omission” que a “falta de oração é a doença principal da igreja” – “prayerlessness is the Church’s major malady”.

No meu post de hoje eu vou falar de uma outra doença da Igreja, um “Fator Estranho” que encontramos escondido no livro dos Atos dos Apóstolos e em toda a história da Igreja.

Os cristãos pensam que Atos dos Apóstolos relata a obediência dos primeiros cristãos à Grande Comissão. Mas, estará isto certo?

Pode soar-nos estranho, mas a mensagem principal do livro de Atos (embora nós não a vemos diretamente porque se encontra como que escondida) é que os primeiros cristãos foram muito relutantes em pregar o Evangelho para além das fronteiras do judaísmo.

Um olhar mais profundo ao livro dos Atos mostra que se não tivesse havido a “grande perseguição” em Jerusalem, os cristãos provavelmente teriam permanecido indefinidamente em Jerusalém Atos 8:1

Desta forma, vemos que relutância no livro dos Atos dos Apóstolos, é o tal `Fator Estranho”, uma mensagem escondida neste Livro.

Paulo fala em Romanos 16:25-26 sobre o mistério revelado, mantido secreto desde que o mundo começou, que é o Evangelho que iria ser pregado a todas as nações. Isto estava no coração da sua chamada, como Deus disse a Ananias: Atos 9:15: “Este homem (Paulo) é meu instrumento escolhido para levar o meu nome aos gentios”

Mas, será que isto estava no coração dos cristãos judaicos, igualmente chamado Cristãos Hebreus?

Não, pois o livro de Atos revela que os judeus foram muito relutantes em pregar o evangelho aos gentios.

Mesmo o Apóstolo Pedro foi muito relutante em associar-se com os gentios. Por isso Deus deu-lhe aquela visão e disse-lhe: “Levanta-te Pedro. Mata e come. Mas, Pedro respondeu: “nunca comi qualquer coisa impura”. Então, quando Pedro estava querendo conhecer o significado da visão, os homens enviados por Cornélio, pararam à sua porta.” Atos 10:12-23.

Pedro teve que receber aquela visão para aceitar ir à casa de Cornélio o gentio e pregar o Evangelho a ele e a toda a sua família Atos 10:24-48.

Mas, não era apenas os primeiros cristãos que mostraram relutância, pois toda a igreja de Cristo durante a sua história na terra mostrou sempre muito relutância em obedecer à ordem da Grande Comissão.

“Senta-te, jovem”! Quando Deus quiser converter os pagãos, Ele fará sem você e eu!” John C. Ryland, um pastor batista, disse isto em 1780 ao jovem homem William Carey.

Sabe porque razão este pastor estava ofendido com o William? Porque William Carey tinha sugerido que a Grande Comissão, a ordem de Cristo de pregar o Evangelho até aos confins da terra, foi ignorada não apenas nos Atos dos Apóstolos, mas igualmente em cada geração de cristãos durante a história da Igreja.

Temos nós relutância em ir pregar o Evangelho aos amigos, vizinhos, familiares e colegas que vivem em nossos bairros e cidades e às pessoas que vivem distante, noutros países e continentes?

O irmão (ã) falou hoje ou durante esta semana com alguém acerca de Cristo?

Já considerou sair da sua "Zona de Conforto" e ir fazer alguma coisa para Cristo, no exterior, mesmo que seja apenas a curto termo, ou o irmão (ã) só atravessa as fronteiras para ir de férias?

Nós precisamos de orar mais, ter boas reuniões, um ensino muito sólido e trabalhar com todas as classes etárias e sociais nas nossas comunidades, mas não podemos esquecer a nossa tarefa primordial que é ir pregar o Evangelho completo e isto inclui a pregação do amor de Deus, a morte e a ressurreição de Cristo, a vida eterna, a 2ª vinda de Cristo, sem esquecer a pregação sobre o pecado e o inferno:

Em Jerusalem (evangelismo 1).

Na Judeia e Samaria (evangelismo 2).

Até aos Confins da terra (evangelismo 3 que é o evangelismo transcultural).

Nós vemos nas três parábolas em Mateus 21:28 a 22:14, que Jesus ensinou sobre Deus tirar o Seu Reino a uns e dar a outros.

Na segunda parábola “a parábola dos lavradores maus”, Jesus disse: “Portanto, eu vos digo que o Reino de Deus vos será tirado, e será dado a uma nação que dê os seus frutos”.

Estamos nós produzindo frutos, ou já caímos na apatia das Igrejas que estão desenvolvendo áreas sociais e antropológicas (e isto é bom), mas ignorando a Grande Comissão de Cristo?

Onde vemos também muitas igrejas dizer: “Venham à nossa Igreja, nós temos os melhores cultos de louvor dentro da nossa comunidade” em vez de dizerem “Ide pregai o Evangelho a toda a criatura”?

A nossa desobediência não vai travar os planos de Deus - os Seus desígnios eternos; mas se formos desobedientes, Deus dará a tarefa a outros, mas nós perderemos qualquer coisa!

Nós perdemos pela nossa desobediência à Grande Comissão, mas se pensarmos que não perdemos nada, então porque estou eu preocupado em publicar este post?



Global outreach day tem muitas e boas ideias!



sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Has the Gift of Prophecy ceased?

...este post que escrevi e publiquei no meu blog inglês está à espera de ser traduzido para português... 

Introduction

Deuteronomy 18:20-22 You may say, "How can we know when a message has not been spoken by the LORD?" If what a prophet proclaims in the name of the LORD does not take place or come true, that is a message the LORD has not spoken. That prophet has spoken presumptuously.

Some Christians believe that miraculous gifts ceased, including prophecy. They are “cessacionists”. Others Christians believe that all miraculous gifts are for the Church today, including prophecy. They are “continuationists”.

There are still others, who are “moderate cessacionists” or “moderate continuationists”. If you continue to read, you will understand better why I can call them “moderate”.

Before I come to a conclusion on this subject, I would like to say something about the following points:

I. The substance of the gift of the prophecy

I I. The ecstatic state of the prophet

I I I. The vessel of the gift of the prophecy

I V. The format of the gift of the prophecy

V. Final conclusion

V I. The ministry of the prophet in our days

I you have a few minutes and read the first two points, you will begin to understand my views about Prophecy.


I. The substance of the gift of the prophecy

A. Prophecy can not be confused with preaching or teaching

In the bible, prophecy can not be confused with preaching or teaching.

Why? Because prophecy has two elements that preaching and teaching don’t have, respectively a supernatural “revelation” together with a supernatural “prediction”, coming directly from God’s mind (mouth) to a human vessel.

Prophecy is a supernatural word coming from God; this is the “revelation” element.

This supernatural word can also refer to things that are going to happen in future, or things that have already happened, but are hidden from us. This is the “prediction” element.

The other element in prophecy but can also be found in preaching and teaching, is “the word of God”. Prophecy, like preaching and teaching can be also based in the Bible. In the old days, prophets nearly always referred to Moses' books, in our days prophets can refer to many prophecies in the Bible and apply them for the situation today.

This is the reason why prophecy never fails. It is a “revelation” coming directly from God that can include a certain degree of “prediction”. And, any “Bible text” used when a person is prophesying, is part of this directly divine “revelation”.

B. New attempts changed the substance  of prophecy

However, we realize that currently, there are news attempts at defining prophecy that have challenged this basic substance of prophecy, that prophecy never fails. In a certain way these news definitions deny the miraculous nature of prophecy that makes it infallible.

These news attempts present the possibility of 'mistaken' prophecy, whereby the prophet is sometimes, but not always accurate. Even modern fortune-tellers can claim varying degrees of partial or intermittent accuracy. However, genuine biblical prophets and prophecy are qualitatively different from any such claims.

Some movement's approach to 'prophecy,' admits that prophets can be and are sometimes mistaken. They say that 'Prophecy in ordinary New Testament churches was not equal to Scripture in authority, but was simply a very human-sometimes partially mistaken-report of something the Holy Spirit brought to someone's mind.'

Although I respect the good work some of these movements do for the Lord, I don’t agree with them in this particular point – about the nature of prophecy.

Because, any prophetic pronouncements must stand the test of accuracy and uniqueness found in such places as Deuteronomy 13:1-5; 18:20-22. The moment that a prophetic pronouncement demonstrates itself as being inaccurate or wrong, it must be labelled as a false prophecy.

If people were taught that when they pronounce a false prophecy - they are, at least, false in the moment they pronounced it, we wouldn’t have so many people standing up in churches trying to prophesy all sorts of mistakes.

Deuteronomy 18:20-22 you may say to yourselves, "How can we know when a message has not been spoken by the LORD?" If what a prophet proclaims in the name of the LORD does not take place or come true, that is a message the LORD has not spoken. That prophet has spoken presumptuously.

I agree that we must distinguish the prophecy of the Prophets and Apostles of the Bible, who formed “the holy canon”, from any prophecy made after “the holy canon” was finished.

The latter is not responsible for the formation of “the holy canon”, and is not absolute, but rather relative because the vessel is not under a full inspiration/revelation of God, like the former!

It is obvious that if the person who prophesize is not under a full inspiration of God, his mind can allow an eventual mistake.

But, I sincerely believe that if the person is under a supernatural activity of the Spirit of God at the moment he pronounces a prophecy (although he is not under a full inspiration, like the prophets of the Bible) his prophecy will be accurate. If he allows occasionally a mistake, I believe it will be a small mistake. But if he continually allows mistakes, it doesn’t come from the Lord, or the person has not the gift of prophecy. Ask him/her to stop!!!

So, although a distinction must be made between an absolute prophecy spoken by the prophets of the Bible, and a relative prophecy spoken in New Testament Churches, in nature they are equal, they are both a “revelation” from God, and for this reason they must be accurate.

I think it is irresponsible to encourage Christians to prophesize, teaching them: “don’t worry too much, prophecy can and will sometimes be mistaken.” How could this kind of prophecy be distinguished from fortune-telling which also has a partial or intermittent accuracy?

I believe we must rather teach our congregation: “When you think you have a prophecy, be sure that comes from God and it will be accurate, otherwise don’t stand up”.

If we look at what is happening in Churches today, we don't see a record of supernatural and miraculous accuracy in prophecy. This accuracy was required from the true biblical prophets.

Why is this? I believe the problem originates in Churches that are spreading this new concept that allows people to freely stand up and in the name of God, make prophecies which are sometimes right, but sometimes wrong?

So, these news teachings are trying to cover up a big lacuna in Churches, where so many supposed prophecies are proved to be wrong, by teaching people that “prophecy can and will sometimes be mistaken”.

If we want to be truthful with God, we have to be confronted with the STATEMENT bellow or find a biblical basis to believe that this gift hasn't ceased and is still for today:

“A close examination would reveal an overwhelming trend to a great level of inaccuracy. If people claiming a prophetic status are evaluated on the basis of a correct understanding of the biblical data and requirements for prophets, the inaccurate activity of the gift of prophecy in Churches in our days, demonstrates that the genuine gift of prophecy has ceased”.

So, does the inaccuracy of prophecy in our days, prove that the gift has ceased and it's function was solely linked with the formation of the Bible and with the foundation of the primitive Church, which had a direct involvement with the formation of the New Testament?

Or does this gift continue, still maintaining a high level of accuracy? But, what we need to do is to give a closer look to its practices and teachings within the Church in our days, in order to stop what is happening in our congregations, which makes prophecy so cheap!

C. Paul did not say that prophecy can fail

But, before I go to my second point, which is a reinforcement of this first point about the nature of the prophecy, I need to clarify one thing.

If we believe that the gift of prophecy is still for our days, basing our convictions e.g. in Romans 12:6; I Corinthians 12-14 and in Ephesians 4:11-12, and also in Acts: Acts 21:9 – the daughters of Philip prophesied Acts 11:27, 21:10-11 – Agabus prophesied for practical/situational reasons. Acts 13:1 – In the Church of Antioch there were prophets .

We should not use I Corinthians 14:29 “Two or three prophets should speak, and the others should weigh carefully what is said”, to say that “prophecy can and will sometimes be mistaken”.

Paul is not teaching here that “prophecy can and will sometimes be mistaken”, when he says the “others” (the other prophets) should weight carefully what is prophesized.

Paul is saying:

If two or three prophets speak, they should not take for guaranty what they say, without weight carefully, because although prophecy is a “revelation”, or “prediction” that comes directly from God, Paul knew that like in the Old Testament times, some people might not speak from the Lord, but from their own thoughts and imaginations. Jeremiah 23:18,26

Paul didn’t want Churches to have a “revelation” or a “prediction” that don’t come from God, so we.

In Paul’s days, they appointed apostles, prophets, evangelists, pastors and teachers. Prophets were recognized by the Churches like the apostles, evangelists, pastors and teachers.

Paul gave freedom for prophets to fulfil their ministry. But what would have Paulo done, if a prophet in the congregation continually spoke mistakes in the name of the Lord.

Would he have kept this persona in the ministry within the Church?

A supposed prophet brought by a friend, said in my Church: “The Queen of England is going to die”! He didn’t like at all, when our young people laugh! The Queen is still alive.

Another one, also brought by a friend said: “the brother S.... will become the pastor of this Church (instead of Viriato)!

The brother S ... left our Church to go back to his country one year after the “supposed prophecy” was told!

I have never accepted again these supposed prophets to speak in our Church, because they were telling wrong revelations in the name of the Lord.

Not just because they were wrong, but because they were very misleading too!!!! What would they have said in their next visit!?

But, you might say that teachers, evangelists and pastors are not always right.

I agree, but they are only involved in teaching the word, preaching the gospel and looking after the flock, subject to divers “Theological Interpretations’ in certain matters, which can make them teaching mistakes and errors sometimes.

But a prophet is not only a teacher or a preacher, trying to interpret and apply the word to their audience; his ministry is involved in transmitting “revelations”, or “predictions” that come directly from the mouth God to their audience? They have to be right!

Let us see our second point.


I I. The ecstatic state of the prophet

A. The ecstatic state of the prophets of the Bible

When we see people prophesying in our days, do we really think they go through an ecstatic state like the Prophets in the Old Testament or the Prophets and Apostles in the New Testament?

To be honest, when I heard most people prophesying in Churches, I have the impression that their words are coming from their mind and mouth, sometimes in a much stumbled way, and not from the mouth of God. They don’t show any signs of being involved in this ecstatic or prophetic state that demonstrates the unique revelatory role of the prophet as a spokesperson for the Lord?

We can see this ecstatic or prophetic state in nearly all the cases when Prophets and Apostles of the Bible received supernatural revelation from God. We see in certain stereotyped phrases, the Bible revealing the ecstatic prophetic state of the prophets and Apostles of the Bible.

B. Examples from the Bible

For example 'the Holy Spirit entered into' the prophet and that prophet received revelation (e.g., Ezek. 2:2; 8:3; 11:5-12, 24; 12:1), or 'the hand of the Lord' was on the prophets when prophetic communication was received (e.g., 3:14, 22; 8:1; 33:22; 37:1).

Sometimes the phrase 'the Spirit of God came upon' is used to describe the revelatory state (Num. 24:2; 1 Sam. 10:10; 11:6; 19:20; 2 Chron. 15:1; Isa. 61:1), or the phrase 'the word of the Lord came to' is used (1 Kings 19:9; 1 Sam. 15:10; 2 Sam. 24:11; Jonah 1:1; Hag. 1:1; 2:1, 20; Zech. 7:1; 8:1). Another phrase is 'filled with power, with the Spirit of the Lord' (Mic. 3:8).

Paul was in this prophetic state when he received 'visions' and 'revelations' from the Lord (2 Cor. 12:1).

Genuine New Testament prophets who were in the prophetic state were guarded from erroneous revelatory statements because of the intimate ministry of the Spirit of prophecy 1 Cor. 12:3

John was 'in the Spirit' on the Lord's day Rev. 1:10.

'Through the Spirit' Peter predicted the coming famine during the reign of Claudius Acts 11:28.

Peter received revelation regarding the inclusion of uncircumcised Gentiles like Cornelius into the fellowship of the church Acts 10:10

Do we see that in our Churches, when people are prophesying?

I could give many others example, but you can get them from the On Line Bible.

C. The Holy Spirit control the activity of the prophet

The Holy Spirit exercised sovereign control over the true prophet's prophetic activity. These verses also serve to stress the special work of the Holy Spirit in prophecy, maintaining them under this prophetic state, which demonstrates the miraculous and rational nature that such experiences entailed for both Old and New Testament prophets.

We need to say that although they went through an ecstatic prophetic state they kept their rational capacity intact; rarely have they lost their rationality and consciousness.

So, I am not speaking about experiences happening in Churches in our days, where we see people losing control: laughing, shouting, soaking, slaying or shaking in the Spirit, like they say.

We don’t see in the Bible those experiences when people were prophesising (or exercising another gift: healing, tongues) under a supernatural activity of the Spirit.


I I I. The vessel of the gift of the prophecy

A. Who is the vessel of the gift o prophecy

Another view that came together with these new attempts that changed the substance or nature of prophecy is the teaching that any believer can be a vessel of this gift, so the Church instead of a “Priesthood Nation” (we are all priests with different gifts), became a “Prophethood Nation” (all believers can prophesize).

This teaching is mainly rooted in one verse in the book of Acts: 2:18 Even on my servants, both men and women, I will pour out my Spirit in those days, and they will prophesy”.

By the laws of biblical hermeneutics, we should not really base our conviction in just one text of the Bible (Acts 2:18).

But, they also use I Corinthians 12-14 to back up this position.

The problem with I Corinthians 12-14 is that we also find in this section of the Bible a few verses which show us that the gift of prophecy has been given only to some believers.

For instance: “To one there is given through the Spirit ... faith ... to another prophecy” I Cor 12: “Are all prophets?” I Cor 12:29

The point I am trying to stress here is: If the gift of prophecy is for the Church today, although doesn’t function anymore has a foundational gift used by God to form the Bible and to put the foundation of the Church, it is still a gift given to a person called Prophet.

B. Has the gift of prophecy ceased?

The question is:

“Has the gift of prophecy ceased?” “

“Does the Church have prophets in our days?”

Some people believe that there are still Prophets today, but they say the prophet is a preacher who knows how to apply the Bible in a “prophetic way” to a situation in an individual’s life, in the church or even in the world.

C. The positions about the gift of prophecy 

Normally, the people who believe that the prophets still exist in our days, have one of the three positions below:

1. Traditional position

First position, a more traditional position, like the one I have explained above, that a Prophet in our days is the one who can apply Bible prophecies to the world, Churches and peoples lives, but he is basically a preacher.

2. Pentecostal and charismatic position

Second position, a more charismatic position, believing that a Prophet is not just a preacher or a teacher. He is the one who receives a supernatural “revelation” from God, and has the ability to “predict” certain things in a supernatural way.

3. The gift of prophecy have been given to all believers  

Third position, some people believe that this gift has been given to all believers. Any believer can receive a “revelation” from God, and have the ability to “predict” certain things in a supernatural way.

Conclusion:

It doesn’t matter for now the position we have. If we believe in prophecy for our days, we should teach our congregation that people must deliver true prophecies/messages, and not teach that their prophecies sometimes can be right but sometimes wrong.

We have to keep this view, particularly, if we have the second or the third position, as this position involves the belief in a supernatural “revelation” and “prediction” from God.

But let us go to our third point, before my conclusion.


I V. The format of the gift of the prophecy

A. Prophecy in the "first person"

The new teachings about the nature and the vessel of prophecy have also brought in a new format of prophecy. They don’t just teach that God can use any person as a vessel of prophecy, but they also allowed people to prophesize in the “first person”, where people stand up and say, for instance: “I am not pleased with you ....” as if God was speaking directly through their mouths.

The problem is, the prophets of the Bible, they have never prophesized in the “first person”. They always prophesized in the “third person”: “Thus says the Lord.

I believe that it is irreverent to prophesize in the “first person”, and more so, when many supposes prophecies made in the “first person” are wrong.

I believe that leaders should not allow people to prophesy in the “first person”. It is unbiblical and irreverent, even though sometimes these prophecies could be made by faithful believers who have been taught wrongly.

B. Visual forms: images, pictures, visions 

In our days, prophecy takes another format - a visual form, which can be an image, a picture, a scene, a feeling, a dream or a vision, that a person says has been given by God. If we would take some time to study about “visualization” we would understand a bit better this subject. I speak about “visualization” in my blog: http://www.religiao-filosofia.blogspot.com/

However, I would say that many of the visual forms used by people in our days in their prophecies have no biblical relevance and even are sometimes bizarre and wrong. Also, visualization is used a lot in old pagan’s religions, and in new age religions.

It is very difficult to find biblical grounds for the type of “visualization” used in Churches in our days, even if we believe that God can still reveal himself in dreams, visions and even in another supernatural way.

I believe that in many places the use of prophecy is used by opportunists and liars, but in others places is a problem of a wrong teaching about the gifts of the Spirit, and unfortunately people involved in this error, are often faithfully leaders and believers.

If Churches believe that prophecy hasn’t ceased, and God can still reveal Himself supernaturally, they should give a closer look to the Bible to understand better the nature, the ecstatic state of the prophet, the vessel and the format of prophecy or any other supernatural intervention, to avoid such errors.


V. Conclusion

A. Five conclusions

Finally I come to the following conclusions:

1. First conclusion

First conclusion: is that prophecy has ceased, because what we see in Churches has nothing to do with what we read in the Bible about the nature, vessel and format of prophecy. Another reason is because prophecy is a foundational gift to do with “the formation of the holy canon” and “the foundation of the Church, itself”.

2. Second conclusion

Second conclusion: based specially in Ephesians 4:11 and a few other texts, is the believe in the office of the prophet for the New Testament, but see the prophet merely as a preacher who can apply the Bible in a “prophetic way” to the situation in the world and Churches.

3. Third conclusion

Third Conclusion: based mainly in Ephesians 4:11 and I Corinthians 12-14, is the belief in the office of the prophet for our days, but the prophet is more than a merely preacher. He has a revelatory role and is a spokesperson for the Lord, and he has the potential to “predict” future events or to “reveal” what is hidden in people’s lives or in the church as a whole.

4. Fourth conclusion

Fourth conclusion: it is like the third conclusion, but believing that all believers can prophesize

If we decided to keep the first position “cessacionism” we have this problem solved for ourselves, at least, and we will not allowed prophecies at all in our congregations.

If we decided to take the second, third or fourth position, our position can be more coherent with the Bible, if we decided to keep in mind the thoughts about the nature, the ecstatic state, the vessel and format of the prophecy explained in this document.

5. My own position is the following one

Firstly, I think prophecy had a foundational role, fundamental for the formation of the Jewish Nation, the Old and the New Testament and the Church with all its doctrines and practices.

The foundational aspect of the gift is no longer necessary in our days, and has indeed ceased. So, considering things from this point of view I am a cessacionist.

Secondly, I think that possibly God can still use in our days an aspect of this gift, and give it to certain members of the body to fulfill some of His plans for the world and the Church.

When believers as well as the Church and the world are no longer following His word and are breaking His laws, God can use this gift (like in Old Testament days) to warn people that if they don’t repent , He will bring His wrath on them.

What I am trying to say is that the foundational aspect of the gift has ceased. And because of this, I believe, prophets in our days should not speak in the first or even in the third person, and whenever they speak as a spokesman for the Lord, they must be accurate and true.

So, in our days, prophecy has no longer a foundational role, but can still be used as a miraculous gift given to some members to work out God’s plans and will for the world and the Church, revealing things that sometimes may need a supernatural revelation and even a predictive one.

Between the second and the third position explained in page 5, I am more inclined to the more traditional one, the second position: the prophet is a preacher who can apply biblical prophecies to the situation of the world and Church. However, I think that a prophet role, must include a certain revelatory/predictive aspect in his ministry, so my position “floats” between the second and the third position.

If we don’t include this revelatory/predictive aspect in the prophet ministry, it is better to call him a preacher, and in this case we line with the more tradition position that sees the prophet as a merely preacher who can apply biblical prophecies to our situation in the world today.

You might not agree and say: “Prophecy in ordinary New Testament churches was not equal to Scripture in authority, but was simply a very human-sometimes partially mistaken-report of something the Holy Spirit brought to someone's mind.'"

It is ok; I agree with this statement, if you don’t call this partially mistaken-report a prophecy, but instead you call it a message, a message from a preacher, not from a prophet.

Thirdly, if there are still prophets in a ministry that involves “revelations” and “predictions”, but not having anymore the foundational role of forming the “holy canon”, or we only have preachers that can apply bible prophecies to the situation of the world and to the Church today, I would see the ministry of the prophet in our days, as the following one:


V I. The ministry of the prophet in our days

A. The power of lawlessness

The “power of lawlessness" (or iniquity) is at work since the beginning of creation, the reason why Adam an Eve fell into sin; this power will reach its maximum stage, called Babylon, with the coming of the Antichrist revealed in Revelation. It is the power of Satan, the spirit of the antichrist, which you have heard is coming and even now is already in the world. Thes 2:7-8 and I John 4:1-2

Revelation speaks about Babylon the great city. Babylon is an allegory of a political and religious system that will govern the nations around the world in the end of times. This system has been created gradually by the work of the power of lawlessness through all the generations.

The first Beast of Revelation will govern Babylon with the help of the second Beast. They will govern the social, political and religious systems in the world. The Church of Christ will be infiltrated by lies, doctrines and heresies coming from this system – the Great City - Babylon.

B. The ministry of the Prophet in our days

I believe, that the ministry of the Prophet in our days, having a revelatory and predictor task or being just a preacher, is to present to the Church the meaning of the message expressed in the two texts below and in other texts of the Bible, and tell the Church to come out of Babylon, and not be part of it.

We see quiet often in scriptures in the Old Testament and New Testament a relation between the message of the prophet and ‘apocalyptic times’.

Why, because quiet often the prophet speaks about the coming of the Day of the Lord, which is a judgment day for a certain Nation or for the entire world, if they don’t hear God, and repent from their wicked ways that have brought the wrath of God on them.

Joel 3:14 Multitudes, Multitudes in the valley of decision! For the Day of the Lord is near!

Obadiah v15 The Day of the Lord is near to all nations, as you have done, it will be done to you, your deeds will return upon your own heads.

Revelation 18:4-6"Fallen! Fallen is Babylon! She has become a home for demons and a haunt for every evil spirit, a haunt for every unclean and detestable bird. 3For all the nations have drunk the maddening wine of her adulteries. 4Then I heard another voice from heaven say: "Come out of her, my people, so that you will not share in her sins, so that you will not receive any of her plagues; 5for her sins are piled up to heaven, and God has remembered her crimes”

Amos 5:4-5 4 This is what the LORD says to the house of Israel: "Seek me and live; 5 do not seek Bethel, do not go to Gilgal, do not journey to Beersheba. For Gilgal will surely go into exile, and Bethel will be reduced to nothing.

The sanctuaries in Bethel, Gilgal, Beersheba where the Jews had their fakes worships (and Babylon), can apply to the Churches involved with prosperity, positive thinking, new age ideas and other heresies, that together with a lawlessness society lead by corrupt politicians and leaders, are trying to break completely all God’s laws in our World.

“Come out of her, my people”, should be the principal Prophet’s or preacher message to the Church in our days.

Some people believe in rapture and millennium, and think that the Church will be not on earth, so “come out of her, my people” refers to the millennium time, however the “power of lawlessness” is at work in a large scale in the end of the times, so “my people” can be also applied to the Church who are living in difficult times as darkness takes over all world, no matter if we believe or not in rapture and millennium.

END

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Teologia do 'Reino Agora' de Bill Johnson

Em 2 Cronicas 20:37  Eliézer, filho de Dodava de Maressa, profetizou contra Josafá, dizendo: “Por haver feito uma   aliança com Acazias, o Senhor destruirá o que você fez”




Há uma doutrina chamada 'teologia kenosis' (
kenosis theology), que significa que Jesus pôs de parte a sua divindade quando se tornou homem. 

Kenosis é a palavra Grega para "aniquilou-se" ou "esvaziou-se" (emptiness). Assim, a teologia kenosis está baseada numa má interpretação de Filipenses 2:7 onde Paulo diz que Cristo aniquilou-se a si mesmo.

Eu não acredito na ´teologia kenosis', pois sigo a 'teologia hypostatica' (hypostatic theology), ou 'união hypostatica' (hypostatic union).

A teologia descreve a união completa da humanidade e a divindade de Cristo num só, querendo dizer que Jesus era ao mesmo tempo homem completo e Deus completo na terra, desde a sua concepção até à morte.

'Kenosis funcional' diz que Jesus pôs de parte as suas funções, mas 'kenosis ontological' diz que Jesus pôs de parte a sua natureza divina. 

Há teólogos que acham que 'kenosis funcional' não é herética mas que 'kenosis ontological' é herética.

A doutrina de Bill Johnson sobre a Divindade de Cristo baseada na 'teologia kenosis' é muito confusa, pois de um lado os seus seguidores dizem que ele ensina somente 'kenosis funcional', mas de outro lado, Bill Johnson ao dizer que Jesus foi um homem que viveu ungido pelo Espírito Santo, ele põe de parte a natureza divina de Jesus (mostrando que ele crê na kenosis ontological).

Eu acredito que Bill Johnson faz isto intencionalmente, para poder fazer a seguinte afirmação:

"se Jesus fez todos aqueles milagres, sinais e maravilhas como homem ungido pelo Espírito Santo, se nós formos também ungidos pelo Espírito Santo, podemos fazer as mesmas coisas que Ele fez".

E Bill Johnson acrescenta "e não somente isto, nós podemos fazer coisas maiores do que ele fez". Baseando-se em João 14:12

Análise às afirmações de Bill Johnson:

Em minha opinião este ensinamento é uma das maiores heresias que a Igreja já conheceu. E esta heresia tem o alvo de diminuir Cristo, para poder 'glorificar o homem'.

Em primeiro lugar: 

Por causa da confusão que ele faz, quando afirma: "por causa da imposição que Jesus colocou sobre ele próprio, em que sendo Deus, tornou-se homem, ele fez milagres somente pela unção do Espírito Santo e esta mesma unção está disponível para nós, hoje".

Como resultado desta confusão ele também afirma: "se nós formos cheios do Espírito Santo como Jesus - que sendo Deus, tornou-se num homem que viveu na terra cheio do Espírito Santo - nós poderemos fazer  os  mesmos sinais, milagres, prodígios e maravilhas que Jesus fêz na terra.

Depois torna-se completamente herético, quando acrescenta: "e não somente isto, mas nós faremos 'coisas maiores do que Jesus", referindo-se aos sinais, milagres e prodígios que Jesus fez". 

Mas em João 14:12 as 'coisas maiores' não podem estar a referir-se aos sinais, milagres e maravilhas que Jesus fez, porque nunca nenhum crente fez milagres maiores do que Jesus. 

Ele ressucistou os mortos, abriu os olhos aos cegos, curou surdos e mudos, fez andar os paraliticos, expulsou os demónios, acalmou as ondas, multiplicou os pães, andou sobre as águas e transformou a água em vinho.

Nunca ninguém fez milagres tão grandes como esses, nem os seus apóstolos fizeram milagres maiores do que Ele!

Em segundo lugar:

Bill Johnson está obviamente errado quando faz a seguinte afirmação: 

J"quando Cristo morreu na cruz, Ele levou sobre si toda as maldições e derrotou Satanás para que nós alcancemos nesta vida: prosperidade, bem-estar, autoridade, poder, saúde, riqueza, felicidade e alegria".

Uma leitura cuidadosa da Biblia indica o contrário. Simplesmente a Biblia nunca manda os crentes dominarem a Terra, até porque isto nunca irá acontecer, de toda a maneira.  

Nunca vemos que o propósito da Igreja entre a primeira e a segunda vinda de Cristo seja o de dominar a Terra, mas de IR com sacrificio e pregar o Evangelho a toda a criatura. 

No entanto, nós sabemos que quando uma nação é atingida pelo Evangelho, isto irá trazer justiça, liberdade, saúde e riqueza, mas não significa que os crentes não soferão mais, ou nunca mais ficarão doentes e pobres.

Não significa também que os crentes - a Igreja - irão dominar a estruturas terrenas sociais e políticas 'Agora', segundo ensina a Teologia de Dominio e a Teologia do Reino 'Agora'.

Afinal, quando aprofundamos bem a Teologia de Domínio ou do Reino 'Agora',  acabamos por ver que estas teologias têm uma ideologia sociopolítica muito forte.

Porque ensinam que a cristianização do mundo inclui o dominio social e politico e económico das nações e alguns acreditam mesmo no estabelecimento de uma espécie de governo teocrático, antes que Jesus volte.

Estado teocrático é uma nação que possui um sistema de governo que se submete às normas de uma religião específica. As regras que gerem as ações políticas, jurídicas, de conduta moral e ética, além da força policial deste modelo de governo estão baseadas em doutrinas religiosas.


Se alguém quiser vir após mim..


A Teologia sobre a Grande Comissão que envolve o sacríficio dos crentes e a negação das coisas deste mundo, em favor da evangelização dos perdidos, acabam por se tornarem secundárias nestas teologias do "Reino Agora", pois o objectivo social, político e económico de dominar o mundo Agora torna-se o mais proeminente.

Lucas 9:23-24 Jesus dizia a todos: "Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, tome diariamente a sua cruz e siga-me. Pois quem quiser salvar a sua vida a perderá; mas quem perder a vida por minha causa, este a salvará".

Aliás, podemos perguntar:

Qual é a nação neste mundo que podemos dizer que é cristã?

Mesmo nas nações de tradição cristã, qual é a percentagem de crentes 'nascidos de novo'?

Qual é a percentagem de cristãos 'nascidos de novo' nos países árabes?

Então, embora nós vemos na Bíblia que Deus abençoa materialmente uma nação que se volta para Ele, a maior parte das bençãos que encontramos no Novo Testamento tem uma conotação espiritual e está ligada a uma pequena percentagem de pessoas no mundo.

Nós vamos ser sempre a 'minoria'! A nossa tarefa não é 'dominar' mas sim 'evangelizar' o mundo!

Por final, esta ideia central da Teologia do "Reino Agora" de Bill Johnson, coloca em questão todas as doutrinas bíblicas que ensinam a possibilidade dos crentes conhecerem o sofrimento, a fraqueza, a doença e a pobreza ao viver nesta terra.

No entanto nós vemos que Paulo em Romanos 8, fala da criação que geme v23-25, referindo-se não somente à natureza, mas também ao homem e, como consequência, aos crentes que fazem parte do mundo decaído e que também gemem interiormente suspirando pelo livramento.

Portanto a ideia central neste capítulo é que os crentes nesta terra 'gemem' pois conhecerão:

Sofrimento v18.
Doença e Fraqueza v26.
Perseguição, Fome, Nudez, Perigo, Espada' v35.
E Morte v36.

Como diz Paulo: 

"Por amor de ti somos entregues à 'morte' todo o dia: somos reputados como ovelhas para o matadouro. 

Mas Paulo diz também que pelo Espírito Santo temos esperança na glória futura v18-27 e por causa desta esperança nós somos mais que vencedores v31-37.
 
"Sabendo que todas as coisas contribuem para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados pelo seu decreto v28.

Conclusão:

Em minha opinião, as doutrinas extremistas de Bill Johnson sobre a Teologia do Reino Agora são heréticas e conseqüentemente ele e outros pregadores estão a pregar um outro Evangelho muito perigoso para as nossas igrejas.

Eu acho que para o bem do povo de Deus, os lideres das Igrejas deviam ter a coragem de confrontar e denunciar estes pregadores, em vez de fazerem acordos com eles, como muitos cristãos e líderes estão fazendo.

Não façamos alianças erradas, pensando que iremos desenvolver as nossas Igrejas. 

Lembremo-nos do Rei Josafá, que foi abençoado quando acabou com alianças erradas: 

2 Cronicas 20:30-37

30 E o reino de Josafá manteve-se em paz, pois o seu Deus lhe concedeu paz em todas as suas fronteiras. 31 Assim Josafá reinou sobre Judá. 32 Ele andou nos caminhos de Asa, seu pai, e não se desviou deles; fez o que o Senhor aprova. 

Mas, mais tarde ele fez uma aliança comercial errada com Acazias e vejam o que aconteceu: 

35 Posteriormente, Josafá, rei de Judá, fez um tratado com Acazias, rei de Israel, que tinha vida ímpia. 36 Era um tratado para a construção de navios mercantes. Depois de serem construídos os navios em Eziom-Geber, 37 Eliézer, filho de Dodava de Maressa, profetizou contra Josafá, dizendo: “Por haver feito uma aliança com Acazias, o Senhor destruirá o que você fez”. Assim, os navios naufragaram e não se pôde cumprir o tratado comercial.

Se quiser saber mais do que eu penso sobre as doutrinas da Terceira Vaga, Teologia do 'Reino agora', 'Domínio' Teologia, Evangelho da Prosperidade ... abra por favor o site em baixo:





Strange Omission

... este post do meu blog inglês, está à espera de ser traduzido para português  ...

If at a Christian conference about 'growth' you were asked to list in order of priority, the factors that contribute to the growth of the Church, which one would be at the top of your list?

I guess you could say, "At the top of my list I would put the 'strange omission'.

But what is that?

Before I answer, let me emphasize that in my view, 'growth' is a supernatural process.

Psalm 127:1 “Unless the Lord builds the house, its builders labour in vain”

We must have an excellent leadership/organizational structure, good preaching, teaching, evangelism, missionary programmes etc., with activities not just for young people/children, but for all ages.

We do need to be involved in all these areas (and others) if we want to see our Church growing!

However, there is one 'but'!

Why?

Because, these factors in themselves do not produce growth, if we don’t put the first priority - the 'strange omission' - in its rightful place. The top factor in our list – the 'strange omission' – is the one that moves God’s hand, because “unless the Lord builds the house, its builders labour in vain”.

We must remember that we are involved in a "spiritual warfare" and therefore we need to defeat Satan!

We also have a "great commission", to preach the gospel to the ends of the earth, with many obstacles on the way to be confronted and conquered!

How can God be involved in our 'spiritual warfare' and in the 'great commission', to enable us to defeat all the enemies? How can our faith grow stronger and be capable of conquering?"

Only if we put PRAYER at the top of our list!

Prayer - the factor that should be at the top of our list – has unfortunately become the 'strange omission'.

When growth of the Church is spoken about, prayer is rarely at the top of the list and sometimes it is not even included in these conferences! Often it is relegated to the bottom of our list and our lives!

1. How much time do we spend praying each day?

2. How long does our Church pray together?

3. Do we have prayer programmes to intensify prayer?

4. Is there enough teaching in our Church, about prayer?

5. Do we involve our Church in spiritual warfare?

6. Are we aware that without prayer there is no 'supernatural growth'?

Prayerlessness is the Church’s major malady!

Put prayer at the TOP of your list and be ready to pay the price, like Moses, Aaron and Hur did.

Exodus 17: 10 So Joshua fought the Amalekites as Moses had ordered, and Moses, Aaron and Hur went to the top of the hill. 11 As long as Moses held up his hands, the Israelites were winning, but whenever he lowered his hands, the Amalekites were winning. 12 When Moses’ hands grew tired, they took a stone and put it under him and he sat on it. Aaron and Hur held his hands up—one on one side, one on the other—so that his hands remained steady till sunset. 13 So Joshua overcame the Amalekite army with the sword.

END

terça-feira, 10 de maio de 2011

O Sr BOA PESSOA


Eu ia andando e encontrei o senhor  ‘Boa Pessoa’ e comecei a falar com ele.

Ele logo me disse que se as pessoas boas vão para o céu, ele será o primeiro a ir!

Então eu perguntei: É voçê uma Boa Pessoa?

Bem ... eu tenho tentado fazer o que está certo.

Tem guardado os 10 mandamentos?

Claro que sim.

Realmente! Então voçê não se importa que a gente dê uma olhadela aos 10 mandamentos?

Hum! Está bem.

Nunca disse um mentira?

Claro que já disse, quem é que nunca disse!?

Como se chama uma pessoa que mente?

Mentiroso.

Nunca roubou nada?

Nãoooooooo!

Mas acabou-me de dizer agora que é um mentiroso.

Bem, que eu me lembre houve pelo menos uma vez que roubei uma pequena coisa.

E como chama voçê a uma pessoa que rouba.

Um ladrão.

E nunca cobiçou uma mulher pelo olhar?

Eu! Não! Mentira, é claro que já cobiçei.

Jesus disse que “se alguém olhar para uma mulher, para a cobiçar, já em seu coração cometeu adultério contra ela”. Mat 5:28. Como é que voçê se chama então?

Um adúltero.

E nunca usou o nome de Deus em vão?

Claro que sim, mas oiça lá, aonde é que voçê quer chegar com tudo isso?

Bem! Voçê já admitiu que é um mentiroso, ladrão, adúltero e blasfemo pois já tomou o nome de Deus em vão.

Ok mas o quê que voçê quer? Eu não sou uma pessoa perfeita!

E nós só estivemos a falar das acções, mas vamos falar agora dos seus pensamentos. 

Suponha que eu ligava o seu cérebro a um computador e projectava os seus pensamentos para um écran gigante e toda a gente pudesse ver os seus pensamentos.

Voçê só pode estar a brincar comigo, não é verdade!?

Não, não estou, o que acha que acontecia?

Mas isto seria completamente embaraçoso para mim!!! Mas, espere lá. Comparado com muita gente que anda para aí, eu sou um santo.

E comparado com os 10 mandamentos de Deus? Não se esqueça que voçê já admitiu que falhou em 5 mandamentos.

Sabe que se voçê fizesse somente 5  pecados desses por dia, se tivesse 50 anos, já teria quebrado a lei de Deus mais de 80.000 vezes. A Bíblia diz “De maneira que cada um de nós dará conta de si mesmo a Deus”. Romanos 14:12

Mas será que Deus não me irá perdoar por tudo isto?

Culpadoooo...!

Se Deus o perdoasse, Ele seria injusto. O que faria um Juiz a um criminoso que comparecesse diante dele num tribunal, absolvia ou o condenava?

É claro que o Juiz o condenaria.

Assim é Deus. Ele é Justo e embora queira salvar o pecador, Deus terá que puni-lo por causa do seu pecado.

Então quem é que poderá ir para o céu?

Há uma solução, um único caminho. É alguém aceitar pagar por todos os nossos pecados. E foi isto precisamente que o Senhor Jesus fez quando morreu na cruz.

Foi por isso que Ele disse na cruz “está consumado” e inclinando a cabeça morreu. Na linguagem simples em português “está consumado” quer dizer “tudo está pago”. João 19:30

Mas, o que posso fazer eu para me salvar?

Voçê já percebeu hoje que não tem guardado os mandamentos de Deus e que merece ser castigado e ir para o inferno?

A partir de agora, tenho que admitir que sim.

Gostaria de pedir perdão a Deus dizendo que coloca a sua Fé somente em Cristo para se salvar, pois Ele pagou todos os seus pecados na cruz do calvário?

O senhor ‘Boa Pessoa’: com toda a minha sinceridade, digo-lhe que gostaria.

Então faça comigo a oração que se segue em baixo:

Oração de entrega e conversão do senhor ‘Boa Pessoa’.

Eu não sou o Sr Boa Pessoa!

Senhor Deus, eu reconheço que não sou uma “Boa Pessoa’ e que por isso o Senhor Jesus veio morrer na cruz do calvário por mim e derramou o seu precioso sangue para purificar-me de todos os meus pecados.

Eu desejo muito receber o perdão que me ofereces através da sua morte, e peço que o Senhor Jesus entre agora na minha vida e me dê a Vida Eterna.

Peço que Jesus faça morada no meu coração e seja meu Rei, meu Senhor e meu Salvador. 

De hoje em diante eu não quero ser mais controlado pelo pecado, mas quero seguir-te a Ti todos os dias da minha vida.

Por isso eu oro assim, no nome precioso e santo de Jesus, amém.


Se tomou uma decisão para Cristo depois de ter lido este post e fez esta oração, envie-me uma mensagem se faz favor para eu orar por si e passe esta mensagem para outros.

Memorize o versiculo em baixo e cite-o na sua oração esta noite, antes de se deitar:

João 3:16 Porque Deus amou o mundo, de tal maneira, que deu o seu Filho unigénito para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a Vida Eterna.

Se quiser ler em inglês, clique em baixo:


Este post foi inspirado pelo método evangelístico da organização "The way of the Master":


quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

O Reino de Deus e a Igreja de Cristo


Evangelho do Reino, O | Amazon.com.br



Diferenças entre o Reino e a Igreja?

Há uma grande ignorância sobre as diferenças entre o Reino de Deus e a Igreja de Cristo.O ensinamento sobre o Reino de Deus não está confinado somente ao Novo Testamento.

O Reino de Deus é um tema importante através de toda a Bíblia. Vemos pela Bíblia que estabelecimento do Reino de Deus na terra é o objectivo para o qual toda a História humana progride, e que culminará com o Milénio.

Um estudo profundo do livro de Apocalipse é talvez a melhor maneira de compreendermos que é só mesmo no futuro que o Reino de Deus será completamente estabelecido sobre a terra. Como podemos ler, por exemplo, quando a sétima trombeta toca, dando começo às setes taças da ira de Deus, em Apocalipse 11:15 "e houve nos céus grandes vozes, que diziam: Os reinos do mundo,  vieram a ser do nosso Senhor Jesus Cristo, e ele reinará para todo o sempre"

O livro de Apocalipse fala precisamente da derrota completa do diabo, o deus deste século, que usurpou os reinos deste mundo e do estabelecimento do Reino de Deus na terra, através de Cristo, por 1000 anos e que continuará pela eternidade fora. Portanto o Reino de Deus e o Milénio estão ligados.

Vemos que a Bíblia utiliza alguns nomes para o Milénio:

O MILÊNIO Apocalipse ppt carregar

“Regeneração” em Mateus 19:28 “E Jesus disse-lhes: Em verdade vos digo que vós, que me seguistes, quando, na regeneração, o Filho do homem se assentar no trono da sua glória, também vos assentareis sobre doze tronos, para julgar as doze tribos de Israel”.

“Tempos de refrigério” em Atos 3:19 “Arrependei-vos, pois, e convertei-vos, para que sejam apagados os vossos pecados, e venham assim os tempos do refrigério pela presença do Senhor”.

“Tempos da restauração de tudo” em Atos 3:21 “O qual convém que o céu contenha até aos tempos da restauração de tudo, dos quais Deus falou pela boca de todos os seus santos profetas, desde o princípio”.

“Dispensação da plenitude dos tempos” em Efésios 1:10 “De tornar a congregar em Cristo todas as coisas, na dispensação da plenitude dos tempos, tanto as que estão nos céus como as que estão na terra”.

Eu me torno mais efectivo no meu ministério cristão, se compreender melhor estas diferenças:

O que é o Reino de Deus?

O que é a Igreja de Cristo?

Já alguma vez pensou nisso?

Sugiro que faça o seguinte: dê uma olhadela rápida ao índice aos capítulos e secções e leia um capítulo, ou somente uma secção que lhe possa ter despertado a curiosidade. Depois, é capaz de ler mais uma secção e sem dar por isso acaba por dar uma olhadela geral por todo o estudo.

I. Introdução ao assunto
A. O Reino de Deus é eterno e a Igreja de Cristo é temporal.
B. A relação entre o Reino de Deus, a Igreja e a Grande Comissão.
C. A relação entre o Reino de Deus o Evangelho e a Igreja de Cristo.
D. As nossas igrejas não são melhores do que as igrejas da Bíblia.
E. Muita ênfase na igreja local prejudica a expansão do Reino de Deus.
F. Os principios do Reino na Terra e as diversas Instituições.

I I. As diferenças entre o Reino de Deus e a Igreja
A. Natureza do Reino de Deus.
B. A Natureza da Igreja de Cristo.

I I I. As diferenças apresentadas nos Evangelhos
A. Sobre a Igreja
B. Sobre o Reino de Deus

I V. O Reino de Deus no Antigo e no Novo Testamento
A. A manifestação do Reino de Deus no Antigo Testamento
B. A manifestação do Reino de Deus no Novo Testamento

V. Os reinos do mundo foram entregues a satanás
A. O Diabo tranca a sua casa para proteger os seus bens.
B. O poder temporário que o diabo tem neste mundo.

V I. Aspectos impertinentes sobre o Reino e a Igreja
A. A Igreja não se confina a um Templo ou a uma denominação
B. O Reino de Deus tem uma acção mais abrangente do que a Igreja
C. A Igreja tem um lado humano, secular e até profano.
D. Os crentes vitoriosos são governados pelo Reino de Deus.
E. Conexão entre o Reino e os movimentos para-eclisiásticos e sociais.

V I I. As implicações práticas de uma concepção correcta
A. O reino de Deus pode tirar a noiva da igreja.
B. As igrejas devem pôr em prática os principios do Reino de Deus.
C. A união ou unidade entre as igrejas dá lugar ao Reino de Deus.
D. O Reino de Deus não é deste mundo.


I. Introdução ao assunto

A. O Reino de Deus é eterno e a Igreja de Cristo é temporal.

1. O Reino de Deus é eterno:

25/09/2016 - O Reino de Deus é eterno - Pra. Izes Calheiros - YouTube

Somos amigos de um casal, vindos de uma outra igreja e que são agora membros da nossa igreja. O filho mais velho quando deixou a outra igreja magoado e amargurado, abandonou o caminho do Senhor com esta expressão fatídica:

“a minha igreja afastou-me para sempre dos caminhos do Senhor. Desde ai nunca mais quis saber de Deus, mais precisamente dito das igrejas."

Seja ou não a culpa da igreja no caso da pessoa em cima mencionada, nós temos que admitir que as igrejas têm a capacidade para ganhar pessoas para Cristo, mas, infelizmente, também têm a capacidade para revoltá-los e desviá-los do caminho do Senhor.

Este trabalho é dedicado a crentes que possam ter filhos ou amigos nesta situação, que decidiram nunca mais pôr os pés numa igreja, ao menos que aconteça um grande milagre de Deus. Oremos por esse milagre!

Dedico também este trabalho a todos aqueles que pela sua condição humana e social, podem ser facilmente marginalizados pelas igrejas. As escrituras revelam que os marginalizados da sociedade (e, às vezes, das igrejas) têm muitas vezes a prioridade aos olhos de Deus!

O Reino de Deus na terra é constituido em primeiro lugar por pessoas e não por igrejas.

As igrejas devem ter esta visão, se quiserem colocar os interesses do Reino de Deus à frente dos seus interesses locais. Quando os interesses locais passam a ser a prioridade das igrejas, estas deixam de procurar os interesses do Reino de Deus e em vez de orarem “venha o Teu Reino” passam a orar “venha a nossa igreja”.

Desta forma as pessoas passam a ser vistas simplesmente como candidatos potenciais para servirem o interesses locais da igreja. E, se a Igreja não receber um retorno imediato dos seus serviços, ficam esquecidos e marginalizados, pois não valem o tempo, o dinheiro e se calhar o sacrificio que a igreja irá investir na vida deles!!!

Pelas razões já apresentadas até aqui, é importante estudarmos bem as diferenças entre o Reino de Deus e a Igreja, para não cairmos numa concepção de igreja que fecha o Reino de Deus dentro de si própria, como se o Reino de Deus fosse mais pequeno do que a igreja.

Iremos ver que a igreja não deve ser um veículo de regras e tradições religiosas, que defende a todo o custo, nem que tenha que rejeitar ou afastar pessoas, mas deve ser, acima de tudo, um veículo que contribui para a implantação na Terra, dos verdadeiros principios do Reino de Deus encontrados nas Escrituras Sagradas.

A oração que Jesus nos ensinou diz: “Venha a nós o Teu Reino, assim na Terra como no Céu” e não “Venha a nós, a nossa igreja, na Terra!”

Fiquei surpreendido quando compreendi quantas vezes a palavra Igreja aparece nos Evangelhos. Somente três vezes. Uma vez em Mateus 16:18 e duas vezes em Mateus 18:17

E, também, quando compreendi mais a fundo que a Igreja começou no dia do Pentecostes, tem portanto um lado temporal e terreno.

Mas, depois, quando me apercebi das vezes que o Senhor Jesus fala do Reino de Deus nos Evangelhos, mais surpreendido e intrigado fiquei.O Senhor Jesus fala cento e vinte vezes no Reino de Deus nos Evangelhos.

E mais intrigado fiquei, quando me apercebi melhor que o Reino de Deus nunca teve início, nem terá fim, é Eterno.

Decidi então investigar um pouco mais a fundo sobre o assunto, para conhecer melhor a natureza do Reino de Deus e a natureza da Igreja, e daí compreender melhor as implicações impostas pelas suas diferenças.

2. Igreja de Cristo é temporal:


IACS - Instituto Apologético Cristo Salva: DINÂMICA DA IGREJA ...

A Igreja de um lado é um ‘organismo espiritual’ que evolui e vai gradualmente prevalecendo, pois é o corpo vivo de Cristo na terra, sendo Cristo a cabeça da Igreja. Mas, mas de outro lado, a Igreja é também uma ‘organização terrena’ que existe dentro do contexto das culturas humanas e é constítuida por homens que vivem condicionado por essas mesmas culturas.

Desta forma, o lado terreno da igreja pode ser facilmente ser penetrado pelo secular, pelo profano e pode mesmo ser penetrada por Satanás.

Satanás sabe que não pode atacar a cabeça da Igreja – que é Cristo, mas sabe também que pode facilmente atacar o Seu corpo que vive na terra – a Igreja, por causa do seu lado humano.

B. A relação entre o Reino de Deus, a Igreja e a Grande Comissão.



1. Textos Bíblicos:

Em baixo, podemos ver alguns textos que grande parte dos teólogos utilizam para definir o que é a Grande Comissão da Igreja e fazer referência à sua natureza, amplitude e complexidade?

Mateus 24:14 E este evangelho do Reino será pregado em todo o mundo, em testemunho a todas as gentes, e então virá o fim.

Mateus 28:18-20 “E chegando-se Jesus, falou-lhes, dizendo: É-Me dado todo o poder no céu e na terra.” Portanto ide, ensinai todas as nações, baptizando-as em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo; Ensinando-as a guardar todas as coisas que Eu vos tenho mandado; e eis que Eu estou convosco todos os dias, até à consumação dos séculos. Amém.

Marcos 16:15-18 “E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o Evangelho a toda a criatura. Quem crer e for baptizado será salvo; mas quem não crer será condenado. E estes sinais seguirão aos que crerem: Em Meu nome expulsarão os demónios; falarão novas línguas; Pegarão nas serpentes; e, se beberem alguma coisa mortífera, não lhes fará dano algum; e porão as mãos sobre os enfermos, e os curarão.”

Lucas 24:45-48 “Então abriu-lhes o entendimento para compreenderem as Escrituras. E disse-lhes: Assim está escrito, e assim convinha que o Cristo padecesse, e ao terceiro dia ressuscitasse dos mortos, e em Seu nome se pregasse o arrependimento e a remissão dos pecados, em todas as nações, começando por Jerusalém. E destas coisas sois vós testemunhas.”

João 20:21-23 “Disse-lhes, pois, Jesus outra vez: Paz seja convosco; assim como o Pai Me enviou, também Eu vos envio a vós. E, havendo dito isto, assoprou sobre eles e disse-lhes: Recebei o Espírito Santo. Àqueles a quem perdoardes os pecados lhes são perdoados; e àqueles a quem os retiverdes lhes são retidos.”

Actos 1:8,9 “Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há-de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém como em toda a Judeia e Samaria, e até aos confins da terra. E quando dizia isto, vendo-o eles, foi elevado às alturas, e uma nuvem o recebeu, ocultando-o a seus olhos.”

2. A comissão dada aos "11": 

No entanto, alguns teólogos dizem que estas passagens só estão ligadas à comissão dada aos "11" discípulos que eles chamam a comissão do Evangelho do Reino, e não à comissão dada aos "12" discípulos e à Igreja "a chamada grande Comissão dada à Igreja". 

Portanto, dizem que a comissão dos "11" referida nestes textos não dizem respeito à Comissão do apóstolo Paulo e da Igreja.

Vou procurar explicar em baixo os aspectos em que eu concordo e os aspectos que não concordo com estes teólogos: 


a) Aspectos em que eu concordo com o ponto de vista dos teólogos:

 Eu concordo com eles, quando dizem que não podemos aplicar tudo o que vem nos Evangelhos e no Livro de Actos à dispensação da Igreja. Aquilo que nos Evangelhos e no livro de Actos é meramente descritivo (história) e não prescritivo (doutrina) e aquilo que ainda está ligado a questões da lei e ritualismo mosaico, deve ser interpretado dentro do seu contexto e não fazermos aplicações erradas para a Igreja.

Por exemplo, na comissão dada aos "11" o Senhor Jesus está a falar também do Evangelho do Reino que será estabelecido na terra quando da 2ª vinda de Cristo.

Quando falamos do estabelecimento do Reino de Deus na terra podemos dizer:

O Reino de Deus é estabelecido AGORA, pois Jesus já veio, mas NÃO AINDA completamente, pois Jesus ainda não voltou!

Não há Reino sem Rei. Só quando o Rei voltar dos céus, o seu Reino será completamente estabelecido nesta terra. 

Portanto o Evangelho do Reino que vemos falado nos Evangelhos e do qual os 11 discípulos de Jesus foram comissionados a pregar, está também a fazer referência ao estabelecimento do Reino de Deus na terra, não quando Jesus veio a 1ª vez, pois foi rejeitado e cruxifcado, mas quando voltar a 2ª vez para julgar e reinar.
Estes teólogos e eu também, repudiamos os ensinamentos que pretendem que os dons miraculosos e os acontecimentos no tempo do Messias e no livro de Atos dos Apóstolos devem ser completamente restaurados e acontecerem hoje. Estes ensinamentos extremistas deturpam as Escrituras.

Não estou a dizer que Deus não age sobrenaturalmente e com milagres. Claro que Deus continua a agir sobrenaturalmente neste mundo e efectuando milagres.

Mas, acho que é errado dizer que pelas nossas mãos, nós podemos operar os mesmos milagres e ainda maiores que os discípulos comissionados por Cristo fizeram e podemos mesmo fazer milagres maiores que o próprio Cristo fez. Como dizem por exemplo Bill Johnson e outros pregadores. Veja no meu blog sobre Bill Johnson!

Nós devemos considerar que as Escrituras Sagradas ainda não estavam terminados nos tempos dos Evangelhos e de Actos dos apóstolos. Desta forma, os sinais e prodígios nos Evangelhos e o enchimento e as revelações espirituais durante o Pentecostes e nos dias primitivos da Igreja, acompanhado de muitos sinais, prodígios e maravilhas, faziam parte da época em que o messias veio à Terra e a época inaugural da descida do Espírito Santo à Terra.

Além disso, não estando ainda as Escrituras completas, é possível que muitos desses milagres e revelações tivessem a função de fazer com que os primeiros discípulos, mais parte apóstolos, ficassem completamente debaixo do controlo do Espírito Santo, afim de que não houvesse a possibilidade de nenhum erro afectar a redação das Escrituras Sagradas, que só acabou alguns anos depois do Pentecostes.

Nos textos acima citados, há alguns aspectos dentro desta comissão dada por Cristo que estão ligados à comissão dos "11". Aliás, não podemos esquecer que a comissão é dada primeiramente a eles e eles ainda não viviam dentro da dispensação da Igreja. 

Por isso vemos que durante a sua comissão havia práticas que estavam estrictamente ligadas àquela dispensação dos "11" díscipulos, antes da dispensação da Igreja. Por exemplo, a prática do Batismo como remissão de pecados, pegar em serpentes venenosas, beber veneno, impôr as mãos nos doentes e curá-los instantaneamente como vemos em Marcos 15, isto está muito ligado à missão dos "11" é claro. 

Além disso tudo, eu creio que a profecia em Mateus 24:14 E este evangelho do Reino será pregado em todo o mundo, em testemunho a todas as gentes, e então virá o fim" não terá o seu cumprimento completo na era da Igreja.

O completo cumprimento desta profecia e de outras iguais, só acontecerá depois da Igreja ser arrebatada e o Evangelho do Reino ser pregado finalmente a todas as nações durante a primeira parte da tribulação - 3 anos e meio, pelos 144.000 e todos aqueles que se converterem e depois será pregado às restantes nações e línguas pelas 2 testemunhas já na segunda parte da tribulação, que será a pior parte da Tribulação, pois a Besta abandonará o tratado de paz que fez com Israel e passará ao ataque. Apocalipse 6 a 11.

E depois do Anti-Cristo se manifestar contra estas 2 testemunhas e contra os crentes daquele tempo, perseguindo-os e matando-os, vemos em Apocalipse que logo a seguir à ressureição das 2 testemunhas o Senhor Jesus descerá dos céus, com toda a Igreja e os seus anjos, para fazer guerra à besta, prender satanás e estabelecer o Reino de Deus na terra por 1000 anos em cumprimento a todas as profecias antigas. Apocalipse 19 e 20.

Nunca podemos esquecer que o Reino de Deus só descerá completa à terra, quando o Rei dos Reis e o Senhores dos Senhores, que foi rejeitado pelos seus na sua primeira vinda, mas vai voltar à terra para julgar o mundo e reinar na terra, na sua sª vinda. 


b) Mas há alguns aspectos em que eu não concordo com estes teólogos:

Quando dizem que nos chamados textos da Grande Comissão, Cristo não está a fazer qualquer referência à comissão dada da Igreja. Acho que isto é colocar a mensagem dos Evangelhos e do início do livro de Atos dentro de uma dispensação muito rígida e desvirtuar a mensagem que Cristo.

Eu penso que é verdade que Cristo se apresenta nos Evangelhos como o Rei dos judeus e virá um tempo em que os judeus irão acreditar no Evangelho do Reino e o Reino de Deus será implantado na Terra, com Cristo reinando em Jerusalém.

Mas, nos evangelhos, Cristo se apresenta também como o salvador e redentor de todo o mundo. Vemos nos Evangelhos que Ele também revela que veio morrer e ressuscitar segundo as escrituras, para quem Nele crer ter a Vida Eterna. 

Os textos são claros, pois vemos que Jesus ordenou também que em seu nome se devia pregar o arrependimento e a remissão dos pecados a todas as nações. Ele diz também "pregai o Evangelho a toda a criatura", "este evangelho será pregado a todas as gentes", "ser-me-eis minhas testemunhas até aos confins da terra", "fazei discipulos", "batizando-os em nome do pai, e do Filho e do Espírito Santo". 

De que Evangelho ou comissão Ele está a fazer referência ao utilizar estes termos?

Ele pode estar certamente a falar do Evangelho do Reino nestes textos, mas certamente que os termos específicos que vemos em cima, dizem respeito ao Evangelho da Igreja.

O Evangelho do Reino de Deus é eterno, e já aparece revelado no Antigo Testamento, e as Escrituras revelam que Jesus virá estabelecer durante 1000 anos o Reino de Deus na terra depois da Igreja ter sido arrebatada, momento em que Ele reinará em Jerusalém. 

O Evangelho da Igreja, que não tem sm primeiro lugar um alvo terreno, de estabelecer o Reino de Deus na terra, tomando o lugar das estruturas sociais terrenas, mas é no entanto parte integrante do Evangelho do Reino. O primeiro alvo do Evangelho da Igreja é de estabelecer espiritualmente o reino de Deus no coração daqueles que crerem em Jesus e formar o corpo universal de Cristo na terra, que a Bíblia chama de Igreja.

Portanto, todas as passagens nos Evangelhos referidas em cima, incluindo o capítulo um de Atos, falam de uma comissão que está ligada ao estabelecimento do Reino de Deus na terra sobre as estururas humanas e ao mesmo tempo fala de uma comissão que está ligada ao estabelecimento da Igreja de Cristo na terra. 

C. A relação entre o Reino de Deus o Evangelho e a Igreja de Cristo.

Evangelho e Reino de Deus | SEBOLATRIA

Na tentativa de procurar caracterizar a natureza do Reino de Deus e a natureza da Igreja de Cristo, para melhor compreendermos as suas diferenças e as suas ligações, teremos que dizer desde já alguma coisa sobre o Evangelho.

1. O que diz a Bíblia, sobre "o que é o Evangelho"?

Claro que não precisamos fazer essa pergunta como tendo dúvidas sobre o Evangelho – pois o Evangelho não muda. Mas o problema é que nós e os tempos mudamos e com o tempo pode mudar também a nossa maneira de entender o que diz a Bíblia sobre o Evangelho.

É por isso que vale a pena perguntar: o que entendemos por Evangelho?

Vamos ver 3 maneiras como as igrejas entendem o que é o Evangelho:

Primeiro, para alguns de tradição mais conservadora, a resposta é rápida: o Evangelho significa a proclamação da vinda, morte e ressurreição de Jesus Cristo, para dar o perdão dos pecados e consequentemente a vida eterna para os que disseram "sim" a Cristo. A única coisa que interessa é proclamar esta mensagem por toda Terra.

Segundo, para outros, o que interessa é o estabelecimento do Reino de Deus na Terra. Jesus veio estabelecer um tipo diferente de ordem social na Terra caracterizada por justiça, paz e reconciliação entre os homens. O que interessa é lutar por uma ordem política mais justa na Terra, com base nos principios enunciados na Bíblia.

Terceiro, para aqueles da tradição mais pentecostal e carismática, a resposta pode ser um pouco diferente: Jesus veio para que conhecêssemos o seu poder em nossa vida cotidiana. Não precisamos mais ser escravos dos nossos temores, vícios, doenças, pobreza e sofrimento. Jesus veio para acabar com tudo isto e dar-nos prosperidade não só espiritual, mas física e material.

Qual é o problema para haver tantas prespectivas sobre o que é o Evangelho?

Se realmente desejamos uma compreensão bíblica do Evangelho, a nossa definição precisa refletir o tipo de coisas que Jesus tinha em vista quando falava acerca do Evangelho.



2. O que diz a Bíblia, sobre "a relação e o Evangelho e o Reino de Deus"?

Evangelho do Reino, O | Amazon.com.br

Todas as vezes que Jesus falou do Evangelho, referiu-se também ao Reino de Deus. O Reino de Deus foi o assunto do primeiro sermão de Cristo (Marcos 1:14 e Mateus 4:23) - “pregando o Evangelho do Reino”.

Notem que não diz “pregando o Evangelho da Igreja”!? Nem podia dizer, pois nem havia ainda Igreja nessa altura, mas já o Reino de Deus existia, e Cristo revela que o Evangelho é em primeiro lugar e acima de tudo “o Evangelho do Reino de Deus”.

O tema por ele focado quando ministrou aos seus discípulos nos seus últimos quarenta dias sobre a Terra, em Atos 1:3, foi o Reino de Deus – “sendo visto por eles por espaço de 40 dias e falando do que respeita ao Reino de Deus”.

Jesus dizia que no Reino “reside a chave da compreensão de seu ensinamento” (Lucas 8:10).

No Sermão da Montanha, ele afirma que o “Reino de Deus é a primeira coisa que deveríamos procurar, e que tudo mais viria na seqüência” (Mateus 6:33).

A vinda do Reino é a primeira súplica a ser feita na prece que ele nos ensinou (Mateus 6:10). “venha a nós o Teu Reino ... assim na Terra ... como no céu”.

Jesus chegou a dizer que “este evangelho do Reino será pregado em todo o mundo como testemunho a todas as nações, e então virá o fim” (Mateus 24:14).

Por tanto não podemos fazer uma separação entre o Evangelho e o Reino de Deus.

O Evangelho pertence ao Reino de Deus, o Evangelho é acima de tudo a proclamação dos princípios inerentes e designios eternos do Reino de Deus que é Eterno.

Se Jesus associa ao Evangelho a ideia do Reino de Deus, nós devemos fazer o mesmo. E isto coloca então em questão a compreensão que as igrejas têm do Evangelho, nomeadamente as três maneiras referidas em cima de compreender o Evangelho pelas as igrejas.

Vimos que para os primeiros o Evangelho do Reino fala do perdão dos pecados e da Vida Eterna, para os segundos o Evangelho do Reino faz apelo a uma ordem social diferente na Terra, para os terceiros o Evangelho do Reino de Deus fala de poder espiritual e restauração física e material que Deus quer dar aos crentes já aqui na Terra.

Os primeiros, profundamente interessado na verdade da Boas Novas, inclinam-se mais para a pregação, para o evangelho como palavra. Os segundos, interessados na questão social, chocados com o desprezo pela justiça que é notório em tantos crentes, inclinam-se para o Evangelho como obra social. Os terceiros preocupados com convicção de que os dons espirituais são para os nossos dias, inclinam-se muito para o evangelho como sinal.

Estão todos certos, pois estão a viver uma parte do Evangelho, mas estão todos errados também, pois estão a ignorar o Evangelho integral.

A necessidade do Evangelho integral - YouTube

Porque o Evangelho Integral inclui precisamente estas três vertentes:

· Evangelho-como-palavra compreende: pregação do Evangelho e acompanhamento das pessoas evangelizadas; discipulado, batismo e edificação dos convertidos; ensino da teologia cristã e envolvimento da Igreja em evangelismo e missões.

· Evangelho-como-obra significa trabalhar pelo bem-estar físico, social e psicológico do mundo que Deus criou.  

· Evangelho-como-sinal significa esperarmos que Deus, quando vivemos o Evangelho integral e o proclamamos ao Homem integral (inteiro) irá também agir sobrenaturalmente, podendo operar sempre que quiser sinais, prodígios e maravilhas, essas coisas que só Deus pode fazer.

O Evangelho integral que Jesus Cristo viveu e pregou na Terra, o Evangelho do Reino, é um Evangelho como palavra, Evangelho como obra e Evangelho como sinal.

Todos nós sabemos que a alma de uma pessoa é muito mais importante do que todo o resto, e que nesta tentativa de levarmos o Evangelho integral a uma pessoa, com o objectivo de responder a todas as suas necessidades como ser humano, não podemos esquecer, nunca, que o seu destino eterno está em jogo – o céu ou o inferno.

Por essa razão, quando a prioridade entra em questão, temos que dar prioridade ao Evangelho-como-Palavra.

No entanto, isto não quer dizer que vamos ignorar o Evangelho-como-obra e o Evangelho-como-sinal, pois o Evangelho integral do Reino é um Evangelho para o homem integral – espírito, alma e corpo, e as igrejas e os crentes devem refletir no seu viver esse Evangelho integral e proclamá-lo ao homem integral.

O livro de Tiago é um estímulo para os crentes dedicarem-se às obras de caridade. É neste livro que lemos o famoso versículo 1:27 “religião pura e imaculada para com Deus, o Pai, é esta: visitar os ófãos e as viúvas nas suas tribulações e guardar-se da corrupção deste mundo.

Vale a pena ler outra vez o livro de Tiago.

SEGUNDO O APÓSTOLO TIAGO, A LEI DE MOISÉS É A LEI PERFEITA, A LEI DA  LIBERDADE | A VERDADE DE TUDO, SEGUNDO MIQUELS7

Todo o Antigo Testamento está voltado para o “Evangelho das Obras”, e os profetas acusam constantemente o povo de Deus de viver de um ritualismo religioso sem as obras. Dai o famoso versículo em Oseias 6:6 “misericórdia quero e não sacrificio”.

Mateus, revela que durante o julgamento final, Deus irá basear em parte o seu julgamento “na base das obras feitas neste mundo, em relação aos estrangeiros, doentes, presos, famintos e nus”. Mateus 26:32-46

Depois vem o Evangelho como sinal, que diz respeito aos milagres que acompanham a proclamação do Evangelho.

Nota importante: Eu não estou aqui a falar das novas vagas sobre o Espírito Santo e que dão uma grande ênfase aos sinais, prodigios e maravilhas e que dizem que nós temos tanto poder para operar milagres e sinais iguais ou maiores do que os que Cristo e os apóstolos operaram. E alguns chegam mesmo a dizer que nenhum crente deve ficar doente ou pobre, pois Jesus já cravou todos os nossos pecados, enfermidades e maldições, só fica doente e pobre quem quiser, quem não tiver fé.

Eu não estou a falar deste Evangelho confuso.

Estou simplesmente a falar do Evangelho-como-sinal – ou seja, dos milagres e sinais que ainda hoje podem e devem acompanhar a proclamação do Evangelho, toda a proporção guardada.

Nós vemos na Bíblia que os sinais feitos pelo Senhor Jesus além de serem uma demonstração de compaixão eram também uma prova que Jesus era o Messias prometido cuja vinda seria acompanhada de sinais espantosos.

Por essa razão Jesus respondeu como vemos em baixo aos discipulos de João, que vieram perguntar se ele era o messias:

Mateus 11: 2-5 Tendo João, em sua prisão, ouvido falar das obras de Cristo, mandou-lhe dizer pelos seus discípulos: 3 Sois vós aquele que deve vir, ou devemos esperar por outro? 4 Respondeu-lhes Jesus: Ide e contai a João o que ouvistes e o que vistes: 5 os cegos vêem, os coxos andam, os leprosos são limpos, os surdos ouvem, os mortos ressuscitam, o Evangelho é anunciado aos pobres...

Podemos dizer o mesmo dos sinais feitos pelos Apóstolos, que faziam parte da missão única dos discipulos de Cristo que eram testemunhas oculares da sua morte e ressureição, foram os escritores do Novo Testamento e foram quem estabeleceu os fundamentos da Igreja.

O Evangelista S. Marcos nos informa que Jesus “escolheu doze homens - aos quais denominou apóstolos -, para que permanecessem ao seu lado, sendo depois por ele mesmo enviados a outras partes, a fim de que pregassem e tivessem autoridade de expulsar demônios” (Marcos 3:14-5) e também nos relata que “eles foram e pregaram exortando o povo ao arrependimento. Expulsaram então muitos demônios, ungiram com óleo a muitos enfermos e os curaram” (Marcos 6:12-13).

Há sem dúvidas algo de especial, único e extraordinários nos sinais feitos por Jesus e pelos seus discípulos. É por isso que não ouvimos falar em nossos dias de andar sobre as águas, multiplicar os pães, ressuscitar os mortos, curar os paralíticos, leprosos e dar vista aos cegos. É errado querermos forçar e pensar que temos que copiar integralmente estes milagres em nossos dias.

Mas isto não quer dizer que o Evangelho-como-sinal acabou, pois Deus ainda hoje, sempre que quiser, opera milagres, sinais e prodigios e maravilhas.

Quando separamos o Evangelho, da Palavra, da Obra e do Sinal, a vida e a verdade do Evangelho perdem a sua força e valor. Por quê?

Porque nenhum destes três aspectos do Evangelho integral, separadamente, iguala o Evangelho na sua integridade.

O Reino de Deus é um convite a uma forma de relacionamento completo com Deus e com o nosso próximo, e não um simples programa de evangelismo, ou de acção social, ou uma estratégia de igreja ou a um mero apelo a guerra espiritual. É viver com o Cristo vivo nesta Terra, e procurar ser como Ele e fazer o que Ele fez.

Quando as igrejas perdem a visão do Evangelho do Reino de Deus, que é Integral, correm o risco de viverem uma meia-mensagem, salientando do Evangelho somente as verdades que lhes interessam para o seu crescimento imediato e local. O restante do Evangelho é excluido, pois viver e proclamar Todo Evangelho exige perseverança, tempo, dinheiro e muito amor. Viver e pregar o Evangelho integral custa, dói e exige muito sacrificio pessoal.

Nós não devemos ignorar nenhum dos três aspectos do Evangelho. Nunca perdendo de mente que o destino eterno das almas tem sempre a prioridade. Devemos também saber destacar o aspecto do Evangelho (qualquer deles) mais diretamente voltado para as necessidades da pessoa a quem damos o testemunho.

Se a pessoa tem fome da verdade, o melhor a oferecer-lhe rapidamente é a Palavra e falar-lhe da Obra Redentora de Cristo.

Se a pessoa sofre de pobreza material, mas se encontra ainda indiferente ao destino da sua alma, podemos logo de imediato oferecer-lhe o pão e a roupa. Ou se ela padece de injustiça e opressão, deveríamos oferecer-lhe um tipo de acção social que lhe satisfaça esta necessidade.

É claro que gradualmente e pacientemente vamos procurando arranjar oportunidades para ilucidá-la pela Palavra da sua pobreza espiritual e levá-la a Cristo.

Se a pessoa se sente angustiada, fisica ou emocionalmente doente, com relacionamento familiares quebrados, com problemas graves de comportamento, se sente apavorada pelos espíritos ou mesmo possessa, então o ponto de partida mais adequado será, provavelmente, orar para o poder de Deus se manifestar na pessoa e sobre as suas moléstias e mesmo sobre os espíritos que as atormentam e escravizam, buscando libertação para a pessoa, ao mesmo tempo que gradualmente e pacientemente vamos ilucidando as pessoas através da Palavra.

Desta forma o Evangelho integral começa aonde se encontram as pessoas, pode ser logo com a Palavra, ou simplesmente com a oferta de pão, roupas ou medicamentos, ou somente com uma visita, um abraço consolador ou uma oração de ilucidação e libertação.

E, assim, aos poucos, a necessidade e curiosidade das pessoas em relação a uma mudança radical do seu comportamento e ao destino eterno das suas almas vai aumentado, e chegará o dia em que estarão preparadas para ouvir o Evangelho-como-palavra e aceitar o Cristo vivo como Salvador e Redentor.

Conclusão desta secção:

Mas sinto que devo terminar esta secção alertando para o seguinte.

LIÇÃO 5 - O REINO DE DEUS ATRAVÉS DA IGREJA

Quando falamos da relação entre o Reino de Deus e o Evangelho, nunca podemos esquecer que Jesus comissiona a Igreja para ir pregar o Evangelho da salvação da alma - que é o Evangelho-como-palavra Lucas 24:47 - "E lhes disse: Está escrito que o Cristo haveria de sofrer e ressuscitar dos mortos no terceiro dia,  e que em seu nome seria pregado o arrependimento para perdão de pecados a todas as nações, começando por Jerusalém"

É claro que os outros conceitos que nos permitem formar uma definição de Evangelização Integral se encontram na Bíblia em geral, tanto no Antigo Testamento como no Novo Testamento.

Por isso é bíblico dizer que juntamente com a pregação do âmago do Evangelho que é pregar Cristo morto e ressucitado para nos salvar, que deve ocupar lugar central ter sempre prioridade na evangelização, nós também somos comissionados a pregar o Evangelho Reino de Deus.  

Vendo as coisas da perspectiva do Reino de Deus, isto nos permite formar uma definição de Evangelização Integral, pois vemos isto faldo tanto no Antigo Testamento como no Novo Testamento, pois já vemos que era prática da Igreja primitiva cuidar dos órfãos, viúvas e pobres; orar pelos doentes e pelos reis para haver paz e justiça na terra.

Era bom consultar o meu post sobre o Cristão e a Política, onde eu falo do Mandato Cultural.


Mas quando eu realço em cima que "quando falamos da relação do Reino de Deus e o Evangelho, nunca podemos esquecer que Jesus comissiona a Igreja para ir pregar o Evangelho da salvação da alma" - que é o Evangelho-como-palavra, é porque em nossos dias corremos o perigo de estarmos a dar uma ênfase demasiadamente grande ao Evangelho-como-obra e ao Evangelho-como-sinal e a diminuir a ênfase no Evangelho-como-palavra, que deve ocupar sempre lugar central na Evangelização e ser prioritário.

Ou seja, ouve-se falar muito de obra social e de sinais prodigios e maravilhas, mas menos do âmago do Evangelho que é a morte e ressureição de Cristo para nos salvar do Inferno e nos dar a Vida Eterna.

D. As nossas igrejas não são melhores do que as igrejas da Bíblia.

Lembro o que ficou referido no ponto 1. com esta frase em baixo:

“Desta forma, o lado terreno da igreja pode ser facilmente ser penetrado pelo secular, pelo profano e pode mesmo ser penetrada por Satanás”.

Calaméo - Rebecca Brown - Prepare Se Para A Guerra [espiritual].

Os crentes caem muito no erro de pensar que a sua igreja é fora de série, a melhor, e não há nenhuma igreja tão boa como a deles? E daí podem concluir: a minha igreja!? Influenciada pela cultura humana, capaz de ser penetrada pela influência do secular, profano e até de Satanás? Nunca.

Se temos tanta presunção, devemos ler o que Apocalipse caps 2 e 3 diz sobre as 7 igrejas, utilizando os termos:

“perdeu o primeiro amor”, “alberga a sinagoga de Satanás no meio dela”, “alguns seguem a doutrina de Balaão”, “outros seguem a doutrina dos nicolaitas”, “alguns toleram Jezabel, mulher que se diz profetiza e conhecem as profundezas de satanás”, “alguns pensam que vivem, mas estão mortos”, “uma Igreja que tem pouca força”, “alguns não são frios, nem quentes, são mornos” etc

Teríamos que fazer um estudo profundo sobre todos estes termos e ver as lições que a nossa igreja pode aprender com estas 7 igrejas.

Mas, se pensarmos que as coisas negativas ditas sobre estas 7 igrejas, não dizem respeito à nossa igreja, então, deviamos ler I Corintios e ver se não há nada do que se passou naquela igreja que possa estar a passar na nossa igreja. “Algum fermento, alguma desordem, alguma meninice, alguma carnalidade, alguma prostitiuição”.

Se mesmo assim, não houver nada da igreja de Coríntios que diz respeito à nossa igreja, leiamos a carta aos Gálatas e Colossences e “ver se não há algum legalismo que reduziu o efeito da graça de Deus na nossa igreja”.

Podemos perguntar: o quê que está a nossa igreja a oferecer às pessoas? A Graça de Deus em toda a sua ‘completude’, ou uma ‘descompletude’ graça, misturada com regras, preconceitos, tradições e “preceitos e doutrinas segundo os homens” ?. Colossences 2:17-23

Devemos ler também Filipenses que fala da penetração de “alguns erros doutrinais”, da “desavença de duas irmãs” e onde os crentes são exortadas imitarem a Cristo. Colossences fala de uma “mistura de astrologia, judaismo com o cristianismo” e Tessalonicenses revela que os crentes “vivem confusos a respeito da segunda vinda de Cristo”.

Nada disto tem a haver com a nossa igreja?

Leiamos Tiago, que exorta os crentes a refrear a sua língua, a não fazer distinção de pessoas, a pôr em prática a verdadeira religião que é visitar os órfãos e as viúvas e haver obras a acompanhar a sua Fé, saber resistir às paixões do mundo e não seguir a sabedoria terrena e diabólica que julga os outros e cria divisões, mas antes seguir a sabedoria que vem do alto.

Penso que tudo isto revela que a igreja primitiva vivia influenciada pelo lado terreno, cultural, secular, profano, e mesmo diabólico, que também pode estar presente nas nossas igrejas, mais do que podemos estar a pensar.

Nós sabemos que “as portas do inferno não vão prevalecer contra a Igreja”, mas isto é simplesmente porque o Senhor Jesus, o Cabeça da Igreja fez-nos a promessa: “eu edificarei a minha Igreja”. O inferno vai sair derrotado, por causa do Seu sangue, porque ELE nos resgatou da maldição da lei, porque ELE triunfou na cruz sobre as potestades e principados. A vitória vem do Seu triunfo, e não de nós, nem da santidade ou espiritualidade da nossa igreja. Mateus 16:18 Gálatas 3:13, Colossences 2:15.

Tem sido sempre assim na história, onde vemos que a Igreja mesmo quando se instituicionaliza e satanás estabelece a sua sinagoga no meio dela, através de sucessivas reformas continua a sua marcha triunfante.

A Igreja marcha triunfantemente - mesmo quando a doutrina dos nicolaitas faz com que o clero passe a mandar na Igreja, e esta deixa de ser a Eklesia (congregação) de Jesus, um povo sacerdotal, onde todos os membros são iguais, a diferença está nas suas funções. Mesmo quando Jezabel estabelece-se como profetiza no seio da Igreja. Mesmo quando perde o seu primeiro amor, mesmo quando se torna morna, esfria, morre, ou é penetrada por toda a espécie de fermento, e cair mesmo na prostituição!

Deus levanta sempre homens e mulheres que com uma visão renovada, santa, crentes reformados que continuam a marcha vitoriosa da Igreja pela história fora.

Mas, nunca devemos pensar que a nossa igreja é uma “super Igreja”. Nós não somos, de certeza, melhores do que os outros que um dia também pensaram que eram “super-crentes”, mas sucumbiram. O orgulho procedeu a sua queda. Provérbios 16:18

Devemos vigiar e orar a todo o tempo, como o Senhor nos ensina “venha a nós o Teu Reino”.

Infelizmente a igreja com o passar dos tempos, perde o julgamento sobre si própria, já não consegue enxergar a sua fragilidade diante dos ataques do mundo e de satanás e cai no orgulho pensando ser muito forte, perfeita, melhor do que os outros.

Mas quando os crentes despertam e pedem a Deus para o Seu Reino crescer dentro dos seus corações, então conhecerão a vitória sobre o secular, sobre o profano, sobre o mundano e sobre o diabólico. Os crentes são vitoriosos quando deixam Deus reinar, e não forçosamente as regras e estratégias impregnadas pelo pecado das suas igrejas a reinar.

No final deste estudo iremos falar nestes princípios do Reino de Deus. Continue a ler e compreender as diferenças que existem entre a Igreja e o Reino de Deus.

E. Muita ênfase na igreja local/denominicional prejudica o Reino de Deus.

O QUE ESTÃO FAZENDO COM A IGREJA by Michel Dos Santos - issuu

Um ensinamento bíblico e sólido sobre a Igreja local é vital para os membros serem edificados e poderem desempenhar cada um a sua função na Igreja Corpo vivo de Cristo, exercitando assim os seus dons, ofícios e serviços para a expansão e a extensão da igreja. Efésios 4:9-16, I Corintios 12, Romanos 12.

A Igreja Universal de Cristo nunca poderá crescer como deve ser, se as igrejas locais não crescerem como deve ser segundo o padrão estabelecido pelo Novo Testamento com os Apóstolos, Profetas, Evangelistas, Pastores e Doutores a edificarem cada um dos membros para poderem desempenhar a sua função.

Alguns acreditam que os Apóstolos e Profetas da Igreja têm exctamente a mesma função, poder e autoridade que os Apóstolos de Cristo e os Profetas de Deus que escreveram a Bíblia e puseram o fundamento da Igreja, mas eu acho que não. Eu acho que hoje ainda existem Apóstolos e Profetas, mas como uma função, poder e autoridade diferente. Eu trato deste assunto noutra parte do meu blogue.

O assunto desta secção é, no entanto, mostar que uma concepção muito fechada de Igreja local ou denominicional, pode excluir em parte a visão de Igreja Universal, da Grande Comissão de Cristo e também a visão de Reino de Deus.

Se é verdade que as Igrejas históricas perderam o contacto com o mundo, pois não adaptaram o seu formato e a suas metodologias aos tempos, elas incluiam contudo na sua Teologia, uma visão da Obra de Cristo em todo o mundo e de Reino de Deus. Fazem parte destas Igrejas históricas, as grandes Igrejas Protestantes provenientes da reforma assim como os movimentos mais recentes que deram inicio as Igrejas Baptistas, as Assembleia dos irmãos e as Assembleias de Deus, que até ao século passado entraram em todos os continentes e países.

As Igrejas contemporâneas, com cento e tal anos de existência, muitas delas de tendência pentecostal ou carismática, mudaram de formato e de metodologias para se adaptarem melhor ao mundo que nos rodeia, conseguindo atingir com mais facilidade as pessoas em geral dentro das sociedades actuais.

No entanto, estas Igrejas modernas, apesar de darem mais valor ao lado emocional e cultural do homem, descuraram o seu conhecimento biblico, e caíram numa visão muito estreita de Igreja, dando demasiada ênfase à sua própria igreja local ou a sua própria Denominacão, tudo gira a volta disto, reduzindo desta forma a visão de Igreja Universal, da Grande Comissão e do Reino de Deus.

Muitas destas Igrejas não cooperam como o corpo Universal de Cristo e, por exemplo, todo o dinheiro dos crentes têm que ser entregue aos líderes das Igrejas. Ninguém pode apoiar outra obra, tudo passa pela Igreja, que enriquece, crescendo para dentro, não para fora, especialmente, não para fora das suas fronteiras culturais.

Normalmente, algumas “megas” igrejas e alguns grupos modernos de igrejas, nascem deste concepção estreita. São Igrejas que estão a crescer localmente com a vinda de crentes que deixam as suas Igrejas e aderem a estas igrejas seduzidos pelo espectacular e pelo emocional.

Mas, no fundo, embora hajam conversões, vemos que estas igrejas não estão a levar o Evangelho aos perdidos e aos locais aonde o Evangelho ainda não foi pregado tal como a Bíblia nos ordena, ir por todo os cantinhos da Terra, dando prioridades aos menos privilegiados, pregando o Evangelho de Cristo.

Além disso, vemos hoje muitas igrejas locais, ou familias de igrejas, cada uma com um nome muito particular, criando ainda mais divisão no corpo de Cristo, impedindo uma cooperação conjunta da Igreja Universal em prol da conquista de todo o mundo para Cristo. Muitos destes grupos ou igrejas actuais são governados por um Pastor, às vezes reconhecido como um Apóstolo, que do topo da organizacão domina e dirige completamente a vida desse tipo de igreja ou denominacão. O que ele diz “é Bíblia”.

Isto dificulta muito a expansão do Reino de Deus por todo o mundo, que só pode acontecer através da obediência de uma igreja que coloca os perdidos e os não alcançados no topo das suas prioridades, e não os interesses locais da Igreja ou da denominação.


F. Os principios do Reino na Terra e as diversas Instituições.

Antes de falar deste assunto, devo salientar que não sou um seguidor das doutrinas sobre a Teologia do Reino e muito menos sobre a Teologia do Reino "Agora" ou da Teologia do Dominio. Isto porque eu não creio que o Reino de Deus vai ser estabelecido sobre as estruturas terrenas como estas teologias advogam, dizendo que através da Igreja o Reino de Deus vai governar a Terra e atestam mesmo que os crentes não deviamm conhecer a doença, nem a pobreza. Os crentes já são "principes" nesta Terra!

Teologia da Prosperidade (O Falso Evangelho)

Segundo a compreensão que tenho das Escrituras, o Reino de Deus vai ser estabelecido na Terra, tomando se assim posso dizer o "Governo da Terra" quando Cristo voltar na sua segunda vinda. Eu acredito que os 1000 anos, ou o "milênio" falado no Apocalipse faz referência ao Reino de Cristo na Terra, quando Ele voltar e reinar 1000 anos na terra, e os crentes vão reinar com Ele, como reis e sacerdotes. Eu acredito que a Igreja vai ser arrebatada e depois voltar com Cristo para reinar com Ele na Terra.

Mas Deus quer já estabelecer "Agora" alguns princípios eternos ligados com o Seu amor e da Sua Justiça no coração dos crentes, e Ele faz isto através da Igreja. Quando estes princípios eternos do Reino de Deus, ligados com o seu amor, bondade, retidão, justiça, são pela Obra Redentora de Cristo estabelecidos na vida dos crentes de uma determinada sociedade e cultura, é claro que nós já vemos alguns efeitos visíveis do Reino de Deus nessa tal sociedade e cultura, pois a vida dos crentes vai ter uma certa influência à sua volta.

Portanto, o Reino de Deus só vai ser estabelecido em completo mais tarde, mas Deus estabelece já alguns dos princípios do Reino, e para isto Ele utiliza diversas agências.

Mas a agência principal é a Igreja que é o corpo de Cristo, é a noiva de Cristo na Terra.

Efésios 5:25 Maridos, amai vossa mulher, como também Cristo amou a igreja e a si mesmo se entregou por ela 27 para a apresentar a si mesmo igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, porém santa e sem defeito. 29 Porque ninguém jamais odiou a própria carne; antes, a alimenta e dela cuida, como também Cristo o faz com a igreja; Como, porém, a igreja está sujeita a Cristo, assim também as mulheres sejam em tudo submissas ao seu marido. 29 Porque ninguém jamais odiou a própria carne; antes, a alimenta e dela cuida, como também Cristo o faz com a igreja; 32 Grande é este mistério, mas eu me refiro a Cristo e à igreja

Não é preciso ler mais textos, para ver como a Igreja é tão preciosa para Jesus. É a sua noiva na Terra e, um dia, será a Sua esposa no céu.

A igreja tem uma posição muito grande e privilegiada neste propósito de Deus estabelecer já alguns dos princípios do Reino eterno d eDeus na Terra.

Mas, devemos compreender que Igreja não é a única pedra em jogo neste tabuleiro, há outras pedras no tabuleiro.

Po isso,  a Igreja ão é a única instituição/poder estabelecida por Deus no céu e na terra, pois há outras instituições/poderes nos céus e na terra que Deus utiliza para estabelecer os propósitos do Seu Reino eterno na Terra e no Céu.

Vejamos algumas destas outras pedras/instituições/poderes do tabuleiro de Deus:

1) Os anjos que além das suas funções nos céus, têm funções na terra.

Salmos 104:4 Fazes a teus anjos ventos e a teus ministros, labaredas de fogo.

2) O povo de Israel, que teve e ainda terá um função a desempenhar neste propósito eterno de Deus, de estabelecer o Seu Reino na Terra e no Céu.

3) Autoridades/governos estabelecidas por Deus, que são uma espada contra o mal, e por quem devemos orar para que estabeleçam duas colunas da manifestação do Reino de Deus na terra - a justiça e paz

Romanos 14:4 visto que a autoridade é ministro de Deus para teu bem. Entretanto, se fizeres o mal, teme; porque não é sem motivo que ela traz a espada; pois é ministro de Deus, vingador, para castigar o que pratica o mal.

4) Instituições e obras de caridade – algumas de carácter cristão, outras de carácter secular e mesmo governamental.

5) Organizações para-eclisiásticas cristãs e associações seculares que de uma forma ou de outra Deus utiliza para ajudar a estabelecer o Seu Reino na terra.

6) E a célula mais imporante de todas - as famílias humans.

6) Pense noutros aspectos que Deus poderá utilizar para este fim.

Vemos que há muitas pedras em jogo no tabuleiro de Deus, nesta Sua activididade de estabelecer o Seu Reino nos Céus e na Terra. A Igreja é somente uma delas, talvez a mais importante, pois a Bíblia revela a Igreja como sendo a expressão mais visível da manifestação do Reino de Deus na Terra.

No entanto pelo que já falámos em cima, vemos que a igreja, noiva de Cristo, não é perfeita. Cristo tem o trabalho de alimentar e purificar a sua noiva terrestre, para a apresentar ao Seu Pai, cuidada, submissa, sem ruga e sem mácula.

Portanto se a Igreja quer de facto ajudar para que a manifestação do Reino de Deus seja cada vez maior na Terra até que a 'completude' do Reino de Deus venha, terá que se tornar mais e mais imaculada.

Por essa razão, neste estudo, eu estou a procurar apresentar alguns factores que nos poderão ajudar a investir em aspectos fracos e vulneráveis da Igreja, afim de se tornar cada vez mais esta noiva imaculada a quem Cristo tanto ama, tendo dado a Sua Vida por ela.


II. AS DIFERENÇAS ENTRE O REINO DE DEUS E A IGREJA

Quais são as diferenças entre as palavras expressas pelo Senhor Jesus na  Era da Graça e as palavras expressas por Deus Todo-Poderoso na Era do Reino?

Há uma grande confusão entre o que é o Reino e o que é a Igreja. Muitos pensam que o Reino de Deus diz unicamente respeito à Igreja de Cristo, mas de facto não é isto o que a Biblia ensina.

Embora alguns estudiosos achem que não existe nenhuma diferença entre o Reino de Deus e a Igreja de Cristo, a Biblia revela que são duas coisas diferentes, embora possam estar ligadas em alguns aspectos.

Para os crentes poderem desempenhar efectivamente a sua missão na Terra, eles devem conhecer muito bem as diferenças entre os dois.

A. Natureza do Reino de Deus

O Reino de Deus diz respeito ao governo soberano de Deus sobre todas as coisas que foram criadas por ELE. Isto inclui todas as coisas nos céus e na terra, anjos e homens, e outras coisas que possamos desconhecer, e estão submetidas ao Seu governo. O Reino de Deus diz respeito a TUDO e ao TODO criado por Deus e sobre o qual ELE governa.

Salmos 103:19 Nos céus, estabeleceu o SENHOR o seu trono, e o seu reino domina sobre tudo.

Daniel 4:3 Quão grandes são os seus sinais, e quão poderosas, as suas maravilhas! O Seu Reino é reino sempiterno, e o Seu Domínio, de geração em geração.

B. A Natureza da Igreja de Cristo

A palavra Igreja vem da palavra grega “Assembleia”. A Igreja diz respeito ao conjunto dos homens que nasceram de novo, ao povo de Deus redimido na terra através da obra de Cristo.

No entanto, apesar de ter o lado celestial, como é uma Assembleia composta de pessoas que ainda vivem na Terra, a Igreja pode facilmente ser influenciada pelo mundo e pelo pecado.

Em alguns textos a Biblia faz referência a uma assembleia universal – a Igreja Universal de Cristo, noutros a Biblia faz referência a uma assembleia local – a Igreja Local de Cristo.


III. AS DIFERENÇAS APRESENTADAS NOS EVANGELHOS

Qual a diferença entre salvação e exaltação? - Portal SUD

A. Sobre a Igreja

Nós encontramos somente três lugares em todo o Novo Testamento onde o Senhor Jesus fala da Igreja. Uma vez em Mateus 16:18 e duas vezes Mateus 18:17

Mateus 16:18 Também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela.

Mateus 18:7 E, se ele não os atender, dize-o à igreja; e, se recusar ouvir também a igreja, considera-o como gentio e publicano

No primeiro texto Jesus faz a referência a Igreja Universal, e no segundo texto ele faz referência a Igreja local. Tanto a Igreja Universal como a local são temporais.

Não encontramos qualquer menção sobre a Igreja nos evangelhos de Marcos, Lucas e João.

B. Sobre o Reino de Deus

No entanto nos 4 Evangelhos encontramos 120 menções do Senhor Jesus sobre o Reino de Deus, ou o Reino dos Céus.

Se lermos estes 120 versículos, concluiremos que muitos aspectos citados nestes versiculos, não dizem respeito à Igreja, mas a um Reino maior, mais abrangente que inclui o governo de Deus sobre todas as coisas, na Terra e no Céu.

Mateus 6:10 Venha a nós o Teu Reino, seja feita a Tua vontade assim na Terra como no Céu.

Marcos 14:25 Em verdade vos digo que jamais beberei do fruto da videira, até àquele dia em que o hei de beber, de novo, no Reino de Deus.

Vemos portanto a grande importância que Jesus colocou no Reino de Deus, afirmando que aqueles que aceitarem o Reino de Deus, receberão as bençãos de Deus.

Uma pessoa pode pertencer à Igreja e não viver os principios do Reino de Deus, se a sua vida não for governada por Deus. Infelizmente muitos crentes não deixam as suas vidas serem totalmente governadas por Deus.

As nossas vidas tem que estar completamente submetidas a Deus, para vivermos debaixo dos principios do Reino de Deus.

É preciso que os crentes compreendam esta grande verdade.

Deus não pode reinar sobre uma pessoa, mesmo sendo um crente, que não se quer submeter completamente ao Seu Governo.

Uma pessoa que aceita Jesus Cristo, pode ser batizada pelo Espirito Santo e passar a pertencer ao corpo de Cristo, à Igreja Universal, ter uma igreja local, mas se não submeter a sua vida completamente ao governo de Deus, ela não viverá debaixo dos principios do Reino e nunca ajudará o Reino de Deus a crescer neste mundo, da forma como Deus quer.

Mas temos que também compreender que Deus não quer só reinar sobre a "pessoa", Deus quer também reinar sobre a "terra". Foi também para isto que Cristo veio, para ser o Rei dos Judeus, o Rei sobre a Terra.

Mas Cristo foi rejeitado, e cruxificado. Somente que isto tudo já fazia parte dos planos de Deus, que queria através da Obra Redentora de Cristo, redimir um povo para si - a Igreja - contituída por pessoas de todas as línguas e nações da Terra.

Entretanto, não há Reino na terra, sem Rei. Mas, quando Cristo voltar, o Senhor dos Senhores e o Rei dos Reis, Ele estabelecerá do Reino de Deus na Terra por 1000 anos e depois nos céus para sempre.


IV. O REINO DE DEUS NO ANTIGO E NO NOVO TESTAMENTO

O Reino de Deus | Encontro Com a Palavra

O Reino de Deus é eterno, existe desde toda a eternidade, pois Deus é Eterno e reina desde toda a eternidade como diz Daniel 4:3 O Seu Reino é sempiterno.

Portanto o Seu Reino existiu, existe e existirá para Sempre.

No que diz respeito à Terra, o Reino de Deus se manifestou no Antigo Testamento através da linhagem messiânica que jà vinha desde Adão, passando pelos Patriarcas que deram início ao povo de Israel, e essa linhagem continuou ate a vinda de Jesus Cristo, o messias prometido.

Jesus Cristo, o messias, cumpre todas as profecias ao seu respeito, morrendo e ressuscitando dando início à Igreja - corpo vivo de Cristo na terra.

A. A manifestação do Reino de Deus no Antigo Testamento

No que diz respeito a manifestação do Reino na Terra, nós podemos dizer que o Reino de Deus veio (no Antigo Testamento), está a vir (durante o Novo Testamento) e virá com a segunda vinda de Cristo, altura em que Cristo reinará durante 1000 anos na terra.

Através da linhagem que vinha desde Adão e que deu mais tarde inicio ao povo de Israel, Deus deu os 10 mandamentos à humanidade e através dos 10 mandamentos Deus revelou a base legal do Seu Reino, que deveria regulamentar o relacionamento entre o homem e Deus, e entre o homem e o seu semelhante.

A base legal do Reino de Deus na Terra foi também revelada através dos oráculos que ele comunicou aos homens através dos profetas, sacerdotes e outros servos de Deus.

Portanto, vemos que os principios e estatutos do Reino de Deus já existiam muito antes de existir o Evangelho da Igreja.

Estes Estatutos foram entregues no Antigo Testamento a todos aqueles que se submeteram completamente ao Seu Governo Soberano, pelo concerto que Deus estabeleceu com Abraão, Isaque e Jacó e mais tarde através das leis mosaicas e criação da Nação de Israel.

Deus destinou a Nação de Israel para ser uma Nação sacerdotal, e incumbiu-lhes a responsabilidade de espalhar os Estatutos do Reino às outras Nações, numa tentativa de implantanção já naquela altura de alguns princípios do Reino de Deus na Terra.

Exodos 19:6 vós me sereis reino de sacerdotes e nação santa. São estas as palavras que falarás aos filhos de Israel.

Salmos 62:1 Aclamai a Deus, toda a terra. Salmodiai a glória do seu nome, dai glória ao seu louvor

Mas, como vemos na Bíblia, a Nação de Israel em vez de influenciar as Nações, deixou-se seduzir pelos seus costumes e deuses. Deus enviou profetas, uns atrás dos outros, para chamarem-na ao arrependimento e pronunciaram castigos severos contra eles, se Israel não abandonasse os pecados.

Ezequiel 5:6 Ela, porém, se rebelou contra os meus juízos, praticando o mal mais do que as nações e transgredindo os meus estatutos mais do que as terras que estão ao redor dela; porque rejeitaram os meus juízos e não andaram nos meus estatutos

Malaquias 3:7 Desde os dias de vossos pais, vos desviastes dos meus estatutos e não os guardastes; tornai-vos para mim, e eu me tornarei para vós outros, diz o SENHOR dos Exércitos; mas vós dizeis: Em que havemos de tornar?

No entanto, apesar da desobediência, Israel é o povo eleito de Deus, no Antigo Testamento, através do qual Deus continuou a manifestar os principios do Seu Reino na Terra, principios esses, já revelados em parte aos Patriarcas Abraão, Isaque e Jacó.

Portanto a eleição de Israel é irrevocável, há muitas promessas sobre a sua restauração futura, quando então o reino de Deus será completamente estabelecido na terra pelo Rei dos Reis, Senhor dos Senhors, o Senhor Jesus Cristo na sua segunda vinda.

Há no entanto estudiosos bíblicos que não subscrevem a doutrina da restauração da Nação de Israel e seguem a chamada “Fulfillement Theology”, uma doutrina da Fé reformada, em que acham que todas as promessas feita no Antigo Testamento sobre a restauração da Nação de Israel são cumpridas na Igreja. A Igreja é o Israel celestial.

Com todo o respeito por esta posição e estando consciente que é só no além que iremos saber quem é que estava mais certo, eu creio, no entanto, que devemos tomar literalmente as profecias feitas a Israel e não ver o seu cumprimento na Igreja.

Penso que Romanos 11, e especialmente os v25-36 é muito claro sobre a salvação de todo o povo de Israel, como Nação.

E passagens am Zacarias 8 a 13, Isaias 60 a 62, Ezequiel 34 a 37, Deuteronómio 28 a 30, assim como em Apocalipse, e muitas outras, revelam que quando o plano redentor de Deus para os gentios se tiver concretizado, Deus cumprirá todas as promessas feitas ao povo da Antiga Aliança, que ainda não foram cumpridas.

Estas promessas feitas a Abraão, com quem Deus fez uma aliança perpétua, confirmadas depois directamente a Israel, serão cumpridas na altura do Milênio, depois do Arrebatamento da Igreja. Nessa altura haverá uma manifestação massiva do Reino Eterno de Deus em toda a terra, em que Jesus reinará sobre a Terra por 1000 anos.

A aliança entre Deus e Moisés, na altura em que Deus deu a Lei Moisaica ao povo, foi em parte quebrada pelo povo ao desobedecerem aos mandamentos, era uma aliança condicional.

Mas a aliança feita entre Deus e Abraão, que é sinalizada pelo corte do prepúcio, que diz respeito a Israel, pois Deus disse “Far-te-ei uma grande Nação”, e diz respeito também à Igreja quando diz “e em ti serão benditas todas as familias da terra”, esta aliança é incondicional, não pode ser quebrada.

Na aliança feita com Abraão, quando Deus lhe apareceu mais vez, confirmando as promessas, mudando-lhe o nome para ABRAÃO, prometeu que lhe daria perpetuamente a terra das suas perigrinações.
Gênesis 17:1-8

DAR-TE-EI E À TUA DESCENDÊNCIA A TERRA DAS TUAS PEREGRINAÇÕES, TODA A TERRA DE CANAÃ, EM POSSESSÃO PERPÉTUA, E SEREI O SEU DEUS.

É devido a esta aliança e promessa que estamos ainda hoje a assistir ao conflito na Palestina, pois os judeus não querem largar a sua possessão perpétua dada por Deus.

Deus tem um concerto com um povo terreno, Israel, e um concerto com um povo celestial, a Igreja, baseado na aliança feita com Abraão, Isaque e Jacó. Logo, Deus irá cumprir todas as promessas feitas a estes dois povos, incluindo as promessas da futura restauração de Israel.

Por essa razão, a maior parte do mundo evangélico acredita que Cristo primeiramente arrebatará a Igreja, e depois de alguns anos de Tribulação na terra, dar-se-á a Sua segunda vinda, em que Cristo estabelecerá o Reino de Deus na terra - o Reino Milenar de Cristo, com capital em Jerusalém. Depois seguir-se-á o Julgamento final, e finalmente o Reino de Deus será estabelecido nos novos céus e na nova Terra onde os crentes irão habitar.

Apocalipse 20:4 E Reinaram com Cristo durante 1000 anos.

A Teologia do Reino que ensina que a Igreja vai ter dominio sobre o mundo, e que já não vai haver mais doença, pobreza, maldições e tentações sobre os crentes, não tem bases bíblicas.

Estas Teologias do Reino de Deus revogam que quando o Reino de Deus invade a terra, deixa de haver doença, pobreza, maldições, satanaz é completamente destituido do seu poder e os crentes passam a viver muito bem e devem gozar das bençãos materiais que o Reino de Deus traz, ensinando que Igreja passará a ser dominante na terra.

Há doutrinas que são mais moderadas e não dão abertura para algumas heresias mencionadas no parágrafo anterior. As que nromalmente ensinam tais heresias estão muito associadas às doutrinas da terceira vaga e do Evangelho da Prosperidade.

No entanto, a Bíblia parece indicar que Deus não estabelecerá completamente o Seu Reino sobre a Terra através da Igreja. A Igreja é sempre revelada nas escrituras, vivendo debaixo de perseguição e sofrimento, que vai piorar no final dos tempos com o aumento da iniquidade.

Sobre a vinda do Reino de Deus à Terra, o Reino de Deus só terá dominio na terra quando o sucessor de Davi o Senhor Jesus Cristo voltar e reinar 1000 anos na terra, com uma vara de ferro. Nessa altura, a Bíblia diz que satanás será amarrado por 1000 anos. Apocalipse 20:1-6

Isto acontecerá quando na altura da primeira ressureição a Igreja for arrebatada e voltar a seguir com o Senhor Jesus dos céus para reinarem com Ele na terra durante 1000 anos. I Tessalonicenses 4:13-18, I Corintios 15:50-52, Mateus 24:30-31

Os profetas deixaram ao povo de Isarel muitas promessas ligadas a uma restauração final do povo de Israel, que parece não terem ainda sido cumpridas.

Atos 15:16 Cumpridas estas coisas, voltarei e reedificarei o tabernáculo caído de Davi; e, levantando-o de suas ruínas, restaurá-lo-ei

Apocalipse 12:5 Nasceu-lhe, pois, um filho varão, que há de reger todas as nações com cetro de ferro. E o seu filho foi arrebatado para Deus até ao seu trono.

Apocalipse 20:6 Serão sacerdotes de Deus e de Cristo e reinarão com ele os mil anos.

Atos 1:6-7 Perguntaram-lhe dizendo: Senhor restaurarás tu neste tempo o reino de Israel: E disse-lhes: Não vos pertence saber os tempos e as estações que o Pai estabeleceu pelo Seu próprio poder

Portanto o reino de Deus, eterno, manifestou-se na terra pela primeira vez através dos patriarcas que deram o início à nação de Israel. Através dos 10 mandamentos, Deus coloca a base legal do seu Reino da Terra, que ainda está hoje em vigor, embora do ponto salvacional ninguém possa ser salvo pela observação da Lei, antes pela contrário a Lei revela o pecado, a incapacidade do homem agradar a Deus.

Desta forma, Cristo se manifestou e pela sua Obra redentora oferece salvação a todos os homens e através do Seu Espírito continua a estabelecer agora de uma forma mais Universal o Reino de Deus na Terra, pela implantação da Sua Igreja.

No entanto a acção de Deus, na tentativa de estabelecer o Seu Reino de justiça e paz na Terra, nunca para, e continua paralelamente com o trabalho da Igreja.

A Igreja, mesmo quando erra e se desvia, não trava a acção de Deus na Terra, com vista à implantação do Seu Reino, pois o Reino de Deus sempre foi e será sempre maior e mais abrangente do que a Igreja.

Desta forma, quando a Igreja terminar o seu trabalho na terra, que é de anunciar o Evangelho a todas as gentes, será retirada da cena mundial e Deus continuará o Seu plano de estabelecer o Seu Reino na Terra. Um Reino fala sempre de um Rei. Sem Rei na terra, não há Reino. Isto só acontecerá quando Jesus Cristo voltar e reinar na terra, em Jerusalém, a cidade santa, sobre todas as nações.

Desta forma todas as promessas dadas ao povo de Israel que ainda não foram cumpridas, serão cumpridas durante o Milênio.

Eu sei que os que super-enfatizam a vocação da Igreja, em prejudício do Reino de Deus, pensando que a Igreja é o Israel espiritual, que veio substituir completamente o povo de Israel, não concordam com este aspecto, mas tudo parece indicar nas Escrituras que assim será.

Nós vemos em Apocalipse que não há somente 12 anciãos à volta do Trono, há 24 anciões, que representam sem dúvidas estes dois povos – 12 deles, representam as pessoas ganhas através do Reino de Deus manifestado pelo povo de Israel antes e depois da Igreja, os outros 12 representam as pessoas ganhas pela Igreja.

Há ainda o povo que será ganho durante a Grande Tribulação, não através de Israel que ainda não está restabelecido na Terra, nem através da igreja que já foi arrebatada.

Durante a Grande Tribulação, também há uma manifestação especial do Reino de Deus na Terra, liderada pelas duas Testemunhas, as duas oliveiras.

B. A manifestação do Reino de Deus no Novo Testamento

Embora, o Reino de Deus exista desde toda a eternidade, e tenha já sido manifestado no Antigo Testamento de diversas maneiras, na vida de diversos servos de Deus, vemos que com a ascenção do Senhor Jesus aos céus, depois da sua morte e ressureição, o Reino de Deus se manifestou universalmente aos homens na Terra com a descida do Espírito de Deus sobre todos os homens, até aos confins do mundo, sem qualquer descriminação de raça, idade ou sexo.

Qualquer homem ou mulher, pode hoje entrar e passar a pertencer ao Reino de Deus, através do novo nascimento.

João 3:3 A isto, respondeu Jesus: Em verdade, em verdade te digo que, se alguém não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus.

Torno a repetir, o Reino de Deus existiu desde sempre, existe hoje e existirá para sempre.

Também podemos dizer no que diz respeito ao estabelecimento do Reino de Deus na Terra, que o Reino de Deus veio (à Terra) com os Patriarcas e o povo de Israel, está a vir (à Terra) através da Igreja e virá (à Terra) quando Jesus voltar e estabelecer o Seu Reino Milenar com sede em Israel e capital em Jerusalém.

Mas, nós não precisamos de esperar o regresso de Cristo, pois podemos já entrar no Reino de Deus através do novo nascimento.

Os crentes deviam ter a visão de que quando se convertem e nascem de novo, eles passam a pertencer a Igreja Universal que fala da Assembleia global de todo o povo redimido por Deus, e passam a pertencer ao Reino de Deus que fala de toda a familia de Deus nos céus e na terra, e durante todas as Eternidades, que se deixam governar por Deus.


V. OS REINOS DO MUNDO FORAM ENTREGUES A SATANÁS

Quem é o verdadeiro Governante Desse Mundo? – Mistérios Bíblicos

A. O Diabo tranca a sua casa para proteger os seus bens.

Um estudo profundo do livro de Apocalipse é talvez a melhor maneira de compreendermos que é só mesmo no futuro, como revela Apocalipse, que o Reino de Deus será completamente estabelecido sobre a terra.

Como podemos ler, por exemplo em Apocalipse 11:15-19 quando a sétima trombeta toca, dando começo às setes taças da ira de Deus lançadas sobre a terra, está dito "e houve nos céus grandes vozes, que diziam: Os reinos do mundo,  vieram a ser do nosso Senhor Jesus Crist, e ele reinará para todo o sempre"

Os reinos do mundo, que foram usurpados por satanás, de novo a estar de novo debaixo do control de Cristo. Cristo já venceu satanás na cruz, mas é a partir deste momento no futuro falado em Apocalipse que o reino do mundo será tirado das mãs de satanás e voltar para Cristo.

O livro de Apocalipse fala precisamente da derrota completa do deus deste século que usurpou os reinos deste mundo e do estabelecimento do reino de Cristo sobre este mundo por 1000 anos e que continuará pela eternidade fora.

O Reino de Deus não está em guerra com o Reino de Satanás.

Mas, a Bíblia revela que os reinos deste mundo foram entregues temporariamente ao Diabo. O diabo tem poder sobre os homens e as sociedades, e o seu alvo é afastar as pessoas de Deus.

Ele é apresentado como o “homem valente” que tranca a sua casa, de forma que os seus bens não lhe sejam tirados.

Mateus 12:29 Ou como pode alguém entrar na casa do valente e roubar-lhe os bens sem primeiro amarrá-lo? E, então, lhe saqueará a casa.

Marcos 3:27 Ninguém pode entrar na casa do valente para roubar-lhe os bens, sem primeiro amarrá-lo; e só então lhe saqueará a casa

Lucas 11: 21 Quando o valente, bem armado, guarda a sua própria casa, ficam em segurança todos os seus bens. 22 Sobrevindo, porém, um mais valente do que ele, vence-o, tira-lhe a armadura em que confiava e lhe divide os despojos.

Portanto há um conflito existente entre o Reino de Deus e o reino do diabo, das trevas. A Bíblia diz em Colossences 1:13 “Ele (Jesus) nos libertou do império das trevas e nos transportou para o reino do Filho do seu amor”.

Nós devemos ter consciência que “o mundo inteiro jaz no maligno”.

As igrejas devem ter este aspecto em mente, se querem involver-se no Evangelho como sinal, na Batalha Espiritual contra os reinos das trevas, e saquear os bens (as almas) a satanás.

1 João 5: 18 “Sabemos que todo aquele que é nascido de Deus não vive em pecado; antes, Aquele que nasceu de Deus o guarda, e o Maligno não lhe toca. 18 Sabemos que somos de Deus e que o mundo inteiro jaz no Maligno”.

O Diabo, pode ainda tentar os crentes, mas já não tem poder arrancá-los do Reino de Deus. E, os crentes, podem vencê-lo completamente pela oração, sendo libertos de qualquer tentação e opressão que ele ainda possa exercer sobre nós; e pela evangelização podemos roubar-lhe os bens (as almas) que ele ainda tem em seu poder.

B. O poder temporário que o diabo tem neste mundo.

Analisemos alguns pontos que nos mostram que o diabo tem um certo poder neste mundo, que certamente lhe foi conferido por Deus.

Os reinos do mundo pertencem temporariamente ao diabo:

Lucas 4:6 Disse-lhe o diabo: Dar-te-ei toda esta autoridade e a glória destes reinos, porque ela me foi entregue, e a dou a quem eu quiser.

Satanás tem o seu reino dentro deste mundo:

Mateus 12:26 Se Satanás expele a Satanás, dividido está contra si mesmo; como, pois, subsistirá o seu reino?

Satanás tem poder neste mundo:

Atos 26:18 para lhes abrires os olhos e os converteres das trevas para a luz e do poder de Satanás para Deus ...

A morte é um dos poderes adquirido por Satanás:

Hebreus 2:14 Visto, pois, que os filhos têm participação comum de carne e sangue, destes também ele, igualmente, participou, para que, por sua morte, destruísse aquele que tem o poder da morte, a saber, o diabo.

Caim era dominado pelo maligno:

João 3:12 não segundo Caim, que era do Maligno e assassinou a seu irmão; e por que o assassinou? Porque as suas obras eram más, e as de seu irmão, justas.

O mundo inteiro jaz no maligno:

1 João 5:19 Sabemos que somos de Deus e que o mundo inteiro jaz no Maligno

O Diabo é o sedutor de todo o mundo:

Apocalipse 12:9 E foi expulso o grande dragão, a antiga serpente, que se chama diabo e Satanás, o sedutor de todo o mundo, sim, foi atirado para a terra, e, com ele, os seus anjos.

O objectivo de Deus, através do Evangelho do Reino que proclama o poder Redentor de Cristo, é regastar as almas do reino das trevas de satanás para o Seu Reino de Luz, e libertar também as sociedades e culturas da influência do pecado e do diabo, assim como operar miraculosamente através de sinais, prodigios e maravilhas, quando necessário, e Deus na sua Soberania entender, para quebrar o poder dos espíritos, moléstias e outros problemas desta vida que atormentam as pessoas.

Tenho que conlcuir este ponto deixando o alerta em baixo:

Nós não temos a mesma autoridade e poder para fazer milagres, sinais, prodigios e maravilhas que tinam os profetas da Bíblia e apóstolos de Cristo.

A missão profética e apostólica de colocar os fundamentos do Antigo Testamento e Novo Testamento é única. Heb 2:1-4

Hebreus 2.4 Testificando também Deus com eles, por sinais, e milagres, e várias maravilhas, e dons do Espírito Santo, distribuídos por sua vontade?”

Efésios 2:20-21Edificados sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas, de que JESUS CRISTO É A PRINCIPAL PEDRA DA ESQUINA; no qual todo o edifício, bem ajustado, cresce para templo santo no Senhor.

A missão messiânica de Cristo e os sinais e milagres invulgares já profetizados no Antigo Testamento, que deveriam acompanhar e confirmar a sua missão é também única.

Não concordo também que como Cristo nos resgatou da maldição e tomou sobre eles todos os nossos pecados e enfermidades, os crentes serão curados de todas as doenças e libertados da pobreza.

É verdade que Cristo nos redimiu completamente corpo, alma e espirito, mas a Bíblia revela que ainda estamos à espera da redenção do nosso corpo que será somente no momento da ressureição.

Ver Rom 8:18-39

V23 e não só ela, mas até nós, que temos as primícias do Espírito, também gememos em nós mesmos, aguardando a nossa adoração, a saber, a redenção do nosso corpo.

Também não concordo que o diabo é o autor da doença e da probreza e que só ficaremos doentes e pobres se não tivermos fé e ficarmos debaixo do poder do diabo.

A doença e a pobreza são em primeiro lugar resultados do pecado original e da maldição que Deus lançou sobre o homem por causa disso.

Ao dizer isto, sabemos que o diabo tem poder para poder infligir doenças às pessoas, dentro dos limites dados por Deus. Vemps no caso de Jó e foi mesmo o diabo que colocou o “espinho na carne” de Paulo.

É claro que se detectarmos uma doença ou até uma situação de probreza causada directamente pelo diabo, devemos orar pela libertação e cura da pessoa, ou pessoas em questão, crendo que Deus pode intervir.

Devemos também orar para a libertação e cura de situações que não estejam directamente ligadas ao diabo, mas isto não garante que iremos ver resultados, temos que nos submeter sempre à Soberania e aos planos de Deus que, às vezes, são misteriosos.


VI. ALGUNS ASPECTOS IMPERTINENTES SOBRE A IGREJA E O REINO

Igrejas de 16 províncias do país retomam hoje actividades de culto público  | Sociedade | Jornal de Angola - Online

A. A Igreja não se confina a um Templo ou a uma denominação

A Igreja Universal não se confina ao local onde os crentes se encontram, o templo ou outro edificio. A Igreja é maior do que o local onde os crentes se reunem.

Se a Igreja Universal ou a Igreja local, só for do tamanho do edificio onde faz os seus cultos, não está a desempenhar a sua função na terra.

A Igreja é o conjunto das pessoas que pertencem a Cristo, que se encontram dentro de um Templo, ou na cela de uma prisão, ou na cama de um hospital, ou num local remoto e distante de tudo e de todos.

A igreja nasce onde o Evangelho chega através de um evangelista, folheto, rádio ou televisão, ou de um meio sobrenatural, e há pessoas que se convertem.

Faz parte da Igreja qualquer pessoa, nova ou velha, não importando qual seja a sua raça ou ideologia, mas que pertencem a Cristo, mesmo que por qualquer razão nunca tiveram a oportunidade de estar em comunhão com outros crentes ou com uma Igreja local organizada.

Portanto a Igreja é muito maior do que o Templo e do que todas as denominações cristãs juntas. A Igreja não é o Templo, nem a

Organização, mas sim o Corpo Universal das pessoas que pertencem a Jesus.

B. O Reino tem uma acção mais abrangente que a Igreja

O governo de Deus inclui o Seu governo e a sua Acção na Terra, procurando estabelecer entre os homens principios de justiça, equidade e de paz e promover a salvação das almas pela Obra Redentora de Cristo. Nessa Sua Acção, a Igreja deverá ser a Sua agência principal.

Mas, Deus, age também independentemente da Igreja, através do Seu Espirito sobre as estruturas sociais, politicas, culturais e humanas, procurando impor o seu Reino sobre os homens, ou fazendo que homens debaixo da sua imposição estabeleçam leis e princípios na Terra que estejam de acordo com o seu Reino.

Esta Sua acção espiritual é mais abrangente do que a acção da Igreja.

Portanto quando estamos a orar, segundo Timoteo 3, para os que estão eminência, para termos paz e justiça na Terra, estamos a orar para que os reis contribuam para que os principios de justiça, equidade e paz do Reino de Deus sejam estabelecidos na Terra.

I Timoteo 2:1-2 Façam orações em favor dos reis e de todos os que se acham investidos de autoridade, para que vivamos vida tranqüila e mansa, com toda piedade e respeito. Estamos a orar: Mateus 6:10 “venha o teu reino; faça-se a tua vontade, assim na terra como no céu”.

As autoridades foram estabelecidas por Deus, afim de ajudar a estabelecer o Reino de Deus na terra, ou seja, para manterem uma ordem divina de justiça, no meio da sociedade civil e os homens não fazerem justiça pelas suas próprias mãos.

Romanos 13:1-13 Porque os magistrados não são para temor, quando se faz o bem, e sim quando se faz o mal. Queres tu não temer a autoridade? Faze o bem e terás louvor dela, isto que a autoridade é ministro de Deus para teu bem. Entretanto, se fizeres o mal, teme; porque não é sem motivo que ela traz a espada; pois é ministro de Deus, vingador, para castigar o que pratica o mal.

Mateus 5:20 Porque vos digo que, se a vossa justiça não exceder em muito a dos escribas e fariseus, jamais entrareis no Reino dos céus

Assim como a Igreja é maior do que o Templo ou a Denominação, a acção do Reino de Deus é mais abrangente do que as pessoas que fazem parte da Igreja, pois inclui a Sua Acção sobre todos os homens, incluindo mesmo imperadores, reis e presidentes, afim de que submetidos aos Seus Planos e Vontade, contribuam directa ou indirectamente para estabelecer os principios do Reino de Deus – Amor, Paz e Justiça – na terra.

Por exemplo, Deus chama a Nabocudonosor “o meu servo”.

Jeremias 27:6 Agora, eu entregarei todas estas terras ao poder de Nabucodonosor, rei da Babilônia, meu servo; e também lhe dei os animais do campo para que o sirvam.

Nabucodonosor também reconheceu o governo de Deus sobre tudo e todos, e engrandeceu e louvou a Deus.

Daniel 2:47 Disse o rei a Daniel: Certamente, o vosso Deus é o Deus dos deuses, e o Senhor dos reis, e o revelador de mistérios, pois pudeste revelar este mistério.

Daniel 4:37-38 Agora, pois, eu, Nabucodonosor, louvo, exalço e glorifico ao Rei do céu, porque todas as suas obras são verdadeiras, e os seus caminhos, justos, e pode humilhar aos que andam na soberba Mas ao fim daqueles dias, eu, Nabucodonosor, levantei os olhos ao céu, tornou-me a vir o entendimento, e eu bendisse o Altíssimo, e louvei, e glorifiquei ao que vive para sempre, cujo domínio é sempiterno, e cujo reino é de geração em geração.

Quando um politico, mesmo descrente, ou muçulumano, decide estabelecer uma lei democrática, que vai permitir a liberdade do culto cristão no seu país, ele está, mesmo sem saber, a agir debaixo da Acção Soberana de Deus e a contribuir para o estabelecimento do Reino de Deus na terra e para o crescimento da Sua Igreja.

Por vezes, reparamos com tristeza que os descrentes lutam mais pelos principios de justiça, equidade e paz na Terra, e pelos direitos dos mais desprotegidos, do que a própria Igreja.

E vemos que Igreja que devia ser o agente principal do Reino de Deus, passa a ter um papel secundário na luta pela justiça, equidade e paz na Terra. E, outros agentes da sociedade civil, muitos vezes descrentes, passam a ter um papel primário nessa luta.

C. A Igreja tem um lado muito humano, secular e até profano.

A Igreja tem um lado espiritual, mas também um lado humano. O lado humano, condiciona muito vezes o lado espiritual da Igreja, ou seja os Objectivos que o Cabeça da Igreja – Jesus Cristo – tem para a mesma.

Desta forma, muitas vezes, por causa deste condicionamento humano, as igrejas locais e denominações caiem em erros, e até em enganos produzidos pelo diabo, que faz com que os seus membros fiquem marcados por certas características negativas.

Desta forma, infelizmente, muitas vezes, em vez de ser Deus e Cristo a reinar dentro das igrejas, reina a hipocrisia, o orgulho e o egoísmo.


Hipocrisia - notemos que não podemos chamar a um descrente de “hipócrita religioso”.

Um religioso hipócrita só pode ser um crente. Um crente que não vive segundo as virtudes que a Bíblia ensina, e, que ele próprio (o hipócrita) prega e ensina, mas não vive.


Orgulho – os crentes e as igrejas caem muitas vezes no legalismo e desprezam outros crentes, pensando ser superiores ou terem uma Igreja melhor.

Muitas vezes, infelizmente não vemos este tipo de orgulho no meio dos descrentes, que, podem até ser mais tolerantes e graciosos que os próprios crentes.

Egoismo - Os crentes e as igrejas, são, muitas vezes, muito mesquinhas e olham mais para os seu próprios interesses pessoais e locais do que para os interesses do Reino de Deus.


Rivalidade - As igrejas, devido ao seu lado terreno, não vivem unidas, pois, pretendendo ser as que mais fielmente seguem as Escrituras, marginalizam-se umas às outras, criando um ambiente de rivalidade a nível universal entre as diversas familias e grupos de igrejas.

Quando estas quatro características a Hipocrisa, o Orgulho, o Egoísmo e a Rivalidade prevalecem dentro das igrejas, perturbam os jovens, fazendo-as afastar da Igreja e dos ensinamentos bíblicos, aderindo a causas filantrópicas e políticas que parecem dar mais importância à implantação do Amor, paz e Justiça na Terra.

D. Os crentes vitoriosos são governados pelo Reino de Deus.

Para os crentes e as igrejas não cairem nestes pecados, principalmente o da hipocrisia, o orgulho, o egoísmo e a rivalidade, terão que estar debaixo do governo dos principios do Reino de Deus.

Terão que ter uma visão de Reino e não somente de igreja. Terão que abandonar a visão provinciana e muito limitada da sua igreja local ou da sua Denominação e abraçar a visão da Igreja Universal, o mandamento para espalhar a obra de Cristo em todo o mundo, seja o mandamento cultural e social de praticar a caridade, seja o mandamento de pregar o Evangelho das Boas Novas da salvação em Cristo.

E, além disso, devem ter uma visão completa sobre o Reino de Deus, do Seu governo eterno sobre todas as coisas e seres nos céus e na terra. Isto inclui uma unidade completa de toda a família de Deus, no céu e na terra.

Efesios 3:14-15 Por esta causa, me ponho de joelhos diante do Pai de quem toma o nome toda família, tanto no céu como sobre a terra,

O Reino de Deus, fala de uma família unida onde não há lugar para a hipocrisia, o orgulho, o egoismo e rivalidade. Os crentes que são governados por Deus, são pessoas que acima de tudo estão preocupados com o estabelecimento da verdade, da justiça e da paz de Deus sobre a terra, assim como com a salvação dos homens, independemente da suas raças, status e ideologias.

Mas, os crentes que são governados pelas regras e doutrinas das suas igrejas locais e denominicionais, estão mais preocupados com os interesses das suas igrejas e denominações. Normalmente os seus interesses vão pouco mais longe do que isso!!!

E. Conexão do Reino com movimentos para-eclisiásticos e sociais.

Muitos crentes tem objeções e ouvem-se comentários, como por exemplo: “os movimentos para-eclisiásticos” não fazem parte da igreja.

Primeiramente, devemos perguntar, quem faz tais comentários, a que igreja está a referir-se?

À sua igreja local ou denominacional?

Ou à Igreja Universal de Cristo?

Se estiver a referir-se à sua igreja local ou denominicional, é claro que estamos de acordo, pois um movimento para-eclisiástico, seja evangelístico, de apoio social cristão ou uma sociedade missionária, inclui uma cooperação entre membros pertencentes a diversas igrejas locais.

Portanto, um movimento para-eclisiástico, não pertence a uma igreja local, mas sim à Igreja Universal. É um movimento que surge a partir de uma accção combinada entre membros pertencentes a diversas igrejas locais, denominações e mesmo países.

Uma organização evangelísitica, de carácter social cristão ou missionário, é acima de tudo uma expressão do Reino de Deus na terra. Pode até ser um programa na terra que pertence acima de tudo ao Reino de Deus, e não ter nenhuma ligação directa com as igrejas locais e a até com própria Igreja Universal.

Dou um exemplo, agora, de um movimento social. Quando os crentes evangélicos, se juntam, com a Igreja protestante e católica, e mesmo até com pessoas com uma certa ideologia política, para apoiar o movimento do NÂO ao aborto, por acharem que o aborto é uma afronta aos direitos jurídicos dos nascituros, e também aos próprios estatutos divinos revelados nas Escrituras Sagradas.

É este envolvimento uma expressão de uma igreja, ou mesmo da Igreja Universal? Ou é acima de tudo, uma expressão dos principios do Reino de Deus, que inspiram certos crentes a unirem-se a todos os extractos da população, numa força conjunta para lutarem a favor de um direito social, que neste caso, é um atentado contra a vida humana defendida nas Escrituras?

Tudo isto para mostrar que a acção do Reino de Deus na Terra, como já foi falado anteriormente é maior, muito maior que a acção da Igreja, mesmo no sentido universal, e que pode envolver tanto crentes, como descrentes na luta pelo estabelicimento da justiça de Deus na Terra.

Por isto, pede em I Timoteo 2:1-2 Façam orações em favor dos reis e de todos os que se acham investidos de autoridade, para que vivamos vida tranqüila e mansa, com toda piedade e respeito.

Por isso, os magistrados, não são uma expressão da acção da Igreja, mas, sim, do Reino de Deus na Terra Romanos 13:1-13 Porque os magistrados não são para temor, quando se faz o bem, e sim quando se faz o mal. Queres tu não temer a autoridade? Faze o bem e terás louvor dela, isto que a autoridade é ministro de Deus para teu bem. Entretanto, se fizeres o mal, teme; porque não é sem motivo que ela traz a espada; pois é ministro de Deus, vingador, para castigar o que pratica o mal.

Por isso, Deus, chamou a Nabocudonosor “o meu servo”.

Jeremias 27:6 Agora, eu entregarei todas estas terras ao poder de Nabucodonosor, rei da Babilônia, meu servo; e também lhe dei os animais do campo para que o sirvam.u

E, Nabucodonosor reconheceu a Soberania de Deus sobre as nações, a sua acção sobre a Terra, e, por esta razão, é digno de todo o louvor.

Daniel 2:47 Disse o rei a Daniel: Certamente, o vosso Deus é o Deus dos deuses, e o Senhor dos reis, e o revelador de mistérios, pois pudeste revelar este mistério.

Daniel 4:37-38 Agora, pois, eu, Nabucodonosor, louvo, exalço e glorifico ao Rei do céu, porque todas as suas obras são verdadeiras, e os seus caminhos, justos, e pode humilhar aos que andam na soberba Mas ao fim daqueles dias, eu, Nabucodonosor, levantei os olhos ao céu, tornou-me a vir o entendimento, e eu bendisse o Altíssimo, e louvei, e glorifiquei ao que vive para sempre, cujo domínio é sempiterno, e cujo reino é de geração em geração.


VII. IMPLICAÇÕES PRÁTICAS DA CONCEPÇÃO CORRECTA DE REINO E DE IGREJA

A. O reino de Deus pode tirar a noiva da igreja

Em baixo foi copiado do meu post:

https://religiao-filosofia.blogspot.com/2012/11/esta-noiva-de-cristo-deixar-igreja.html

Será que a noiva de Cristo está a abandonar a igreja? Posto isto por outras palavras: será que o Reino de Deus está a abandonar as chamadas comunidades cristãs e evangélicas?

Está a noiva de Cristo a deixar a igreja?

A razão para esta pergunta é porque nós vemos, cada vez mais, o seguinte no meio das Igrejas:

No seio das Igrejas tradicionais, nós vemos sinais de “excessivo legalismo”

No seio das Igrejas carismáticas, nós vemos sinais de “excessiva libertinagem”.

E nas Igrejas Evangélicas em geral, nós vemos sinais de grande “complacência para com o pecado” e abandono do "evangelismo, missões e da caridade”.

Tudo isto junto, está a fazer a noiva de Cristo abandonar as igrejas e a começar aparecer com formatos e objectivos completamente diferentes aos actuais.

Eu penso que nós já estamos a ver isto a acontecer em todo o mundo - estamos a ver a noiva de Cristo a deixar as Igrejas cristãs, incluindo as nossas comunidades evangélicas.

Não é de estranhar, pois as igrejas primitivas tinham um formato e objectivo muito diferente aos nossos.

Eram Igrejas com estruturas muito simples. A Igreja local “funcionava ao ar livre”, proclamando o Evangelho ao seu redor, as reuniões eram feitas nos “lares” ou às “escondidas noutros locais”.

Não conheceu denominações ou convenções, nem catedrais ou templos, nem apoios do Estado. No entanto alimentou as viúvas e os órfãos, pregou o evangelho tanto em Jerusalém, como na Judeia e até aos confins da terra e fez milagres por onde andou.

Diferença entre a Igreja primitiva e a actual...

Eu não estou a dizer com isso que é errado construirem-se catedrais e templos e as igrejas terem boas estruturas e receberem apoios do Estado.

Estou simplesmente a alertar para o facto da história revelar que as igrejas correm o risco de se desviarem dos princípios fundamentais do Reino de Deus quando atingem a fase da “instituicionalização” e começam a criar grandes estruturas.

Podemos olhar para o que aconteceu à Igreja Católica e à Igreja Protestante que nasceu da reforma e ver o que está a começar a acontecer com as Igrejas Evangélicas!

É por essa razão que vemos muitos crentes a abandonarem as igrejas. É fácil para nós dizer que “não há uma igreja perfeita” e colocarmos a culpa toda do lado destes crentes. Mas será a culpa deles, ou da Igreja que se desviou dos "princípios do Reino de Deus"?

É verdade que alguns são crentes complicados e talvez seja a culpa deles, mas há outros que andam simplesmente à procura de uma igreja que não seja “fria e legalista” como as igrejas tradicionais, nem “carismaníaco” fruto dos “movimentos reteté” que giram muito à volta da experiência, barulho, emocionalismo, sensibilidade, misticismo e aonde não há ordem, nem decência.

Será que estamos a precisar de uma nova reforma? Eu penso que sim.

A noiva de Cristo está a deixar aos poucos a igreja actual, mas surgirão cada vez mais crentes, frutos da nova reforma, que procurarão viver acima de tudo os principios do Reino de Deus na terra!!!

Estes novos crentes são diferentes.

Os novos crentes NÃO fazem o que estão fazendo os crente de hoje, em que uns gastam o tempo todo a pretenderem que estão a estudar a Bíblia, outros passam o tempo todo com as mãos levantadas nos seus lugares de culto, pretendendo que estão a adorar a Deus, mas sem nunca abrir a boca para falar de Cristo, ou levantar um dedo para ajudar alguém.

Os novos crentes NÃO vão cair nem no legalismo de uns, nem na libertinagem espiritual de outros, nem na complaçência para com o pecado e no abandono da evangelização e da caridade.

Afinal, não foi isso que fez o povo de Israel, e foram advertidos pelos profetas?



Vemos que o povo de Israel caiu neste erro de dar mais valor ao Templo e ao Judaísmo e de ser muito complacente para com o pecado daqueles dias, em vez de espalhar os principios do Reino de Deus à volta deles.

Leia Isaias 1:10-20, Jeremias 7:1-11, Ezequiel 33:30-35, Amós 5:21-25 e muitos outros textos do Antigo Testamento. O Senhor Jesus resumiu esta temática toda em Mateus 15:18 "Este povo honra-me com os lábios, mas o seu coração está longe de mim" e em Mateus 9:13 "Ide, porém, e aprendei o que significa: Misericórdia quero, e não sacrifício".

Os novos crentes não serão assim, nem iguais ao povo de Israel, nem aos crentes das Igrejas de hoje.

O principal objectivo dos novos crentes, que não se identificarão com o estado actual da Igreja dos nossos dias, será o de proclamar o Evangelho do Reino e da Igreja pelo mundo a fora, praticando a caridade, tal e qual como fez a Igreja primitiva, em vez de ficar dentro das “4 paredes” da igreja, girando à volta de si própria e ignorando o que se passa lá fora.

Se esta for a sua convição, que temos de orar e trabalhar mais para uma nova “reforma”, para uma nova “noiva”, mais pura, mais obediente, então, ore e trabalhe para a contrução do Reino de Deus na terra, e para que nós os crentes sejamos de facto o sal e a luz do mundo.

Deus está a levantar homens e mulheres crentes, uma noiva de Cristo, reformada e purificada, cujo o alvo principal é a implantação do Seu Reino na terra, do qual a Igreja é o principal agente.

... o seu dente de ouro, deve ser ofertado a nossa Igreja...

Eu não estou a falar dos movimentos da Terceira Vaga, Teologia do Reino ou do Evangelho da Prosperidade.

Estes movimentos pensam ser os tais reformadores da igreja, mas não passam de cristãos (muitos nem são cristãos) que seduzidos pelo diabo vieram complicar ainda mais a situação da verdadeira Reforma da Igreja, por causa da confusão que têm lançado no meio evangélico.

Também, não estou a desafiar ninguém a abandonar a sua igreja, mas sim a viver como um crente reformado, não legalista, não libertino, não complacente, mas dinâmico e santo e que luta para a implantação do Reino de Deus no mundo e na sua igreja.

No entanto se sentir que há muito abuso espiritual na sua Igreja, ore a Deus, peça orientação e observe os seguintes principios:

A nossa luta não deve ser para destruir a igreja actual.
A nossa luta não deve ser carnal contra a igreja actual.
A nossa luta não deve ser legalista contra a igreja actual.
A nossa luta deve ser feita para reformar a igreja actual.

O Senhor Jesus era mestre a lidar com as pessoas e sabia quando devia utilizar de graça e quando devia utilizar a verdade.

Nós devemos aprender a utilizar a graça e a verdade nos nossos relacionamentos, seja que decidamos ficar na nossa igreja, seja se decidirmos abandonar a nossa Igreja caso o abuso espiritual e o abandono de Deus, já tenha ultrapassado o limite do razoável.

B. As igrejas devem pôr em prática na Terra os principios do Reino de Deus

muitas Igrejas não põem em prática os princípios do Reino...

Infelizmente, muitas vezes, as igrejas esquecem de pôr em prática os princípios do Reino de Deus, pondo à frente as suas regras e principios que podem não ter nada a haver com as Escrituras Sagradas.

A Bíblia salienta claramente o mandato evangélico de pregar o Evangelho a toda a criatura que deve ser acompanhado pelo mandato bíblico cultural/social de ajudar os pobres e lutar pela justiça na Terra.

A acção cultural/social no meio dos pobres, dos quebrantados de coração, cativos, famintos, nus e doentes tem a prioridade nas Escrituras Sagradas, deve ser uma das prioridades da Igreja.

Mas as Escrituras revelam que a Grande Prioridade daa Igrejas devem ser todos aqueles que ainda não foram alcançados ainda pelo Evangelho de Cristo.

Pode ser um pequeno país, ou então uma pequena povoação ou pequena etenia ou tribo que normalmente vivem em pontos e localidade distantes e de difícil acesso ao Evangelho.

Vemos que muitas vezes estão-se a redobrar esforços e recursos nas zonas urbanas, com a finalidade de enriquecer as Igrejas nessas zonas, criar Igrejas grandes, mas que vivem voltadas para si próprias. Parte destes recursos deviam estar certamente a ser utilizados alcançar os grupos minoritários ainda não alcançados pelo Evangelho e para a caridade cristã.

Dou um único exemplo, no que diz respeito à evangelização: existem muitas centenas de traduções da Bíblia na língua inglesa, quando há ainda muitas línguas sem o Evangelho de S.João na sua língua.

A ordem de Cristo é de pregarmos o Evangelho a toda a criatura.


Marcos 16:15 Ide e pregai o Evangelho a toda a criatura.

Atos 1:8 Até aos confins da terra.

Mateus 24:14 E este Evangelho do Reino será pregado ... em testemunho a todas as gentes.

Apocalipse 14:6 E tinha o Evangelho ... para o proclamar a toda a nação, tribo, língua, e povo.

Uma Igreja que não esteja a colocar este grupo de pessoas como grupo prioritário na mira da sua evangelização, está a ignorar o mandato cultural de Deus e da Grande Comissão de Cristo.

Desta forma, as Igrejas seguindo a lei do mais forte e do mais rico, a lei de “marketing” dos políticos e dos capitalistas, ignoram os versículos da Grande Comissão espiritual de Cristo e o mandato cultural de apoiar o mais fraco e o mais pobre, e ignoram ainda seguintes versículos:

Mateus 25:31-40 que refere que os filhos do Reino alimentam os famintos, vestem os nus, visitam os doentes e nas prisões e fazem bem aos estrangeiros.

Isaias 61:1-3 que fala do ministério do Messias que é de prgar as boas novas aos pobres e mansos, restaurar os contritos, libertar os cativos e consolar os tristes.

Ezequiel 34 refere que os pastores infiéis não cuidam das ovelhas desgarradas, feridas, doentes e perdidas, pois só querem alimentar-se da gordura das ovelhas e não apascentar e cuidas das mesmas.

Tiago 1:27 refere que a verdadeira religiao é visitar os órfãos e viúvas nas suas tribulações.

Mateus 5:1-12, Nas bem aventuranças Jesus Cristo realça e salienta que os bem aventurados são os pobres, os que choram, os mansos, os que têm fome e sede de justiça, os misericordiosos, os limpos de coração, os pacificadores e os que sofrem perseguição por cauda da justiça.

O Reino de Deus é de uma maneira geral constituído por essas pessoas destituídas de estatuto social e rejeitadas pela sociedade.


Tumaini Fund, é uma organização que trabalha com milhares de órfãos que sofrem de Sida, procurando levar-lhes o amor de Deus materializado na ajuda social que recebem, incluindo na medida do possível a proclamação das Boas Novas do Evangelho.

Estão neste momento a dar apoio a cerca de 25.000 crianças.

Dr Susan Wilson e alguns estudantes secundários...

Os principios do Reino de Deus, levados a estes órfãos pela mão da Dra Susan Wilson, que fundou Tumaini Fund, que incluem o amor, a justiça, a bondade e a paz de Deus, está a operar tremendamente no meio deles, alguns deles aceitam a Cristo, e aos poucos nascem Igrejas bem constituidas no meio deles.

Há muitas obras de caridade e de evangelização, que só depois de muitos anos começam da dar lugar a Igrejas. No inicio, é a prática da caridade cristã em acção e na medida do possível a proclamação das Boas novas de Cristo.

Pode ler o meu post no meu blog inglês sobre a organização Tumaini Fund:

TUMAINI FUND - Kagera in Tanzania

Há muitas organizações como o Avanti, Scrina e outras que baseiam parte do seu ministério na citação “estava na prisão e não me visitastes”, dando inicio a ministérios dentro de prisões que atingiram hoje proporções gigantescas. Há prisões onde cerca de 25% dos presos são crentes.

As igrejas não querem perder tempo com as pessoas mencionadas nos textos em cima, pois não recebem um retorno imediato do investimento feito nessas pessoas, na vida local da dita igreja ou denominação.

As igrejas, centralizados nos seus interesses locais e pessoais, querem ver resultados imediatos, em pessoas que podem logo retribuir com o seu tempo, dons e o seu dinheiro na vida da igreja.

As pessoas citadas nos textos em cima, estão à espera de receber a caridade dos outros, e que lhes dêm a oportunidade de ouvir também as Boas Novas do Evangelho.

Nunca devemos esquecer que a benção vem de Deus! E a extensão e expansão do nosso trabalho para ELE será muito maior se em vez de observarmos as estratégias e regras, muitas vezes, interesseiras das nossas igrejas, observarmos os principios do Seu Reino Eterno, revelados nas Escrituras Sagradas.

Pode não parecer, pois podermos não ver um retorno imediato do trabalho, mas a longo termo alcançaremos muito mais e atingiremos muito mais longe.

C. A união entre as igrejas dá lugar ao Reino de Deus

Unidade Cristã...

Os crentes estão unidos interiormente pelos principios do Reino de Deus, que habitam dentro deles pelo novo nascimento, embora, às vezes, vivam desunidos exteriormente por causa dos principios e regras das suas igrejas.

Por essa razão, mais uma vez saliento que devíamos dar mais importância à oração “venha a nós o Teu Reino, seja feito a Tua vontade (não a nossa) assim na Terra como no céu”

Pecar contra a unidade do corpo de Cristo, não tolerando e amando os outros irmãos na fé, é pecar contra o Espirito Santo que habita em todos nós, é pecar contra o Reino de Deus que precisa que vivamos unidos para “vir sobre a Terra”.

Efesios 4: 1Rogo-vos, pois, eu, o prisioneiro no Senhor, que andeis de modo digno da vocação a que fostes chamados, 2 com toda a humildade e mansidão, com longanimidade, suportando-vos uns aos outros em amor, 3 esforçando-vos diligentemente por preservar a unidade do Espírito no vínculo da paz 4 há somente um corpo e um Espírito, como também fostes chamados numa só esperança da vossa vocação; 5 há um só Senhor, uma só fé, um só batismo; 6 um só Deus e Pai de todos, o qual é sobre todos, age por meio de todos e está em todos. A graça foi concedida a cada um de nós segundo a proporção do dom de Cristo. 15 Mas, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo, 16 de quem todo o corpo, bem ajustado e consolidado pelo auxílio de toda junta, segundo a justa cooperação de cada parte, efetua o seu próprio aumento para a edificação de si mesmo em amor

Só é possível viver e crescer nas verdades enunciadas neste texto e noutros que falam sobre a unidade dos crentes, se deixarmos os principios do Reino de Deus reinar sobre as nossas vidas, e não forçosamente os principios e regras das nossas igrejas que, ás vezes, só servem para dividir e desunir.

A união faz a força, como diz o provérbio, a força que vem expressada no texto em cima, mas quando vivemos desunidos, só damos lugar ao diabo e não ao Reino de Deus.

D. O Reino de Deus não é deste mundo.

o reino de Deus não é deste mundo...

A Igreja temporal e falível começou no dia de Pentecostes, quando o Espírito foi derramado sobre os discipulos, e, a partir desse momento, o Reino de Deus infalível e eterno que já que já tinha começado a sua operação na Terra no Antigo Testamento, principalmente no meio dos patriarcas e do povo de Israel, começou a operar de uma forma mais universal em toda a Terra.

Vimos neste estudo, que devemos compreender as diferenças entre a Igreja e o Reino de Deus, se quisermos ser vencedores.

O Reino de Deus não é uma organização visível e terrena, como é a Igreja onde Satanás pode se infiltrar, atacar e até subjugar.

Ver Daniel 7:14 que diz que o Reino de Deus é um reino que dura para sempre. Jesus disse em João 18:36 que o seu reino não é deste mundo. Ele orou mesmo ao Pai e disse que os seus discipulos não são deste mundo João 17:14-16.

Em I João 5:18-19 diz que os filhos de Deus não são deste mundo e não estão sujeitos ao domínio de Satanás. Em Apocalipse 12:11 diz que eles venceram Satanás pelo sangue do cordeiro.

O Senhor Jesus é apresentado como sendo o Cabeça da Igreja, mas também como o Rei dos Reis e o Senhor dos Senhores, e Ele governa o Reino de Deus do céu com um vara de ferro. Ele comprou com o Seu sangue pessoas de todas as raças e nações e fez dos crentes reis e sacerdotes. Apocalipse 5:9-10. Zacarias cap 1 a 7 já profetiza sobre Jesus, como sendo Rei e Sacerdote.

O Reino de Deus não é deste mundo. João 18:36. Quem pertencer ao Reino de Deus vencerá Satanás, I Corintios 4:20, Lucas 10:17-20.

Deve haver disciplina na Igreja e no Reino de Deus. Mateus 17:18, I Corintios 5:9-13 No que diz respeito ao governo das Igrejas há dois erros que se cometem muito.

O primeiro erro, é quando os lideres tem um control muito rígido sobre a congregação.

O segundo erro, é quando a congregação controla e domina os lideres.

O Reino de Deus não é controlar os outros, mas sim servi-los com humildade.

Infelizmente as igrejas muitas vezes adquirem um padrão secular de governo e criam uma hierarquia de governo dentro da casa de Deus e o povo de Deus deixa de funcionar como uma nação Sacerdotal.

Ver o livro de Zacarias 1 a 7 que já apresenta o Senhor Jesus como o único Sumo Sacerdote e Rei no Reino de Deus.

Este deve ser o modelo da Igreja, deixar Cristo governar e ser o Rei e o Sumo sacerdote da Igreja, através de todos os seus membros, que unidos se edificam mutuamente em amor e humildade.

Quando só temos uma visão de igreja, e não de Reino de Deus, só pensamos para dentro da igreja e agimos dentro das quatro paredes da igreja. Hoje, muitas igrejas locais e familias de igrejas perderam a concepção de Igreja Universal e da Grande Comissão e de Reino de Deus e só pensam neles próprios, no seu crescimento.

Nesta união necessária para uma maior acção do Reino de Deus sobre os homens e a Terra, incluimos também a cooperação que as igrejas e a Igreja Universal deviam ter com os movimentos para-eclisiásticos e mesmo movimentos sociais que lutam pela paz e justiça na Terra.

Quem temos uma visão de Reino de Deus, pensamos para fora da igreja e agimos desinteressadamente, independentemente dos interesses de qualquer igreja local ou denominicional. Pensamos em todas as pessoas, incluindo os perdidos, os pobres, os oprimidos, os ófãos, as viúvas, os famintos, os doentes e os que estão nas prisões, procurando por todos os meios verdadeiros e justos, estabelecer o Reino de Deus na Terra, segundo os principios anunciados nas Escrituras Sagradas.

FINAL

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